31 de out. de 2013

Adiada a parada para o cafezinho em Portugal


Queridos amigos do além-mar, lamento informar que está adiada a viagem para vê-los neste novembro. Eu disse adiada, postergada ou deixada  “prá dispois”  mas não foi cancelada. Uma série de questões pessoais, familiares e profissionais motivaram o meu  adiamento. Os motivos são justos.

Tento trazer a mente para o presente e não sofrer com adiamento porque em nada adiantaria, só traria ansiedade e frustração. No tempo certo, provavelmente em fevereiro, estarei com todos com o mesmo entusiasmo e  alegria para juntos darmos boas risadas, trocarmos figurinhas e experiências.

No meu roteiro: -  conhecer de perto amigos com os quais, via web, partilho histórias de vida, estórias e dou boas risadas. Amigos que fiz na rede, dos quais sinto a falta  quando passa um único dia sem sabe-los. Amigos que me animam em dias tristes, exortam as minhas vitórias, compartilham lágrimas e até fazem me sentir bela.

Conhece-los de perto, tocar-lhes as mãos, beijar-lhes o rosto, tilintar taças, degustar pratos locais e partilhar uma rodada de cafezinho é um desejo alimentado diariamente, mas o adiamento não será motivo de sofrimento porque nos teremos e nos veremos nos nossos blogs até que chegue o dia deste encontro.

E quando fevereiro chegar.............diz o poeta:


Quando Fevereiro Chegar


Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
Ai ai ai a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois amor ô ô ôô

Ninguém ninguém verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois do amor
Amor ô ô

Ninguém, Ninguém, Ninguém Verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguem verá o sonho que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Eu vou te procurar
A luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me Ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucura
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois do amor
Amor Amor

 

Amor de amigos é verdadeiro, intenso presente – um presente dos deuses para nos mortais.

Aqui ou aí, amo todos vocês e saibam que me fazem feliz, por demais!

Em breve,  estaremos todos a bordo para chegar na Praia do bote, comer um Arrozcatum, servido em  Renda de birras e com muito Cafeebolinho ao final, enquanto olhamos as fotos com o seu Tuta.

Beijos queridos, beijem os seus porque deles também quero a companhia.


P.S.  Sr. Olimpio, gentileza reagendar no salão, obrigada. 
 
 

Fotos do brunch servido no batizado da sobrinha Sophia porque momentos bonitos e gostosos me lembram vocês.
 

 

 

30 de out. de 2013

Inanimada? Não, desanimada!

Sempre pensei que objetos fossem seres inanimados e livres do sentimento de apego. A falta de um corpo de sensações e emoções os permitiria passar pela chamada "vida útil" sem sofrimentos. Assim pensava até ontem.

Explico-lhes, se for possível.  Ontem, postei sobre os sustos levei  – um tiroteio na minha rua e uma recomendação médica de diminuir o café espresso em face a uma arritmia. Sustos de razões diferentes, mas deste último ainda não me recuperei  e tenho sobressaltos quando me lembro da recomendação. Pensei que algo tão particular só afetasse a mim ou no máximo aos íntimos, que terão que suportar o meu humor  - mau humor -  diário até que meu organismo se acostume a o corte de cafeína pela metade.

Qual nada! Afetei direto o coração e os sentimentos de outrem:  - Desatenta, contei o ocorrido em alto e bom tom a minha filha e por duas vezes fui até a cafeteira e desisti do café ao me lembrar da recomendação, tudo sem cuidados com quem ouvia ou via.

Ontem, tendo cumprido rigorosamente a recomendação de diminuir o café a metade,  cheguei em casa havida por um espresso da hora e para minha surpresa, a minha querida cafeteria recusou-se a funcionar. Deu “pit rajado” e não teve, santo, promessa ou reza brava que a fizesse funcionar. Parou e ficou piscando todas as luzes, enlouquecida.

Tive que tomar um cafezinho coado, olhando-a a pensar que aquele pequeno e querido objeto tem alma e sentimento e eu a feri, talvez mortalmente quando fiz os comentários sem me importar com ela. Rezo fervorosamente que um internamento no balcão de serviços a recupere e traga-lhe a termos.

Não posso e não quero perde-la. Afirmei dois posts atrás que “enquanto ela reinasse soberana na mesinha da sala eu saberia que ainda tenho liberdade”.  

Meu santinho protetor dos viciados em café, rogai por mim;

Minha santinha protetora da máquinas autônomas, rogai por ela.

Se não  tiver jeito,  saberei o que é Karma.  Karma gerado, Karma devido, karma pago.

A culpa é do meu médico! Vixe, lá vem mais karma.

29 de out. de 2013

café e susto.


Ontem - feriado do servidor público - estava em casa curtindo uma enxaqueca, quando fui surpreendida por estampidos de tiros. Não sabia ao certo, mas parecia vir da lateral do meu quarto ou da varanda da sala. Pulei da cama e  já ordenando a Cissa, minha filha, que entrasse e fiz o mesmo com D. Jacy, nossa amiga diárista.

Acabara de grita-las, quando mais 3 tiros foram ouvidos. Incrível o despreparo da juventude para momentos de pânico. Também me surpreendi com o que fazem os curiosos. Enquanto as trazia aos berros para o corredor, local mais seguro da casa, D. Jacy queria ir olhar pela janela e Cissa repetia aturdida, que as crianças estavam gritando.Tive que traze-la a realidade impondo-lhes uma prece pela vítima ou vítimas.

Meu bairro é um pacato bairro de classe média, rua de algum movimento, cercada por restaurantes, escolas, academias e supermercados. Nosso prédio tem portaria e vigilancia de câmeras, o que nos deixa suspostamente seguros. Moro no primeiro andar e ainda insisto em manter as janelas e a varanda aberta, mesmo quando não estou em casa.

Depois dos estampidos, veio toda sorte de dúvidas e D. Jacy apressou-se em colocar o rádio na mais sangrenta das estações à espera da notícia. Eu voltei ao meu nada a fazer, com a minha enxaqueca, naturalmente numa versão muito piorada. Algum tempo depois ainda ouvia-se o barulho na rua, o vozerio e mais tarde as sirenes de policia.

Levantei puxei as cortinas numa tentativa de tornar meu cantinho um casulo e fomos cuidar de almoço e outras providências práticas, afinal era feriado só para mim e Cissa tinha que voltar ao trabalho.

D. Jacy, esgueirada olhava o movimento e trazia volta e meia as notícias. A tarde, uma ligação da portaria revelou não ter sido no nosso prédio o assalto. Sim, foi uma assalto as 10 e 30h numa rua tranquila, onde o motorista após entregar o carro resolveu reagir e disparou contra os assaltante e recebeu de volta 3 balaços, sendo que apenas um o atingiu e os demais foi parar num inocente salão, que graças ao fato de ser segunda-feira, estava quase vazio e as balas só fizeram estragos materiais no carro de uma cliente e no televisor na parede. Os assaltantes fugiram deixando para trás o carro e todo transtorno: - pessoas e transito caóticos, sirenes e um baleado.

Não bastasse o dia de susto, fui ao médico no final da tarde para ver um certa taquicardia, arritmia ou algo que o valha que tem me sobressaltado e lá sim recebi uma notícia fatídica, a pior susto do dia - terei que diminuir meu café à metade, no mínimo. O meu médico achou insano um média de 10 espressos duplos por dia e em poucas e educadas palavras, disse-me que o meu coração tá bem e o juízo é que vai mal em admitir tanta cafeína.

Voltei para casa num estado lastimável e o porteiro a me ver, julgou ter sido pelo susto da manhã - Não fique assim não, foi só um susto...o prédio é seguro e amanhã a senhora já esqueceu! Qual nada, quando acordei e corri para máquina de café, lembrei-me do médico e assustada, muito mais que na véspera e ante as balas, corri para cozinha para passar um café coado, já que expresso tá proibido ou melhor restrito.

Beijos queridos, espero acostumar-me porque de ristretto a restrito há um grande diferença!!!!


 

Já fui criança e de certa forma, ainda sou!
Obrigada a minha irmã neima, que loclaizou estas fotos na casa de minha mãe.

22 de out. de 2013

Porta-retratos, fatos e fotos na memória.

Esta semana postei no Facebook que a nossa memória é o melhor porta-retratos. Em verdade, postei uma resposta em forma de desabafo, após ter tirado da parede do corredor do quarto  duas frases significativas, que tinham rendido uns bons comentários:

 - É  o amor que faz a vida valer a pena...

- Você tem fome de quê: Amor!

Desde jovem, acho que parede e portas nuas pedem rabiscos e, quando posso,  prego lá alguma coisa. Assim o fiz a algum tempo, colando estas  frases no corredor do meu apartamento.  Imbuída no meu desejo, acabei por invadir o espaço do outro. Afinal, não moro só e não perguntei o que achavam desta decisão. Esqueci-me da sequência crucial de perguntas, que a tudo deve orientar na nossa vida:

Quero? Posso? Devo?

Já me fora orientado que para tudo, absolutamente tudo, que passe por nossa mente concreta e possa vir a transformar-se em ação, devemos atender a esta sequência e se o sim não for a resposta a todas três questões, devemos evitar a ação ou assumir, conscientemente, o risco.

Assim, a sequência das perguntas torna-se um manual de convivência consigo, com o  seu espirito e com os outros. Não devemos guardar as questões para coisas maiores ou grandes decisões porque a vida é feita das pequenas coisas do cotidiano.

As perguntas funcionarão como um café forte, que estimula, acorda e faz refletir. Saímos do sono do ego, que nos embota e nos faz enxergar apenas a nós mesmos, como se tudo girasse no entorno do nosso umbigo.

Como sou contumaz nos erros, não fiz as perguntas quando postei as frases no Facebook e elas tiveram um caráter de desabafo contrariado por não ser dona da minha vontade. Entretanto, se alguma vez você experimentou usar este recurso, ele tarda, mas não falha e cobra a reflexão.

Queria? Sim, Podia? Sim  e devia? Não. Então, agora as retiro conscientemente e as arquivo na memória para delas nunca me separar e como ganho percebo que elas podem ser arquivadas como belas e verdadeiras frases que me tocam e também como uma lição aprendida deste momento.

No final das contas, tirei duas frases da parede e ganhei quatro: as frases em si, as palavrinhas mágicas, um pedido de desculpas e uma nova frase – sempre é possível corrigir erros com atitudes.

Haja café para a minha teimosia, ops! Lá se vai a quinta.

Beijos retocados.

                                              frases arquivadas
 




                                            



19 de out. de 2013

Café com bolo de rolo.

Minhas filhas estão no Recife desde quinta e eu fico pensando se me trarão bolo de rolo para tomar com café.  Chego a sentir o gosto do bolo e a maravilhosa sensação de desmanchar-se na minha boca e chego a pegar-me mastigando a imaginação,  enquanto beberico meu cafezinho recém feito.
 
Danada essa nossa memória que invade nosso corpo das sensações e,  por instantes, revivemos momentos. Ainda ontem, lá na Fraternidade, tivemos uma discussão sobre desejo, ilusão e realidade. As sextas, um dos nossos Instrutores nos convida a refletir sobre a Ciência Divina que tece nossas vidas e dela tudo fundamenta e explica.
 
Trazendo a discussão para este momento de pura memória sensorial do prazer de comer bolo de rolo do Pernambuco, lembro de que o passado é relativizado quando o visitamos e as lembranças serão agradáveis ou desagradáveis em acordo com nossa conveniência.  O bolo é bom porque dele,  assim quero lembrar-me. Lembro do gosto e da textura agradável, mas se estivesse com outra motivação poderia sentir o excesso de açúcar e gordura característicos desta iguaria, sentir-me enjoada e esquisita.
 
Como me encontro em fase compulsiva pelos bolos, opto por me lembrar com saudade e prazer, mas se trouxerem ( tragam, porfavor!) certamente,  após devora-lo vai bater a culpa e toda a lembrança será dos seus aspectos negativos.
 
Este exercício de futurologia nos leva a outra ponta desta relatividade - o futuro. Ao projetarmos algo, certamente ele será acompanhado e relativizado pelo que sentimos no presente. Assim tudo poder alegre ou triste, agradável ou não,  mas isto não os fará real.
 
Real é o presente feito pelo meu cafezinho preto, meu texto do momento é a consciência do meu desejo. Então a verdade sou eu, o café e está conversa. Bom ou ruim será sempre relativo.
Meu Mestre nos ensinou e ensina,  através dos nossos Instrutores, que a vida é feita de momentos alegre e triste,  unidos.  Tudo é dual. Então,  assim sendo, somos reais eu e é vocês neste papo  e isto me faz feliz.
 
Todo o resto é impermanente e relativo.
Beijos amanteigados e obrigada a Rahula pela linda aula.
Shanti

13 de out. de 2013

Hoje teve maratona e cafezinho

Fiquei super contente porque ao final da maratona de hoje tinha cafezinho. Achei ótimo e me pergunto porquê nunca tinham pensado nisto.

Fui com a minha filha Cissa e fizemos nossos costumeiros 5km. Cada uma no seu ritmo e todos alcançam o final.

É importante trazer para a vida os ensinamentos fraternos e assim, pondero  que se o caminho é dado, cada um faz o seu , no seu tempo e compasso. 
 
Todos saem e voltam ao  mesmo ponto. Saimos do Pai e a ele retornaremos um dia, não importando o tempo de cada um.
 
Foco na respiração e plena atenção no caminho. Depois é correr para o abraço e porque não para o cafezinho!!!

Beijos suados e com gosto de café da hora.



Acima Cissa, nossas medalhas e eu, suada que só! 

11 de out. de 2013

Café dissociado

Hoje eu vi a loucura. Eu vi a loucura nos olhos esbugalhados de um homem.
Hoje eu vi um homem amigo com seus olhos de louco. Hoje eu vi um amigo oco.
Vazio do que era  e cheio do que imaginava. Ele cheirava e espumava loucura. Não era uma loucura doce, mansa, insana e de olhos vazios. Era uma loucura colérica, cheia de sons e grunidos indecifráveis.  Palavras soltas, ocas de sentido, cheias de raiva e de medo.
Procurei resgatar pelo olhar,  portas da alma, quaisquer dos traços do que  ele fora e nada encontrei,
Espumou, vociferou e depois entregou-se ao choro convulsivo e, nesta hora, até o louco se foi de sua alma. Por um breve momento, restou um zumbi, um morto vivo, uma casca. Triste, muito triste!
Momentos depois se recompôs como se nada acontecerá. Chegou a  olhar- me como se eu fosse a louca, dada a minha cara de espanto.
Providenciei rápido um café,  como de costume nas minhas horas  de pânico. Sorvi  cada gole rezando para que não tivesse sido minha a alucinação. Revi, quadro a quadro, toda a cena e cheguei a conclusão que,  de fato tudo ocorrera e para minha imensa tristeza, conclui que meu amigo está a um passo da loucura ou  já alterna loucura com lucidez.
Pensei muitas vezes como abordarei a questão.  Como tocar no assunto, como não provocar um novo colapso. Resolvi procurar uma ajuda profissional, pedir uma orientação a um psiquiatra de minha inteira confiança.
Neste momento escrevo-lhes pensando como somos frágeis,  como é tênue a linha que nos separa deste abismo. Espero que não passem por isto, pois é muito ruim e nos leva a questionar nossas certezas.
Faço mais um café e desta vez para ele e desejo que este café seja curativo - Um desejo infantil, mas do fundo do meu coração.
Beijos assustados, vou tomar mais um café para acalmar.

10 de out. de 2013

Quando o café não me fizer mais falta.

Na quarta feira,final do expediente, corri ao podólogo  para ver as unhas que estavam a me torturar. Coisa de se fazer em final de semana, mas meu final de semana virou dia de trabalho, aliás, o sábado e o domingo.

Aliviado os pés, me animei a mudar os cabelos porque não gosto de passar mais que 2 meses com o mesmo corte ou a mesma cor. A minha vida esta por demais retilínea, mudo de cara na impossibilida de mudar a vida.

Assim, cortei e pintei o cabelo. Depois, peguei 2 horas de engarrafamento para fazer os  5km de volta para casa. A cidade inundada num transito caótico, já não nos permite agendar horários e marcar compromissos. Perdi a minha aula e cheguei em casa cansada e, naturalmente, faminta.

Encontrei Paulinho -  meu hospede, a navegar na net, cervejas tomadas e cheio de observações ao meu estresse. O FDP como todo homem, se quer notou o novo corte, a mudança na  cor, ou fez qualquer outro comentário, afora suas desnecessárias observações de que estresse faz mal.

Ontem, novo engarrafamento, Paulinho, muito mais cervejas tomadas, novos sermões e desta vez, perdi a compostura e disse-lhe duas ou mais verdades pouco fraternas, pouco gentis e até desnecessárias. Sei que não foi gentil da minha parte, mas penso as pessoas perdem a oportunidade de ficar caladas e tecem  comentários que pouco contribuem.
Estas coisas me mostram como ainda estou longe das praticar o que ouço e estudo, longe de ser fraterna, de ofertar a outra face, de exercitar a empatia. Há quem me julgue uma boa pessoa, mas confesso que não sou. Sou uma personalidade inibidora, certinha, chata e intolerante.

Exijo de mim o que não me pedem e cobro retorno dos outros responsabilizando-os pelo meu esforço. Tenho tentado mudar, principalmente os últimos oito anos na FBU, mas o ego é ferrenho, caprichoso e cheio de artimanhas.

Sou assim, cheia de defeitos e poucas virtudes. Ontem, afirmei no meu grupo terapêutico da Fraternidade, que ainda sou 99% de erros e 1% de tentativas com alguns raros acertos. Entretanto, um dia chegarei lá, não importando o quando, já que por misericórdia, temos muitas vidas para aprender.

Fico pensando o quanto este dia está longe, tão longe quando o dia que meu café não me fizer mais fata!

Beijos envergonhados,

Shanti!

 



O famoso Paulinho, um ex cheio de prerroagativas!

4 de out. de 2013

Café com bolo de Bodas de Malaquita


Quando meu amigo Zito Azevedo casou-se com a sua Maiúca em 3 /10/1957, ainda faltavam 2 anos para o meu nascimento. Em verdade, este casal já contabiliza 60 anos juntos, se contados o período de namoro e noivado.






 
Não os conheço de perto em sua intimidade, mas o bom humor e a alegria de viver do meu amigo Zito deve-se, suponho e quase garanto, ao fato de uma vida feliz e harmoniosa ao lado de sua amada.  D. Maiúca deve ser uma bela pessoa. Asseguro a vocês, que  ninguém comemora bodas intermediárias. Só os felizes de verdade, salvo estes, os que comemoram bodas por formalidade preferem os 25, 50, etc... Nunca datas quebradas, elas são invariavelmente esquecidas ou suas comemorações são postergadas como numa poupança para uma festa maior.

 


Pergunto-me o que é maior, senão o dia-a-dia? O que é maior que uma vontade tão grande de casar, ao ponto de casar-se por procuração? O que é maior para uma noiva do aceitar entrar na igreja e ao final do casamento não beijar o seu amado? Eles teceram por sessenta anos este amor e ainda consegue ter novos riscos, pontos e bordados com mesmo encanto com que fizeram seu enxoval.

 

Queridos, conta-se ano a ano as coisas boas e para elas fazemos preces, figas e sopramos velas para que se repitam por muitos e muitos anos. Assim somos, qual crianças esperando a véspera do nosso aniversário, a chegada das férias de verão, o Natal e porque não - a renovação dos votos de amor eterno!

 

Nesta minha vida de muitos altos e baixos, nestes 54 anos contabilizo muito momentos felizes, mas não tem como comparar com 6 décadas parceria, respeito, fraternidade e muito amor. Se eu vivesse feliz ao lado de um companheiro desde hoje até o último dia da minha vida, certamente não lhes bateria em tempo e intensidade. Maiúca & Zito, por certo são felizes e as cores do seu belo bolo de comemoração em branco da paz e verde da esperança anunciam ao mundo a possibilidade do amor eterno.
 
 
Meus amigos, corro para passar um café para tomar comendo este bolinho amanhecido que deve estar muito bom, tão bom quanto ser apenas Maiúca para Zito e Zito para Maiúca, simples assim.

 
Casamento  de Zito e Maiúca, por procuração. Abaixo o seu bolo de comemoração do 56º aniversário - bodas de Malaquita