31 de ago. de 2016

Nuvens cinzentas no horizonte- café no Senado


Hoje não há que dizer senão lamentar  o triste episódio da nossa história, quando ladrões, indiciados, incapazes e imorais julgaram o que convinha e não o pautado. Se me perguntam se estava feliz com o Governo, digo-lhes que não. Entretanto, vejo crescer e ganhar força as formas subterfugias de regime de exceção e perdas irreparáveis as minorias.

Vi uma mulher, uma militante e um ser humano cair de pé e sem se curvar. Não atribuo sua atitude a arrogância, mas firmeza adquirida na dor da tortura e na convicção da luta  na defesa de um Brasil melhor.

Não há muito que dizer,  o mundo inteiro já o fez em seus jornais, blogs e comentários. Resta-me a certeza e a esperança de quem nasceu  na liberdade, cresceu na ditadura, sorriu com a abertura política e ganhos sociais para todos, de que tudo passa e eles cairão novamente.


A história será o melhor dos juízes, esteja eu aqui ou não para assistir. D. Dilma, a senhora terá sempre o meu respeito e a sua história contarei enquanto puder e para você enviou flores.


20 de ago. de 2016

Café com sobra do bolo de casamento

...e para eles, uma folha de papel em branco, onde já começaram  a rabiscar uma história de vida juntos.

Que sejam criativos, corajosos, cúmplices e companheiros em todos os capítulos são  os meus votos.


"Aquarela
Toquinho

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá"

...e quando  o tempo passar, as fotos amarelarem e as roupas parecerem cafonas é a hora de lembrar que o  melhor porta-retratos é a memória. Fechem os olhos devagar, sintam o cheiro, ouçam seus corações e todas as cores se renovam e, até os que já tiverem partido estarão lá de novo! 

Com amor e carinho, parabéns  Agnes Bezerra e Alberto Carvalho pela Boda de papel.



 Que seus barquinhos de papel atravessem oceanos em segurança. Remem em sicronicidade e  harmonia, como pares e sem perder a individualidade

14 de ago. de 2016

Saudade que transborda os zoio

Hoje apesar de ser dia dos pais e não  ter o meu mais por perto, sei e sinto ele presente em mim  nos meus jeitos e trejeitos. Sou resultado dele e dos meus ancestrais.

Me sinto contemplada e confortada com isto. Sou grata ao meu pai por tudo e, principalmente, por coisas que só  agora entendo. Fico feliz em dizer que ele fez o melhor e deixou legado e boas memórias, que serão  lembradas por nos filhos, netos e muitas gerações. A minha saudade dele  é feliz e sossegada. Conforta mais que doí.

Também, sou feliz em acordar e puder ligar para o pai das minhas filhas e, com alegria verdadeira, desejar um dia feliz e ainda receber um convite para o almoço.  Afinal, fazem 41 anos que nos casamos e 33 que nos separamos. São  muitos anos de respeito e amizade e isso é uma vitória.

Hoje a saudade que  bateu  dolorida foi de um fraterno, um orientador meio pai, irmão  e conselheiro por mais de década.  A saudade foi dessas que faz frio, transborda água nos olhos e nos leva a enviar os melhores sentimentos de gratidão  e vibrações  de amor fraterno. Uma saudade qual chuva miúda, que cai pouquinha, mas encharca e faz tremer.

A você  meu irmão Nikaya,  que tantas vezes já agradeci, aqui vai mais uma vez o meu "obrigada" e a certeza do meu respeito e amor fraternal.

Babaji seja contigo e um dia nos reencontraremos, nesta ou noutra vida.

Shanti Om Namah Om






8 de ago. de 2016

Mea culpa, nossa culpa - café saudoso!


Os amigos custa-nos tanto e são tão poucos, que jamais deveríamos perdê-los.  A dor é grande e não importando a causa da morte, não se chora menos por aquele que morreu longe de nós. Entretanto, resta-nos saber, que mais triste que a morte de um amigo, é a morte de uma de amizade. Se motivarmos a sua morte ou o seu desaparecimento, nada teremos feito de aproveitável neste mundo e nem um amigo teremos para chorar!

Mea culpa, café saudoso.