Todos nos brasileiros estamos enfrentando muitas crises. É
verdade, que para muitos há quase 12 anos, muitas coisas melhoraram e quanto
mais pobre ou miserável, melhor foi o alcance das políticas públicas. Sem
dúvidas, temos menos fome e mais educação. Ainda que estejamos longe de
soluções, a última década foi muito melhor que as anteriores.
Não estou contente com o Governo pelo qual lutei , vi formar-se
enquanto partido, mas não sou irresponsável em
comparar os dias atuais aos velhos tempos de outrora ou pior, aos tempo de
ditadura.
Para quem come poeira em estradas fica claro que falta
muito, mas fica claro também, que se fez muito mais que antes. Tem mais água,
mais saneamento e até mias grana, mesmo que paliativas, as politicas de transferência de
rendas como a Bolsa família alcançam a muitos.
Aqui na Bahia, passamos
por uma seca grave – a pior dos últimos 60 anos e se não fosse pelo pouco
realizado nos últimos anos, teríamos tido
uma catástrofe sem proporções. Há falhas e muitas, graves falhas de
planejamento, execução e avaliação das realizações e se colocarmos uma lente
que os permita ver de perto o funcionamento das instituições, veríamos que
muitos e sérios vícios se mantêm.
Há corrupção, há incoerência e há desmandos, mas com a fundamental diferença de que já não são jogados para
baixo dos panos e nem são presos os que delatam. A economia não é a desejada, mas tem se mostrado ligeiramente estável
e o varejo cresceu, aumentou o acesso dos pobres a bens de consumo duráveis
e os níveis de emprego está consideravelmente melhor.
No meio disto, o pais do futebol assume a realização de uma
Copa, uma manobra das muitas da FIFA, sempre a serviço dos mesmos. Canaliza-se todos os recursos para
estádios, vias e uma série de coisas que não terão, como em outros países, uma
utilidade efetiva após o evento.
Soluções parciais de mobilidade urbana exigem que o Brasil
pare por vários dias úteis durante o mês de junho. O efeito cascata das paradas
é catastrófico para o comércio e não será compensado pelo incremento de venda
aos turistas.
O pequeno varejo não vai suportar, as escolas vão atrasar
todo calendário e o serviço público vai virar um caos. Numa conjunção ainda mais fatídica, neste ano teremos eleições majoritárias, ou seja, não se discute as mudanças políticas aos gritos de gol. De julho a frente a legislação impõe data de parada legal par uma
série de licitações e contratações e serviços públicos.
Um ano de caos e a Copa se tornou um café frio e sem
graça!
Viuji, valha-nos a santa garrafa térmica!