Meus queridos irmãos do Além Mar,
O primeiro gole de café vai acompanhado de todo pedido de
desculpas pela ausência em seus blogs, no meu e nos e-mail, mas creiam, nunca
do meu coração e das minhas lembranças.
Como diria Chico aqui na Terra vão jogando futebol, com
muito samba e muito show de rock, mas a coisa aqui tá ruim e bem ruim.
Aconteceu de tudo, desastres ambientais com mortes anunciadas graças ao descaso como o de Mariana que matou o Rio doce e ameaça Abrolhos; o incêndio que vem matando a reserva da Chapada Diamantina, o desemprego,o desamor e desmandos políticos e a flata de cidadania generalizada.
Trazendo ao particular a saúde minguou, a fé abalou e o
desencantou bateu. O trabalhou aumento e contraditoriamente o desemprego ronda,
as incertezas de salários regulares e cresce a inadimplência.
Um quadro que não é dos mais alegres a reportar aos amigos.
Por outro lado, daqui e dali surgem pequenas alegrias que
nos impulsionam. Fiz um post no face um atrás falando do meu desejo em ter um
pé de Manacá e um de Resedá – a época estava comprando a minha morada. Tenho amigos em São Paulo e o posto foi visualizado
na linha de tempo deles e uma senhora que leu, pasmem, sem me conhecer plantou
, regou e no último dia 20 , uma ano depois, me encontrou para entregar o meu
pé de manacá e tomar um cafezinho.
Estas pequenas alegrias como um post de Valdemar,
perguntando do meu sumiço, outros da Dilita e do Zito , me impulsionam a
levantar, fazer um café forte e seguir. Sou grata a todos vocês.
No trabalho uma incursão por terras abatidas, exauridas pela
seca e um povo esgotado pela pobreza, mas que não perde a fé, me leva a
levantar e dizer porque não continuar. Eles são donos de uma fé, que me
empresta coragem.
Sentados no chão, traçam planos e riscam possibilidades. donos da esperança seguem!
Estou aqui querido, com dias de café fresco e outros de
requentado, mas sentindo a todos com o mesmo o carinho.