"Quero andar ao seu lado, como o pé esquerdo acompanha o direito, um de cada vez, independentes, cientes do próprio destino.
Sabendo parar a espera do outro, seguindo em frente, quando a estrada assim permitir. Mas, caminhando ambos o mesmo caminho, seguindo a mesma jornada em uma só direção."
De súbito me lembrei deste poema. Há exatos 32 anos, ele estava escrito na sola do meu sapato. Nunca antes e nem depois vi outro sapato com poema. Este foi o primeiro e único.
Hoje o poeminha me veio claramente na memória. Corri ao Google e lá estava, conforme lembrara. Infelizmente, não consegui saber a autoria. Encontrei-o em 2 blogs de diferentes anos, mas ambos muito, muito depois de te-lo no meu belo sapato de boneca e lá, como no sapato, sem o crédito da autoria.
A época, com 24 anos, meu sapato branco de boneca e de solado impar era o que "havia", o suprassumo e hoje consegui experimentar a mesma emoção. Sinto-me com a mesma alegria e disposição do dia que os calcei-o a primeira vez.
Bendito seja o autor, o designe e o fabricante daquele sapato. Me renovou a alma!
Em tempo, #floresbrancas pela paz e R.I.P as vítimas de Istambul.