Temos uma necessidade de marcar o tempo em horas, dias, semanas, meses e anos. Sem estes marcos ficamos soltos, perdidos. É fato, que com o tempo as memórias se confundem e as datas se misturam, mas sempre nos apegamos a elas.
Se contasse os dias em grãos de café para me divertir, já que não posso bebe-los como queria, poderia lhes dizer que a 365 grãos/dias atrás, eu estava em S. Paulo em meio a euforia de relacionamento que se renovava após 30 anos de tentaivas e esperas e que hoje, já não existe mais. Quantos grãos são 30 anos? 10.950, afora os bissextos.
Tudo é tão relativo. Destes 10.950 grãos, quantos foram de pura fantasia? Em quantos a imagem do outro foi a que inventamos e nela acreditamos?! Assim, concluo que só vale é a experiência vivida, seja de segundos, minutos ou mesmo anos. O que vale é o momento.
Nos construímos diariamente e o tempo nos modifica. Muitas vezes não percebemos e estacionamos numa autoimagem. Queremos que o outro nos veja desta forma e procuramos ver o outro com a imagem que criamos. Desconsideramos o efeito dos dias, as experiências individuais, tentamos recomeçar de onde paramos.
Neste momento me lembro daque filme - Efeito borboleta, onde ao voltar no passado para corrigir algo, sempre o presente era modificado de forma pior. Isto não existe e se existisse poderia ser, como no filme, desastroso.
A verdade é que já não nos cabe as velhas roupas, os velhos hábitos ou mesmo as juras de amor. Penso que agimos como adolescentes, inocentes ou irresponsáveis e precipitamos tudo. Se começássemos em bases reais, olhando a oportunidade do reencontro, buscando identidades e admitindo as diversidades, talvez tivessemos chances, porque seria real.
Fomos adultos querendo andar no velho patinete de criança ou ver sentido num antigo álbum de adolescente. Perdemos o "time" e despediçamos a oportunidade e o mais triste, talvez tenhamos jogado fora uma memória afetiva, que mesmo distorcida, nos fazia felizes.
Reponho os grãos de café no pote para recomeçar a contar, afinal o tempo não para.
Você tem sorte em fazer essa aritmética existencial em grãos de café...Imagine que eram grãos de areia?! Era trabalho para chinês...Só não concordo com essa de que o tempo não para...Para sim, senhora, em ocasiões muito especiais de paroxismos de felicidade: para tudo: o tempo, a terra, a dor e o ódio, só existimos nós...
ResponderExcluirGostei da foto pelada (sem pelo...)
Xi-coração,
Zito
Gostei do pelada...Só assim saio pelada na net ...kkkk
ExcluirA foto tem uns 5 anos, mas um dia destes volto a passar a máquina.
Bjs e abraços em Maiuca pelo dia das Mães.
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Olá Nouredini
ResponderExcluirAinda não li, mas quero já felicitá-la pela foto, e pelo corte de cabelo. A amiguinha ficou mais jovem. Assim é que é!
O meu marido "vai adorar" quando eu lhe mostrar esta foto. Sabe ele é um especialista em cortes. (era)
Actualmente já deixou as Senhoras, mas algumas ainda o procuram, agora no cabeleireiro de homens. E ele atende sempre. Ás vezes levam fotografia de à vinte anos, e comentam - olhe este corte que me fez... já não se lembra pois não?!
Do corte lembra,e doutros cortes, pois era do que ele gostava.
Parecia que estava a conversar com a Nouredini aqui ao meu lado... mas não, o Atlântico não é um lençol, pois não?
Bom Domingo, e beijinho.
Dilita
Querida,
ExcluirA foto tem uns 5 anos mas quakquer hora volto a passar a máquina. É bom demais. Lavou e saiu!
Tenha um lindo dia das mães e abraços no Olimpio.
Querida,
ExcluirA foto é antiga e já tem cinco anos, daí estou mais jovem.
Qualquer dia destes passo a máquina de novo!
Bjs e Bom dia das mães