A batalha das pilhas e espirais continua a avançar os
limites na minha casa. A cada dia os papeis, provas, trabalhos, anotações dos
alunos de minha filha avançam casa afora e faz muito tempo que já deixaram os limites do seu território.
Todo final do semestre é esta loucura e chego a sonhar com
mostrinhos de cabelo de espiral. É fato, que Cissa
tenta ser uma professora a moda antiga dando variados tipos de questões,
estilos de prova, primeira, segunda e milésima chamada e com isso, soma-se papéis
aos quilos ou toneladas.
Há também a invasão sonora porque o interfone toca por
segundo com as entregas de trabalhos dos retardatários que imploram uma chance.
E não raro ela jura que não, mas acaba descendo para pegar mais um trabalho que
aluno tentou melhorar.
Não são poucas turmas e várias as engenharias que ela ensina
e lá se vão às pilhas a multiplicar-se. Pacientemente, ela revisa, anota,
pondera, aconselha e mesmo assim, aluno
irresponsável não tem conserto.
Agnes que também é professora, mas não permite que lhe
invadam o espaço pessoal e apesar de querida, atenciosa, colaborativa mantém os
limites na área institucional e não partilha endereço pessoal, telefone,
portaria e etc. com a galera. Particularmente,
acho que ela está certa em ser solidária, colaborativa, mas reservar sua vida
privada.
No meu tempo de universidade havia uma distancia entre
professores e alunos encurtada nos momentos de militância conjunta ou no breve
cafezinho na cantina da FFCH - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal. Professor não era cúmplice e no máximo chegávamos a colegas
e raros casos, amigos.
Se por um lado Cissa é assim com os alunos, por outro trata
o professor orientador do seu mestrado com respeito hierárquico, chama-o de
Professor e respeita as datas e os
horários de contato e os limites de uma relação colaborativa, tecida com respeito
e uma certa distância como aprendeu.
Acho ( eu e o meu achismo!) que ela deveria refrear um pouco
sua condescendência, antes que o efeito se inverta e os deseduque.
Sinto-me no direito de opinar porque as barricadas já alcançaram a porta do meu quarto e há muito a sala é território deles. Tenho que traçar uma estratégia antes que alcancem a mesinha da cafeteira e da água com gás porque aí......a guerra tá perdida!
imagens da web, colhidas sem autorização.
A Bastilha, com o todos os exemplos de tirania é um alvo a abater...Eu não sei como era, ou é, o relacionamento educando/educador nas Universidades, porque nunca por elas passei, mas posso assegurar, com a certeza de quem já não tem necessidade de mentir, que as minhas memórias estão intima e indelevelmente ligadas aos meus professores do ensino básico e do complementar...Sua Cissa professora, parece ser, felizmente, do tipo inolvidável!
ResponderExcluirconcordo e acato que a Bastilha não foi um bom exemplo e traatarei de mudar. foi um destes casos impensados do emprego de velhas expressões!
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