Hoje não há que dizer senão lamentar o triste episódio da nossa história, quando
ladrões, indiciados, incapazes e imorais julgaram o que convinha e não o
pautado. Se me perguntam se estava feliz com o Governo, digo-lhes que não. Entretanto,
vejo crescer e ganhar força as formas subterfugias de regime de exceção e
perdas irreparáveis as minorias.
Vi uma mulher, uma militante e um ser humano cair de pé e
sem se curvar. Não atribuo sua atitude a arrogância, mas firmeza adquirida na
dor da tortura e na convicção da luta na defesa de um Brasil melhor.
Não há muito que dizer, o mundo inteiro já o fez em seus
jornais, blogs e comentários. Resta-me a certeza e a esperança de quem nasceu na liberdade, cresceu na
ditadura, sorriu com a abertura política e ganhos sociais para todos, de que tudo passa e
eles cairão novamente.
A história será o melhor dos juízes, esteja eu aqui ou não para assistir. D. Dilma, a senhora terá sempre o meu respeito e a sua história contarei enquanto puder e para você enviou flores.
Minha amiga, a História nem sempre é tão imparcial como a gente desejaria pois, afinal, ela é cozinhada pelos homens... Sobre Dilma eu também acho que foi pior a emenda do que o soneto e até dá vontade de dizer que, entre julgados e julgadores, venha o diabo e escolha! E, já agora, sería desejável que D.Dilma deixasse de se apelidar de PresidentA...Essa palavra não existe!
ResponderExcluirMas, o Brasil, uma vez mais, sobreviverá aos seus próprios erros, tal como a Fenix renasceu das próprias cinzas...Tenho fé!
Bjs confiantes
Zito
Prezado, concordo e excetuo apenas a PresidentA. A denominação difere de outras palavras que não fazem assim seu feminino. Segundo linguistas só não era usada pelo fato de, a época,não admitir-se a possibilidade de uma mulher subir ao cargo. A palavra integra formalmente as gramáticas da língua.
ExcluirUm fato inédito demarcou o resultado obtido por meio das últimas eleições no Brasil – o de uma mulher eleger-se como alguém que comandará a nação durante um determinado tempo. Tal ocorrência desencadeou, entre outros fatores, alguns aspectos relacionados à própria linguagem, tornando-se alvo de questionamentos por parte de algumas pessoas.
ExcluirAfinal, Dilma Rousseff ocupará o cargo de presidente ou presidenta do Brasil?
Tais expressões estão condicionadas a um fato linguístico inerente à classe gramatical representada pelos substantivos, mais precisamente no que se refere a uma de suas flexões – o gênero. E ao se tratar deste assunto, percebe-se que há divergência de opiniões entre renomados gramáticos, tais como Celso Cunha, que ressalta que o feminino (relativo à presidenta) ainda se apresenta com curso restrito no idioma, em se tratando do Brasil; Evanildo Bechara e Luís Antônio Sacconi admitem como corretas as duas formas; João Ribeiro afirma que "o uso de formar femininos em “enta” dos nomes em “ente”, como presidenta, almiranta, infanta, tem-se pouco generalizado". Por último, citamos as palavras de Domingos Paschoal Cegalla, o qual revela que “presidenta” é a forma correta e dicionarizada, ao lado de presidente.
Divergências deixadas à parte, o fato é que forma “a presidente”, está correta, justamente pelo fato de integrar ao caso relacionado aos substantivos denominados comuns de dois. Portanto, podemos perfeitamente dizer: a presidente.
Assim, em meio a tantos posicionamentos, há que se dizer que há um especial, retratado pelo VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), revelando que o substantivo pode perfeitamente ter a sua forma flexionada, ou seja, é correto também dizermos presidenta.
Desta forma, o que mais nos interessa é saber qual das formas estão corretas, não é verdade? Pois bem, as duas estão de acordo com o padrão formal da linguagem. Logo, empregar esta ou aquela é opção de cada usuário.
Me desculpe, amiga, mas deixar o assunto "à opção de cada usuário" é um tanto simplista...Até porque, muita gente, se não toda a gente, se negará, por exemplo, a dizer videnta, presenta, ausenta, dormenta, gerenta, tenenta, prementa, parenta, dementa, doenta e, por aí fora, em vez dos respectivos vocábulos terminados em "ente"...
ResponderExcluirBraça amigo,
Zito
uso os doutos porque mal escrevo...rsrs, mas aí vai:om a vinda do Papa Francisco ao Brasil, uma polêmica voltou à tona: qual é a forma correta: “presidente” ou “presidenta”? Existem as duas formas. Sim! As duas formas são registradas pela Academia Brasileira de Letras (no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), pelo respeitadíssimo dicionário Houaiss, pelo Aurélio e tantos outros.
ExcluirEm um concurso público, por exemplo, o candidato pode fazer uso da forma “presidenta” e não perderá nota referente à língua-padrão. Por quê? Justamente porque a grafia é secular, tem o aval da Academia, dos dicionários e do uso popular.
Apesar disso, muitos preferem o uso de “a presidente”, pelo fato de nomes de dois gêneros terminados em -ente não apresentarem flexão de gênero, finalizando-os em –a. Alguns exemplos: crente, gerente, docente, discente, servente. Para os que assim creem, o artigo definido é o bastante para a variação em gênero.
É também interessante notar a existência de “presidenta”, desde 1899, pelo dicionário de Cândido de Figueiredo:
"Presidenta, f. (neol.) mulher que preside; mulher de um presidente. (Fem. de presidente.)"
Língua é uso, povo e reflete uma série de aspectos sociais. Há, no Brasil, por questões democráticas, uma tendência ao uso do feminino de diversos termos: a “chefa”, a “gerenta”, a “presidenta”.
A chegada de uma mulher ao poder é símbolo da Democracia; talvez, por isso, o Planalto faça uso de “presidenta”, nos atos e comunicações oficiais. O uso (ratifico!) não corresponde a uma invenção de Dilma Rousseff.
Por questões eufônicas, prefiro a forma “a presidente”, assim como alguns jornalistas, escritores e autoridades. É somente uma questão sonora e pessoal.
E você? Que forma prefere? Presidente ou presidenta?
Um abraço e até a próxima!
Diogo Arrais
Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Agradeço ao professor Arrais e outros doutos linguistas e como sou avesso a neologismos regionalistas e inimigo fidagal do último (des)acordo ortográfico, fico-me com A PRESIDENTE, como aprendi, vai para 75 anos...
ResponderExcluirUm beijo (ou será bêjo?)
Zito