7 de abr. de 2018

Pharmacia

As Farmacias Sant'ana estavam entre as famílias da Bahia desde o tempo que Pharmacia se escrevia com Ph.
Lembro-me de ler no alto da parede, acima das prateleiras de medicamento: - c não tome remédio  atoa , consulte o seu médico, ele é o guardião  de sua saúde"
A Santana, se não  estava presente em todos os bairros da cidade, estava presente em todas as suas regiões, das ricas às pobres, da cidade alta a baixa, do subúrbio aos pontos nobres.
Muito antes do conceito de rede ser difundido,  as farmácias  já trabalhavam assim. Foram inovadores, eles e os supermercados Paes Mendonça.
Assim como Gilette que passou de marca à sinônimo  de produto,  ambos tinha esse status quando se falava em farmácia  ou supermercado.
Ontem a Santana fechou sua rede, que chegou a ter 172 lojas  e, das 54 que ainda funcionavam, apenas 4 ficarão  até  o final dos produtos. Centenas de desempregados. Muitos fizeram carreira de atendente a gerente, de faxineiro a balconista.
Em 2012 a família Sant'ana deixou o negócio. Já não  contavam com o patriarca e um incêndio  ( acidental ou proposital ) os fez vender para uma holding, que diria azarada. Comprou dezenas de diferentes negócios em diferentes estados e faliu todos.
O fato é  que a Sant' ana agora só existirá na memória dos poucos que como eu recorreu aos seus balcões  ou levou dolorosas agulhadas de injeção  de bezetacil.
R.I.P Farmácia Santana e procure por aí as Óticas Viúva Neves , a calçados  Pestalozzi, Clarck e outras do seu tempo.
Abraços

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