Meu querido,
Obrigada:
- por recompor os fragmentos da minha memória que nem sempre sei se são verdadeiros;
- por me permitir olhar nos seus olhos e me ver refletida;
- por me saber, quando me esqueci. Obrigada por me permiti lembra-lo, quando você começa a esquecer de si;
- pelo exercício fraterno do nosso reencontro pontuado de verdades doloridas, ombros e colos misturados como casquinha mista se derretendo antes de poder saboreá-la;
- pelas risadas, pelas piadas, pelas cantadas trocadas;
- pelo seu cheiro que me atrai, me perturba e solta às amarras como maré de março no meu corpo de cais gasto pelo tempo;
- por me mostrar o quanto ainda sou frágil emocionalmente, quando se fala de afeto. Isto me alerta e faz observar meus pontos críticos;
Com você sou como um tempero que na medida é bom e necessário, passou um pouquinho... põe a perder o prato!
Somos assim, agua com sal. Se nos misturamos, à primeira vista e só no gole, é difícil separar quem é quem . Os processos nos decantam, desencantam e nos separam, mas basta um oportunidade, estamos lá de novo unidos e dá trabalho para separar.
Nessa impermanência da vida, nossos gostar foi se modificando, se adaptando a escassez. Nosso amor sobreviveu de breves encontros, lembranças furtivas e beijos roubados. Agora é um novo tempo e um novo compasso.
Já não nos cabe a imposição de sofrimentos. É tempo de amor maduro e de cuidados. Do seu jeito, lembro que já temos régua e compasso. Não temos saúde e nem idade para dor.
Não vou te deixar fácil, mas não vou impor a minha presença. Aceite que sou pegajosa, principalmente, quando estou preocupada e estou. Durante os últimos anos respeitei seu ritmo e seu time das ligações, não procurei, não incomodei e aceitei a sua vontade.
Agora entrei nesta luta pra te ganhar para alegria, para uma vida mais bela, mais harmônica, mais organizada e saudável. Claro e obvio, que como meu namorado também!
Não quero casar, não vou ter filhos (desnecessária e ridícula esta afirmação... rsrsrs) e não vamos morar junto. Quero um namorado, que possa ligar, passar mensagens, dizer que estou com saudade e que faça o mesmo comigo. Quero juntar milhas para viajar e reencontrar, mandar fotos, trocar comentários de livros e filmes e dedicar o meu prazer.
Sei que sou amada, sei que na ordem natural isto muitas vezes vem depois de ser namorada, mas quero ser namorada e não importa a ordem das coisas. Já é tempo de desordem amorosa!
A vida é feita no momento presente, vivida todos os dias, quero vive-la assim com sua voz no telefone, com sua mensagem no meu celular, com e-mails. Nossa “pegação” será, pois virtual.
Tenho certeza que conseguiremos soergue-lo porque a paz e felicidade residem no coração das boas pessoas. Você é um bom homem e me permita, diariamente, lembra-lo.
Na certeza de que nos esforçaremos para ser feliz, te abraço e te beijo os dedos e os cotovelos, fazendo as curvas.
Com amor e respeito,
Nouredini - dinha
Não sei quem mais apreciar: se a poetisa se a amante - aquela que ama - se a mulher, se a amiga, se as palavras - ou o seu sentido - se a sorte minha de ter "tropeçado" num exemplar dessa raça em extinção de pessoas que são gente, daquela que sente!
ResponderExcluirO que direi eu por te-lo encontrado, ao acaso, na rede. Obrigada pela sua presença que alegra os meus dias e me faz continuar.
ExcluirHá que confessa-lo: SOMOS DOIS SORTUDOS!!!
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