11 de jul. de 2013

Pensamentos com cheiro de café!


Todos nós podemos  imaginar! A imaginação precede o pensamento, assim aprendi. Se exercitarmos com frequência a imaginação, chegaremos a visualizar  e até mesmo a sentirmos os cheiros e movimentos. As cores ficarao vívidas e vibrantes e seremos invadidos pela emoção.

Quando olhamos para algo, fora ou dentro de nós,  focados em nossos corações, com sentimentos de amor, admiração, respeito ou saudade, este processo fica facilitado, entretanto é espantoso como alguns conseguem passar isto com tamanha nitidez, que passamos a ver juntos, enxergando por outras retinas.

Tenho um amigo, amante de belas coisas e lugares, sobretudo de Cabo Verde e ate ontem, jurava que ele lá residia, dado o cuidado diário  em reproduzir as belezas e as suas  preocupações com o que lá ocorre. Para minha surpresa, soube que já faz mais de década que de lá saiu e reside em Sintra, Portugal.

Com este amigo aprendi a gostar do Cabo Verde, seu povo e suas paisagens.  Esta semana lhe enviei um e-mail saudoso, onde dizia: (...) Quisera o oceano fosse um lençol para puxar Cabo Verde para perto de mim... Não deu em outra coisa, Zito postou o globo, oceano azul e nossas orlas, como se pudessem ser aproximadas, num simples puxar do lençol azul que nos separa!

Existem pessoas assim e quando duas se encontram, meia dúzia de palavras ditas, uma pista, uma imagem e toda cena se forma. Esta faculdade, por assim dizer, tem sua polaridade e pode a nos levar a bons e maus momentos. Podemos optar em usá-la para o que nos faz bem, flexibilizar nossas vidas e fortalecer nossa mente, trazendo um clima amistoso de terra fértil aos nossos pensamentos.

Esta terra adubada pela imaginação dá ambiência às boas sementes de pensamento e com estes pensamentos -  formas de energia, nos construímos ao longo da caminhada. Assim,  qualidade desta estrada, seu entorno e o prazer da caminhar depende apenas de nós.

Como não consigo imaginar a vida sem café, penso como o preparo, estabelecendo uma analogia pobre, mas que funciona. Sempre imagino primeiro o prazer do café, sinto seu gosto, vejo a sua fumaça embaçando o outro lado da sala, sinto o calor e o conforto na minha boca. Penso que quero um café, direciono e o faço. Simples assim, como diz Rahula instrutora da Fraternidade, parafraseando o mano André.

Aprendi com Rahula , que os exemplos bobos são ótimos para entendermos coisas complexas. Assim, meu café é o meu exemplo para algo que não tenho grandes elementos para explicar, mas que sinto e quando uso, dá certo. 

O bom, caro amigo – Zito de Mindelo Azevedo, é que juntos eu conheci o Cabo Verde mais que muitos lugares onde fui de “mala e cuia”. Vi pelos seus olhos, ditos cansados, mas ditosos do prazer de ter visto tão belas paisagens.

Melhor ainda é saber que não existe acaso, nem no ocaso das nossas vidas, meu e-mail do lençol, a aula de Rahula e o seu post foram sincrônicos, mostrando que pensamentos são de fato formas energéticas e viajam a distâncias inimagináveis!

Embarquemos nesta viagem, de tempo variável para cada passageiro e subitamente voltaremos a nos encontrar em portos e estações diferentes, ao longo das vidas.

Uma roda de café forte e aromático é a melhor pedida para o momento presente!

Beijos Zito, Beijos Rahula

Paz e lucidez para todos nós!

 

 


 
 
 
 Fotos web e blog mexido de idéias, obtidas sem autorização, mas que pode ser solicitada a retirada de imediato.

 

 

2 comentários:

  1. Adorei este texto e subscrevo tudo, palavra por palavra, letra por letra, ideia por ideia, coceito por conceito...Por vezes, V. vôa um pouco acima da minha bitola e eu tenho que fazer aelo a todos os neurónios vivos...Cabo Verde tem sorte pela apaixonada que conquistei para aquela terra e para aquela gente linda...
    Beijo crioulo,
    Zito










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