Todos nós podemos imaginar! A imaginação precede o pensamento,
assim aprendi. Se exercitarmos com frequência a imaginação, chegaremos a
visualizar e até mesmo a sentirmos os cheiros e movimentos. As cores
ficarao vívidas e vibrantes e seremos invadidos pela emoção.
Quando olhamos para algo, fora ou dentro de nós, focados em nossos corações, com sentimentos de
amor, admiração, respeito ou saudade, este processo fica facilitado, entretanto é
espantoso como alguns conseguem passar isto com tamanha nitidez, que passamos a
ver juntos, enxergando por outras retinas.
Tenho um amigo, amante de belas coisas e lugares, sobretudo de Cabo Verde e ate ontem, jurava que ele lá residia, dado o cuidado diário em reproduzir as belezas e as suas preocupações com
o que lá ocorre. Para minha surpresa, soube que já faz mais de década que de lá
saiu e reside em Sintra, Portugal.
Com este amigo aprendi a gostar do Cabo Verde, seu povo e
suas paisagens. Esta semana lhe enviei
um e-mail saudoso, onde dizia: (...) Quisera o oceano fosse um lençol para
puxar Cabo Verde para perto de mim... Não deu em outra coisa, Zito postou o
globo, oceano azul e nossas orlas, como se pudessem ser aproximadas, num
simples puxar do lençol azul que nos separa!
Existem pessoas assim e quando duas se encontram, meia dúzia
de palavras ditas, uma pista, uma imagem e toda cena se forma. Esta faculdade,
por assim dizer, tem sua polaridade e pode a nos levar a bons e maus momentos.
Podemos optar em usá-la para o que nos faz bem, flexibilizar nossas vidas e fortalecer
nossa mente, trazendo um clima amistoso de terra fértil aos nossos pensamentos.
Esta terra adubada pela imaginação dá ambiência às boas
sementes de pensamento e com estes pensamentos - formas de energia, nos construímos ao longo da
caminhada. Assim, qualidade desta
estrada, seu entorno e o prazer da caminhar depende apenas de nós.
Como não consigo imaginar a vida sem café, penso como o preparo,
estabelecendo uma analogia pobre, mas que funciona. Sempre imagino primeiro o
prazer do café, sinto seu gosto, vejo a sua fumaça embaçando o outro lado da
sala, sinto o calor e o conforto na minha boca. Penso que quero um café, direciono
e o faço. Simples assim, como diz Rahula instrutora da Fraternidade,
parafraseando o mano André.
Aprendi com Rahula , que os exemplos bobos são ótimos para
entendermos coisas complexas. Assim, meu café é o meu exemplo para algo que não
tenho grandes elementos para explicar, mas que sinto e quando uso, dá certo.
O bom, caro amigo – Zito de Mindelo Azevedo, é que juntos eu conheci o Cabo Verde mais que muitos lugares onde fui de “mala e cuia”. Vi
pelos seus olhos, ditos cansados, mas ditosos do prazer de ter visto tão belas
paisagens.
Melhor ainda é saber que não existe acaso, nem no ocaso das
nossas vidas, meu e-mail do lençol, a aula de Rahula e o seu post foram sincrônicos,
mostrando que pensamentos são de fato formas energéticas e viajam a distâncias inimagináveis!
Embarquemos nesta viagem, de tempo variável para cada passageiro e subitamente voltaremos a nos encontrar em portos e estações diferentes,
ao longo das vidas.
Uma roda de café forte e aromático é a melhor pedida para o
momento presente!
Beijos Zito, Beijos Rahula
Paz e lucidez para todos nós!
Adorei este texto e subscrevo tudo, palavra por palavra, letra por letra, ideia por ideia, coceito por conceito...Por vezes, V. vôa um pouco acima da minha bitola e eu tenho que fazer aelo a todos os neurónios vivos...Cabo Verde tem sorte pela apaixonada que conquistei para aquela terra e para aquela gente linda...
ResponderExcluirBeijo crioulo,
Zito
Um dia vou la com os meninos de S.Vicente!!!
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