Hoje participarei de uma reunião entre a família de uma
contratada e a diretoria da nossa cooperativa para falarmos dos recebimentos dos
direitos trabalhistas devidos após o seu falecimento repentino, seu seguro de
vida e outros procedimentos burocráticos.
Não posso dar-me ao luxo de pensar em dor, pois são ossos do ofício e tem que se dar andamento. Estarei lá pontualmente as 15h , cheia de café até os fios do cabelo!
A colega em questão era mais que colega: era uma filha, vizinha,
que ví crescer e florescer como pessoa e
profissional e numa manhã de trabalho partiu repentinamente. Nossa Maria foi-se
para outras aventuras.
Estes momentos exigem racionalidade, mas não necessariamente
frieza. Ser racional nestes casos é apartar-se um pouco do evento, listar as
providências e tomar encaminhamentos. Entretanto, há que ser emocional porque é
necessário a escuta compassivo dos familiares, dar-lhes a atenção, ser fraterno
e entender suas agonias e até revoltas.
É preciso entendê-los em meio ao luto e a dor e não coisificar a pauta da reunião .
Peço aos Mestres que nos iluminem neste momento e que
possamos ser práticos, sem ser apenas tomadores de medidas administrativas. Que não nos
esquivemos de olha-los como pessoas que perderam e muito, aos quais apenas,
podemos minimizar a parte prática desta
perda.
Hoje todo café será bem-vindo e me darei direito ao choro após a reunião.
Que seja o melhor porque Maria merece!
Inscrição feita na parede do corredor do meu quarto.
Maria nos continuamos a te amar e a vida é mais que esta passagem: - É a eternidade!
Será que a emoção prejudica o racional? E será que, neste caso, a racionalidade necessária será isenta de um toque emocional?
ResponderExcluirInfelizmente, por vezes, não podemos privilegiar um em favor do outro pois devemos, ambos, a quem queremos bem!
Acomanho-a, na sua dor, bem encostadinha à minha!
Zito
Beijos amigo, sua presença me faz feliz!
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