Hoje eu vi a loucura. Eu vi a loucura nos olhos esbugalhados de um homem.
Hoje eu vi um homem amigo com seus olhos de louco. Hoje eu vi um amigo oco.
Vazio do que era e cheio do que imaginava. Ele cheirava e espumava loucura. Não era uma loucura doce, mansa, insana e de olhos vazios. Era uma loucura colérica, cheia de sons e grunidos indecifráveis. Palavras soltas, ocas de sentido, cheias de raiva e de medo.
Procurei resgatar pelo olhar, portas da alma, quaisquer dos traços do que ele fora e nada encontrei,
Espumou, vociferou e depois entregou-se ao choro convulsivo e, nesta hora, até o louco se foi de sua alma. Por um breve momento, restou um zumbi, um morto vivo, uma casca. Triste, muito triste!
Momentos depois se recompôs como se nada acontecerá. Chegou a olhar- me como se eu fosse a louca, dada a minha cara de espanto.
Providenciei rápido um café, como de costume nas minhas horas de pânico. Sorvi cada gole rezando para que não tivesse sido minha a alucinação. Revi, quadro a quadro, toda a cena e cheguei a conclusão que, de fato tudo ocorrera e para minha imensa tristeza, conclui que meu amigo está a um passo da loucura ou já alterna loucura com lucidez.
Pensei muitas vezes como abordarei a questão. Como tocar no assunto, como não provocar um novo colapso. Resolvi procurar uma ajuda profissional, pedir uma orientação a um psiquiatra de minha inteira confiança.
Neste momento escrevo-lhes pensando como somos frágeis, como é tênue a linha que nos separa deste abismo. Espero que não passem por isto, pois é muito ruim e nos leva a questionar nossas certezas.
Faço mais um café e desta vez para ele e desejo que este café seja curativo - Um desejo infantil, mas do fundo do meu coração.
Beijos assustados, vou tomar mais um café para acalmar.
Hoje eu vi um homem amigo com seus olhos de louco. Hoje eu vi um amigo oco.
Vazio do que era e cheio do que imaginava. Ele cheirava e espumava loucura. Não era uma loucura doce, mansa, insana e de olhos vazios. Era uma loucura colérica, cheia de sons e grunidos indecifráveis. Palavras soltas, ocas de sentido, cheias de raiva e de medo.
Procurei resgatar pelo olhar, portas da alma, quaisquer dos traços do que ele fora e nada encontrei,
Espumou, vociferou e depois entregou-se ao choro convulsivo e, nesta hora, até o louco se foi de sua alma. Por um breve momento, restou um zumbi, um morto vivo, uma casca. Triste, muito triste!
Momentos depois se recompôs como se nada acontecerá. Chegou a olhar- me como se eu fosse a louca, dada a minha cara de espanto.
Providenciei rápido um café, como de costume nas minhas horas de pânico. Sorvi cada gole rezando para que não tivesse sido minha a alucinação. Revi, quadro a quadro, toda a cena e cheguei a conclusão que, de fato tudo ocorrera e para minha imensa tristeza, conclui que meu amigo está a um passo da loucura ou já alterna loucura com lucidez.
Pensei muitas vezes como abordarei a questão. Como tocar no assunto, como não provocar um novo colapso. Resolvi procurar uma ajuda profissional, pedir uma orientação a um psiquiatra de minha inteira confiança.
Neste momento escrevo-lhes pensando como somos frágeis, como é tênue a linha que nos separa deste abismo. Espero que não passem por isto, pois é muito ruim e nos leva a questionar nossas certezas.
Faço mais um café e desta vez para ele e desejo que este café seja curativo - Um desejo infantil, mas do fundo do meu coração.
Beijos assustados, vou tomar mais um café para acalmar.
Seja o que for que aconteceu, teve o condão de patentear seus olhos profundos (castanhos?)...Qunto ao resto é dos livros: a gente vive sobtre o fio da navalha!
ResponderExcluirBeijo calmo
Zito
Caro amigo, sua observação me fez rever a foto e, confesso, me assustei com o meu olhar.
ExcluirRapidamente suprimi a foto e troquei por outra não menos forte. A primeira vez que li Jung, tive a certeza do quanto à loucura nos é iminente.
Beijos sóbrios
NÃO ADMIRA - JUNG ERA LOUCO VARRIDO...
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