Há um tempo para todas as coisa debaixo do céu.
Bem, não me tomem por uma fanática pregadora por iniciar assim nossa conversa de hoje. É que tantas vezes ouvimos está afirmação, seja advinda da fé de alguém , do conformismo cheio de normose ou do nosso eu verdadeiro e, mesmo assim, nos deixamos levar pela dor intensa e a ilusão de que a perda e o sofrimento não passam, que hoje repeti para mim de forma consciente e reafirmo para vocês com quem partilho minhas estórias e história.
As dores de amor dos apaixonados, enamorados e amantes parece não ter fim. Julgamo-nas eternas e tão "eternas" quanto julgávamos o amor que acaba de passar e virar dor ou vazio. Se quer percebemos que atribuímos a relação que passou a mesma intensidade que estamos atribuindo a dor do momento. Se por um breve momento parássemos para refletir veríamos que é o mesmo peso e a mesma medida, logo veríamos que é passageira.
Somos assim, vamos variando o peso e a medida em conformidade com a nossa conveniência e sempre ao nosso favor. O outro, a situação, a vida, estes são os verdadeiros culpados!
Até quando eu farei isto? Me responda que, já reúno as condições de mudança, mas que tudo vem a seu tempo. Uma mistura desleal de verdades, não acham? Nem sempre duas verdades ditas juntas permanecem verdadeiras . Viuji!!!
Sim há um tempo para todas as coisas e isto no sentido de que precisamos fazer tempo mergulhar , abraçar e vivênciar nossas dores com dedicação e disposição para vê-las por diferentes ângulos e com os olhos da verdade.
Há um tempo de compreender nossos vacilos e aceitar que esta era nossa medida certa daquele momento e sobre eles entender que nada podemos mudar do passado. Do passado ficam lições e experiências que quando reaparecem com outras roupas, rostos e vozes no cenário do presente temos que fazer diferente, pois há um tempo para cada coisa.
Hoje percebo que fiz isto pouquíssimas vezes e quando a situação do passado se representava, scondia atrás das cortinas as verdades, minhas verdades, dando roupagem nova, pondo brilhos e jogando luzes ao que convinha e quando tudo começava a ruir, mais ou menos no mesmo ponto de sempre emprestava a culpa ao outro.
Não há culpa como diz meu querido Orientador N. Há responsabilidade. É fato que por vezes, são de ambos. Entretanto, só posso cuidar das minhas!
Hoje estou me dedicando a uma delas e revendo por outro ângulo uma longa história, cheia de estórias, castelos de contos e expectativas infantis que carrego fazem 30 longos anos. O que posso rever e deixar registrado faço-o agora:
-Me enamorei, me apaixonei, tínhamos restrições para conviver, fantasiei (arrisco dizer fantasiamos) tivemos uma breve convivência e décadas de fantasia. Hoje nós reencontramos, começou com as ilusões de sempre ( de novo me arrisco a dizer, para ambos), cai na real e percebo que somos duas pessoas diferentes, como esperarado e até certo ponto desconhecidas e estranhas. Temos hábitos e costumes que não reúnem, se formos rigorosos, as condições para uma amizade. Devemos manter uma certa e regulamentar distância para nós respeitarmos e de verdadeiro... há uma profunda gratidão.
Assim, décadas viram
breves linhas escrita sem dores e com pouquíssimas mágoas - porque ainda é tempo delas ! Assim, me despeço desta longa estória de amor.
Como diria minha Vó Tinda, entrou pela perna do pato e saiu pela perna do pinto e rei, meu senhor, que lhes conte cinco. Lá eles!!!!
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Fico com a sensação de que V. se sente como um navio de porões cheios de esperança, cuja amarra a um porto indesejado foi cortada e agora vagueia ao ritmo das marés, na procura de um estaleiro naval onde tapar o rombo que várias intempéries e desenganos abriram no casco a precisar de uma nova pintura que disfarce as mazelas...Um novo porto nos espera sempre, mas é preciso navegar, vencer as porcelas e o canto das sereias...Quando lá chegar me diga!
ResponderExcluirBjs
Zito
Isto mesmo caro amigo, ainda resta-me esperanças e até algumas certezas.
ExcluirNavegar é preciso e imperativo no meu caso. Não sei se cabe disfarçar as marcas das dores, feridas já curadas, servem de lembrança e chamam atenção.
By the way, estou muito feliz com sua visita, quecem bom temoi me leva a crer que dias melhores estão por vir.
Abraços na Maiuca e beijos do verão da Bahia para vcs
Olá Nouredini !
ResponderExcluirEscrevi ontem, mas no fim esta geringonça traiu-me... e tudo o vento levou; fiquei emburrada, e como era tarde, em protesto fui deitar. Mas senti-me em falta, eu queria mandar-lhe também umas palavras ( de ânimo?...)
Pois amiguinha, 30 anos é tempo demasiado para tomar uma decisão... Começa a habituar-se ao eterno adiamento, e depois já não quer outra coisa.
Vamos lá "endireitar" esse ânimo, e em frente, que a vida não dura sempre!
Não desperdice oportunidades, olhe que a sorte só bate à porta tres vezes. E afinal ainda são tres vezes, mas quando não se quer, nem se repara, e só se constata quando todas se dissiparam.
Portanto, Noudedini, cara levantada e determinação em força.
Beijinho.
Ah, não respondi ao seu comentário: disse que panela velha é que faz comida gostosa...Acho que é verdade, e se for de ferro tanto melhor. Só que panela de ferro antiga mesmo, não serve nos actuais lumes.
Também é igual com o chinelo velho, só ele alivia pé cansado.
Eu dava à Anita um irmão mais novo (se o tivesse) porque ela é mais nova do que eu 20 anos. Ela gostava de ter um companheiro, alguém decente que a acompanhasse para não viver naquela solidão constante. " É comum dizer que há muitos peixes no mar..." Mas nenhum veio parar à rede da Anita...
Mais uma beijoca.
Ola querida
ExcluirO sumiço é por conta de uma pequena cirurgia. Estou bem e já já voltando.
Bjs e obrigada pelo csrinho!
OLá amiga
ResponderExcluirQue é feito de si?
Já decidiu valorizar alguma das vezes que "ouviu" a sorte a bater-lhe à porta? E,,, Respondeu? ...
Se respondeu, está no bom caminho!
Beijinho cá da velhota,não assumida como tal.....
Dilita
Munha queridaprometo contar cada detalhes (só os bons...kkk), destes dias!
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