Após uma forte virose dessas QCC *, que pode matar os mais
velhos, me sinto viva. Zonza é verdade, mas pronta para me assenhorear
do meu espaço.
Me dei conta que além da saudade fui abatida por um
sentimento de impotência e vejo que preciso ter consciência do quão
pequeno é meu círculo e giro no entorno do meu umbigo. Percebi que conto com
poucos e fraternos irmãos e que estes valem muito. Alguns nem conheço
pessoalmente, mas foram capazes de se mobilizar com mensagens e e-mail que
cruzaram o oceano. A outros ocupei em providências de remédios e frutas e que logo
atenderam com carinho.
Assim como dizia meu falecido pai, o pouco com Deus é muito
e há muita verdade nisto, independente de conotações religiosas. Há os colegas
que assumiram minha parte de obrigações no trabalho, o chefe que esperou a
melhora efetiva, a irmã que ofereceu sua casa, a que ofertou sua pequena
poupança, a funcionária do prédio que se
disponibilizou em favores e os que com fé desejaram que tudo passasse da melhor forma.
Foram 4 dia de imersão em lençóis e episódios desagradáveis
de contar, mas o pior foi assisti todos os jornais e noticiários e constatar
que o vírus da violência está crescendo
suas fronteiras.
Hoje há cerca de 41 áreas de conflitos ativos e armados no
mundo, fora a guerrilha diária do tráfico, da violência urbana e da fome que
assola o mapa. Viajar de avião, um medo comum de muitos, se tornou ninho de
mercado de empresas que mapeiam as rotas mais arriscadas.
Me dei ao trabalho de instalar no tablet uma aplicação
flightawhere e vi espantada o trânsito de aviões
sobre estas áreas, mas isto é risco potencial. O que dizer de morar em Gaza
- uma faixa de terra cercada de bombas por todo os lados.
A última vez que que pensei neste conceito era para falar de
ilha e, de fato, Gaza é uma ilha de terror!
Assisti imagens de crianças despedaçadas , viúvas
desesperadas e homens que choram qual crianças. Vi como meu mundo é pequeno e
minha catástrofe mais próxima era uma virose, a saudade das minhas filhas e um
sentimento de solidão.
Como sou egoísta! Há um mundo se despedaçando e eu sou o
mundo, sou humanidade.Como posso contribuir? Posso vibrar, posso gritar, posso
protestar, mas e sobretudo, devo não
construir conflitos armados no meu dia a dia. Conflitos de palavras e
pensamentos que ferem, conflitos de consumo desenfreado, conflitos de não pagar
o preço justo da minha faxina,mas pagar o dobro numa refeição, sapatos ou livros.
Pequenos e incoerentes conflitos de exigir racionalidade
Israel e ser irracivel comigo e com minha família.
É tempo de coerência, e tempo de temperança. Tempo de
colocar a razão, a mente a serviço da paz. Pois ja ensinou
o Mestre: - Não há caminhos para paz, a paz é o caminho.
Doravante o café e bolinho
escolhe postar fotos de flores
brancas para nos lembrar a necessidade imperativa de paz. Aos que quiserem
postar e contribuir mandem a sua imagem com a fonte para heide.oliveira.nouredini@gmail.com
e nosso luto será branco, branco de paz que soma todas as cores em seu
caleidoscópio.
* queda,caganeira e catarrot
Desde a primeira grande guerra mundial em que morreu 1/4 da população (foi quando Caím matou Abel), nunca mais houve paz na Terra...E, Deus me perdoe, mas julgo que jamais voltará a haver!
ResponderExcluirFolgo em sabe-la de volta ao "mundo-cão", apesar de tudo e gostei de saber que apreciou o nosso ombro amigo, embora tão distante...ELE estará sempre aqui. mas desejamos que dele necessite o menos possivel!
Haja Paz!
Zito