Sempre gostei de aeroporto. Algo me fascina e há 30 anos quando mudei para perto dele, fiz do aeroporto um ponto para comprar jornal, livros, tomar um café e ir ao salão.
Sempre aos sábados a tarde ou domingos pela manhã cá estava. Fazia meu passeio, comprava o jornal e retornava feliz. No aeroporto estar desacompanhada não era problema. Um lugar de trânsito. Ninguém estranhava que tomasse um drink sossegada e só.
Na época que ainda bebia , aqui tomei muitos Dry Martines e Gins com tônica. Como não era proibido fumar a época, aqui fumei muitas cigarrilhas Lá creme e até comprei joias, nos bons tempos.
O nome do nosso aeroporto internacional mudou. Chamava-se 2 Julho, data da nossa Independência e mudou para o nome de um político cujas iniciais formam ALÉM... e aí que se foi para o além mesmo e com direito a parada no purgatório. Hoje é um arremedo do que seria e nem sombra do que foi.
Hoje só mantém a beleza do bambuzal da entrada, um túnel verde que abençoa a sua chegada ou a sua partida.
As obras de ampliação que seriam para copa, passaram para as olimpíadas e depois, acho que só Deus sabe. Há Tapumes, áreas interditadas, faltando ar em alguns lugares. Um triste quadro para um aeroporto com tráfego tão pesado e intenso.
Hoje tomei um café e assisti a tudo enquanto esperava meu embarque. O café tava bom porque a franquia é forte em todo Brasil, mas em nada me lembrou os dias que passei a passear no meu querido aeroporto 2 de Julho.
Embarco com uma saudade no peito, uma saudade que só vai piorar quando regressar em 4 dias.
Vou a Teresina me consolar com uma cajuína cristalina.
Vou a Teresina me consolar com uma cajuína cristalina.
Nouredini meu sonho e vê o fogo acabar com bambuzal. Odeio o banduzal
ResponderExcluirSua cara teimosa!
Excluir