Sinto um aperto no peito ao ver que o ano acaba a passos largos. Um ano politicamente complicado e cheios de retrocessos. Perdas e ganhos.
Meus valores fraternos tumultuados por conhecimentos esposados e nem sempre adquiridos. Me desencontrei de pessoas e irmãos fraternos e deixei conivência diária de alguns. Convivência que já passava de década.
Por outro lado, colegas de trabalho se mostraram amigos neste fim de percurso, quando faltou a saúde. Vizinhos de olá estiveram ao lado e muito fraternos.
A vida das filhas deu voltas seja em mudanças radicais no trabalho de ambas e novos rumos a traçar. Questões de saúde, alegrias, surpresas e algumas lágrimas.
De minhas irmãs, uma aproximação urgente por problema de saúde de uma delas, que por vezes me deixou em dúvida da minha fé.
A crise política e econômica no pais ameaça até a aposentadoria, que já contava certa no próximo ano.
O desastre recente de um avião com um time de futebol e toda equipe de reportagens, nos faz lembrar da fragilidade da vida e que temos algo a cumprir a cada ciclo.
Entro assim este dezembro, um tanto triste e apreensiva, talvez tenha perdido o brilho nos olhos, e a capacidade de sonhar ao ver as luzes do Natal.
Como temos tempo e temos chão até o Natal, eis que surge uma esperança. Ela vem de um estádio lotado na Colombia chorando nossos mortos, partilhando nossas dores porque somos todos uma coisa só: humanidade.
Este sim é o espírito do verdadeiro Natal e de um Cristo Vivo em nós.
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