Hoje as minhas lágrimas se misturam ao oceano que nos separa de Portugal. Choro com as noticias que cruzam, num zas-traz o oceano vindo de Além Mar.
Noticias duras e que engasgam na garganta, dando conta que piorou o estado de saúde do meu grande amigo, leitor fiel e incentivador - Zito Azevedo.
Daqui me dou conta que o tempo não volta e que se antes não fui a Portugal vê-lo, agora já não sei se verei.
Choro um choro sentido, mas sem sentido porque já deveria saber sobre a morte e morrer.
Tento me acalmar pensando no texto de Thay sobre a folha e vou procura-lo para partilhar. Encontrei amigo!
Desejo que você seja qual a folha porque eu ainda tenho muito a aprender.
Desejo que você seja qual a folha porque eu ainda tenho muito a aprender.
"Eu perguntei para a folha se ela tinha medo porque era outono e as outras folhas estavam caindo. A folha me disse: 'Não. Durante toda a primavera e verão eu estava viva. Trabalhei duro e ajudei a nutrir a árvore, e muito de mim está na árvore. Por favor, não diga que eu sou apenas esta forma, porque a forma da folha é apenas uma pequena parte de mim. Eu sou a árvore inteira. Sei que já estou dentro da árvore e quando eu for de volta ao solo, continuarei a nutrir a árvore. É por isso que não me preocupo. Assim que eu deixar o galho e flutuar ao solo, acenarei para a árvore e direi a ela. Te verei novamente em muito em breve'.
Logo eu vi um tipo de sabedoria muito parecido com a contida no Sutra do Coração. Você tem que ver a vida. Não deveria dizer a vida da folha, deveria apenas falar na vida na folha, na vida na árvore. Minha vida é apenas Vida, e você pode vê-la em mim e na árvore. Naquele dia havia um vento soprando e depois de um tempo via a folha deixar o galho e flutuar para o solo, dançando alegremente, porque enquanto flutuava olhava para si mesma já na árvore. Ela estava muito feliz. Curvei minh6a cabeça e sabia que havia muito a aprender da folha porque ela não tinha medo – ela sabia que nada pode nascer e nada pode morrer."
Thich Nhat Hanh
Logo eu vi um tipo de sabedoria muito parecido com a contida no Sutra do Coração. Você tem que ver a vida. Não deveria dizer a vida da folha, deveria apenas falar na vida na folha, na vida na árvore. Minha vida é apenas Vida, e você pode vê-la em mim e na árvore. Naquele dia havia um vento soprando e depois de um tempo via a folha deixar o galho e flutuar para o solo, dançando alegremente, porque enquanto flutuava olhava para si mesma já na árvore. Ela estava muito feliz. Curvei minh6a cabeça e sabia que havia muito a aprender da folha porque ela não tinha medo – ela sabia que nada pode nascer e nada pode morrer."
Thich Nhat Hanh
Paz a Zito e toda família
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