Estes dias venci duas novas
barreiras, embarquei de carro no ferry boat e rodei 270 km em duas das principais rodovias que cortam o estado - BR 101 e BR 324. Pode não significar
muito para a maioria das pessoas, mas dada as minhas limitações como
motoristas, as tenho como vitórias significativas.
Pronto, agora que já me exaltei, enchi meu ego e piorei o meu Karma (rsrsrs) vou lhes falar do meu final
de semana em Tairu – Ilha de Itaparica, onde fui visitar meu compadre e avaliar
o que se pode fazer de paisagismo no terreno da casa.
De pronto, lhes digo que paisagismo lá é assunto para depois,
há muito que fazer antes disso e ele deverá decidir se vai construir,
ampliar, fazer pérgola, quiosque e...depois definir as plantas. A casa fica em
frente ao mar aberto, vento salitroso e veloz, areia fina e solta, muitas restrições para as plantas e o paisagismo pouco vai acrescer a bela paisagem.
Se para as plantas isto é dificuldade, para alma é estar no
paraíso em vida. Um simples portão nos separa do marzão. Os vizinhos dos lados
esqueceram que são donos daqueles terrenos e fazem mais de 20 anos que não
aparecem. Numa rua de 4 casas, só duas
ocupadas, muito espaço entre elas, a única coisa que se ouve são as ondas de quilometros de mar aberto, o vento nos
coqueiros e os latidos dos cachorros quando, eventualmente, passa alguém ou
algum animal.
Tomei banho de mar à vontade. Não nadei porque não sei.
Optei pelo banho sempre a tarde, já que fujo de sol como do diabo foge da cruz e sempre
por volta das 4 horas a maré estava muito convidativa. Ir a praia e banhar no
mar foi muito agradável salvo por constar que o lixo já chegou no paraíso.
A orla estava inundada de tampas, garrafas, caixas, brinquedos,
decorações de outros natais e outras tantas e variadas coisas misturadas com
pequenas e coloridas algas de vários formatos. O sargaço era uma mistura de plástico,
isopor e nylon!
Sentei no batente do muro de contenção após o primeiro banho e fiquei
olhando atônita para tudo aquilo até ser chamada pelo meu compadre que dizia: “
se os recicladores bem soubesse deixariam m
para pegar material aqui porque já vem lavado e limpo” e “a cada maré chega mais”.
Passei a observar esta triste verdade nas poucas marés que
lá passei. Percebi que se fazem tampas de
todas as cores e formatos e fiquei imaginando a indústria do descartável só crescendo. Recolhi qual
criança, alguns pequenos tesouros de formatos inusitados e pedaços de
embalagens que fiquei a decifrar do que se tratava, me ocupando por horas.
Quando o manto da noite caía, fechavamos a casa e temperava a
comida para o outro dia. Lá se vive de acordo com a luz do dia, apesar da net e
da TV a cabo, deitávamos cedo e acordamos com o nascer do sol, que entra pela
porta da frente.
Os horários são marcados pelo cheiro do café da manhã,
do pão assando , do cafezinho depois do almoço
e daquele café que se toma no final da tarde,
antes de jantar. Aliás, o café é o ponteiro principal do relógio da vida na
casa do meu compadre e da sua madrinha N. Senhora de Fátima.
Fiz pão, assei carne de porco, fiz verduras no sal grosso,
limpei terreno e tomei muito banho de chuveirão a exibir minhas gordurinhas porque lá não se tem preconceitos. Aliás, este um lugar é totalmente sem conceitos.
É uma grande caixa vazia para ser programada como você desejar construir a base
da sua vida, seu alicerce.
Então, acrescí umas linhas no livro da minha vida, lá nas páginas do "sem medo de dirigir" e do "sem medo dos cachorros", mas dos cachorros eu conto depois, afinal temos muitos cafezinhos pea frente.
Beijos salitrosos,
A dinda de Cadito, olha por todos!
simples e generosas, estão vão se multiplicar!
Sem vizinhos, oba!
Balize pelo coqueiro e trace seu rumo
Palavra que fiquei escarlate de inveja...Mesmo com lixo e tudo, eu dava uns anos dos dias que me restam para me desini bir nessa santa dessa ilha, com tanto, tanto mar, meu compnaheiro de décadas e de que fui forçado a me desquitar por politicos invejosos da minha paixão...Espero que tenha recarregado suas baterias para a azáfama do Natal que está aí...Ou não comemora?
ResponderExcluirBjinhos injesos
Zito
Querido
ExcluirFoi de fato um ótimo final de semana e ter conseguido superar a limitação da estrada e do ferry completou.
Lá o compasso é outro. Além de tudo estava cheia de saudades do "cumpadi" e nod fartamks de dengos.
Beijos e Parabéns prlo record de visitas!