Quando criança a maior das especulações nem era o ano 2000. Assistíamos
o seriado norte-americano “Perdidos no Espaço" e nos anos 60 imaginamos que em 20/25 anos nossas roupas seriam de papel e nossa comida viria em comprimidos.
Em verdade, a vida se dá noutro ritmo menos imaginativo e lá
se vão 39 anos que me casei e mesmo com as muitas mudanças e facilidades, principalmente das comunicações, ainda tenho muitos hábitos, amigos e até pertences daquela época.
Trago tudo isso a tempo e aqui para iludir-me de que já já chegará novembro de
2039 e pagarei a última prestação do recém assinado contrato de aquisição do
imóvel, do qual ainda não recebi as chaves. Hoje uma forte dor de coluna
lembrou-me da minha idade e o arrumar dos pertences tem sido sinais diários de que o
tempo passando é uma realidade.
Como estarei daqui a 25 anos eu não sei, aliás, nem sei se
ainda estarei usando estas roupas provisórias de Nouredini e se os terei por
perto, então o melhor a fazer é convida-los logo para o café comemorativo da
posse efetiva do imóvel, no hoje, ainda que só se
dê de fato em 2039.
Assim, estão todos
vocês convidados para tomar, em final de
tarde, café preto, com leite, coado ou expresso, forte e fraco, acompanhado de
bolo simples, pão quente feito por mim, com e sem recheio, manteiga ou pastas de queijos locais com e
sem ervas do jardim, em mesa colocada na área externa por que estará
chegando verão e será fresco e agradável
lá fora., afinal será novembro de 2039.
Como já estaremos limitados pelos achaques da idade, não se
preocupem porque o acesso é fácil e térreo. A porta é larga e passa andador e
cadeirantes. Manterei contagem regressiva anual na tecnologia que existir a época
e vou tratando de lembrar-me e
lembra-los.
Se eu ficar pelo caminho, peço que aos que lembrarem, inclusive
as minhas filhas, onde estiverem que
tomem um café festivo e brindem a essa vossa amiga, que se encontra muito feliz
em fazer planos e ter conquistado com muita luta este momento. Onde estiver
darei o meu viva pela casa e por vocês serem fies.
Sempre lembro do que diz o
Mestre Thay e creio que será oportuno na data:
" Este corpo não sou eu; eu não estou preso a este corpo, sou a vida sem limites, eu nuca nasci e nunca morri. Desde os tempos sem inicio fui livre. Nascimento e morte são penas a porta pela qual entramos e saímos. Nascimento e morte são apenas um jogo de esconde-esconde. então sorria para mim, pegue a minha mão e dê adeus. amanhã nos encontraremos de novo ou ate mesmo antes. Estaremos sempre os encontrando novamente na verdadeira fonte, sempre nos encontrando nos inumeráveis caminhos da vida"
Até lá e juntos, de alguma forma, tomaremos nosso café!
" Este corpo não sou eu; eu não estou preso a este corpo, sou a vida sem limites, eu nuca nasci e nunca morri. Desde os tempos sem inicio fui livre. Nascimento e morte são penas a porta pela qual entramos e saímos. Nascimento e morte são apenas um jogo de esconde-esconde. então sorria para mim, pegue a minha mão e dê adeus. amanhã nos encontraremos de novo ou ate mesmo antes. Estaremos sempre os encontrando novamente na verdadeira fonte, sempre nos encontrando nos inumeráveis caminhos da vida"
Até lá e juntos, de alguma forma, tomaremos nosso café!
Fiquei enciumado do seu térreo...É que eu moro no 5º piso de um prédio com dois elevadores: um, deu a alma ao criador há anos, o outro trabalha, de vez em quando...Diz a Administração do Condomínio que por falta de receitas por os proprietários dos apartamentos não pagarem, todos, as taxas legais, se corre o risco de não haver verba para futuras reparações do ascensor...Já viu eu carregando meus 120 quilos por mais de 100 degraus?!
ResponderExcluirA foto ainda é da casa atual. Qdo as escadas, depois de um tempo de sobe e desce, descidi que só moro no máximo no primeiro andar.kkkk
ResponderExcluirOlá querida Nouredini,
ResponderExcluirPois, para um cafésinho, e um bolinho eu estarei sempre a seu lado. E para a felicitar pela casa nova idem, idem !!!
A foto é da casa "velha", mas está bonita, a gente gosta de ver.
Estar cá em 2039, eu? Não me rogue essa praga...
Não é muito provável chegar e passar dos 100, nem eu desejo. Pois se já agora me falta a paciência...
Quando estiver a viver na casa nova, há-de ter aí que eu mandarei nessa altura, uma lembrança mas palpável, não
apenas virtual. "Isto se não me der o badagáio e me rápe..."
Vamos lá torcer, porque eu ainda gosto de cá estar, e de fazer coisas. De escrever... Muito obrigada pela visita no meu cantinho, e pela apreciação, e pelos parabéns.
E agora com o cheirinho a café brasileiro que eu imagino, vou deitar que são horas, e está chuva e frio lá fora mais parece já inverno.
Beijinho.
Dilita
Oie !!!
ResponderExcluirHà tanto tempo que não deixo aqui uma mensagem (para o Zito não ficar ciumento) mas passo.
Hoje vi a orquidea, flor que descobri na Ilha de Madagascar, paraiso dos coleccinadores ou os
simples botanistas ou ainda, os amantes de um jardinzinho à porta da casa..
Ali é um regalo ver tanta variedade por todo o lado. Bem, não vou levar a flor mas aceito o seu
cafézinho que bebo consigo... se não fumar. Você tem de ter vida longa.
Abraço tropical (mas aqui é inverno mesmo !)
Já estava saudosa da sua visita. Obrigada e venha para outros cafezinhos!
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