Tive filhas e sobrinhos muito cedo e desde então, aprendi a tratar os jovens que se achegam como sobrinhos e a alguns trato de trazer para o coração como filhos.
Assim, a vida me trouxe Eduardo, que conheci ainda estudante e tornou-se colega de trabalho e com carinho ocupou parte do meu coração. Eduardo me deu a Maria Eduarda, neta.
Nos últimos anos e já mais ranzinha, pensei que não conseguiria conquistar mais filhos e me veio um genro. Beto a quem trato com carinho e faço dengos e vontades de comidinhas.
Já pensava ter encerrado, quando me surgiu o síndico... é isso mesmo, o síndico. Aquela figura que muitos falam mal, que é sacaneado por outros tantos e que trava batalhas inglórias para o bem estar de todos.
Quando se fala em síndico há que se pensar num senhor, mas o meu síndico é jovem, tem um filho pequeno e me chama carinhosamente de mãe.
Agora que moro só e longe das filhas a vida me brindava esta alegria, mas vem a tal impermanência e o meu mais novo filho emprestado acaba de ligar dizendo que não ficará no condomínio. Não será mais síndico, não será mais vizinho e com o tempo e a distância, não será mais filho.
O que aconteceu não sei. Levanto, passo um café forte, olho para um lado e para o outro peço a Papai do Céu que lhe guie os passos. Desejo fortemente que seja algo contornável e que ele possa seguir seu caminho amparado pela misericórdia.
Resta o consolo e alegria que fui sua segunda mãe por um breve tempo e isso me fez feliz.
Filho, siga sua estrada, mas se voltar passe para um café e carinho porque acho que continuarei aqui.por um tempinho.
Bjs saudosos.
Nouredini
ResponderExcluirA senhora feita Ave Bonita, protege com as suas asas todos quantos queiram o seu carinho. E desinteressada fica feliz por partilhar tão valioso bem. Eu também aí estou incluída, aconchegada num cantinho da asa...
Beijinho, e bom Domingo
Dilita
Quem dera poder te-la por perto, mas de certo esta dentro do meu coração!
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