Salvador, 465 anos♡♥♡♥
A minha Salvador vaga no tempo e na lembrança dando saltos e piruetas entre o passado longínquo e até pertinho do presente.
Ela é feita de memórias que tem gosto, cheiro e suor de boas paletadas.
Lembro de uma Salvador com a rua Chile de vitrines decoradas para o natal; da Mulher de Roxo; do pisca-pisca da fachada da Petrobrás na Jequitaia; da laranjada na Praça da Inglaterra; da lotação do 2 de julho - um largo cheio de flores e frutas e de um colorido inesquecível!
Lembro da fila do Plano Inclinado, e da única loja para comprar pano de espreguiçadeira e cadeiras de dobrar, que até pouco tempo existia e se chamava - A Sombrinha Moderna.
Das padarias e confritarias da Bx dos Sapateiros, em especial a da esquina da Ladeira da Praça.
Lembro até do Viaduto da Sé!
Tinhamos Calçados da Familia Pestalozzi e Ótica Viúva Neves e
A Lâmpada nos fornecia tudo que precisávamos Na sua porta um gentil senhor vendia todo suprimento para canetas Parker e Compactor.
Compravamos nos Os Gonçalves; Florensilva; MKraychete de Bazar e nos vários andaressm da Sloper e das Duas Americas.
Souto Maia era nome de loja e não sobrenome e sinônimo de chacina.
Quem não comprou na Mesbla ou passou um dia a pessear no Iguatemi quando inaugurou?!
Não faltavam lojas para comprar um brim sol a sol da Santista, bramante ou percal, mas aviamento só no armarinho S. Luis.
Tinha a Clarck calçados e depois chegou a Washi 70, mas antes já se afirmava que Adão não se vestia porque Spineli não existia.
No Cabeça iamos a Livraria Civilização Brasileira de seu Dermerval da Costa Chaves, grande livreiro, que tinha filiais nas Mercês e Ajuda.
O sorvete era na Cubana, assim como os bolinhos de arroz e na porta do Elevador podiamos comprar corda de balas/queimados e pedaços de doce de leite.
Ainda me restam espaços para A Primavera, as duas, a sorveteria e de instrumentos musicais e a torta de tapioca da Savoy na esquina do Cabeça.
Muitos cafezinhos de rua e boas cachaças no Mimosa.
Seresta do New Fred's, batidas do Barcaça, sem esquecer das de Diolino.
Lembranças dos passeios se atroplelam na memória: Itapoan, Jardim de Alah; Passeio público, Humaita, sorvete da Ribeira, Trem, ônibus elétrico, Bomfim , Boa viagem, Porto da Barra, Cine Roma, Calçada, Rampa do mercado; Mercados do Ouro, Sete portas, Feiras...incêndio de S. Joaquim!
Sandálias de couro fedido, saia rodada, FFCH São Lázaro, pipoca, bicos, suores e alegrias.
Uma Salvador de andar na rua, estudar em escola pública, esperar ônibus sem medo. Sair cedo e chegar tarde e ser pobre com dignidade..
Uma Salvador onde a arma no carnaval era machadinha dos Apaches do Tororó.
Sou feliz com minhas memórias de Minha Feliz Salvador.
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