24 de out. de 2015

Café engenhoso

Quanto menos recursos maior é  a criatividade.  Fico encantada com a capacidade criativa deste meu povo do sertão. O tem recebi um vídeo intitulado batata de salvação  e pensei tratar-se de mais uma espécie de planta de forragem e qual nada,  trata-se de uma engenhoca para irrigar.

De uma garrafa pet descartável  de 2 litros,  um pedaço  de arame,  um pedaço  de isopor destes q sobram nas embalagem,  2 palmos de corda de náilon surge uma bomba de irritação  por capilaridade.

Eita povo engenhoso,  livra o meio ambiente de uma garrafa,  faz render cada 2 litros de água  e mantém uma fruteira viva.

Gente do céu isto e tão... tão  bom que tem gosto de café  cadeado,  torrado na bola,  moído no pilao e passadinho na hora.

Parabens  aos incansáveis  agricultores e técnicos que labuta no semiárido!




https://goo.gl/photos/Y9vhZF2LbogtVcc49

12 de out. de 2015

Café "requentado"

... e o tempo passa e as crianças  crescem.  Hoje já passaram daquela idade que vc tinha qdo elas nasceram,   quando fizeram 15 anos e vão  seguindo cada qual seu rumo em paralelas que dizem vão  se encontrar no infinito.

Não  há  mais presentes e bagunça  no dia das crianças ou balas e doces sobre a mesa. São  outros tempos e outras comemorações, outros círculos e outros ciclos.

Cada coisa no seu tempo,  aliás  o tempo que  é o senhor de todos os caminho.

Quem sabe faz a hora ou perde para sempre


11 de out. de 2015

Mesmo onde falta água sobra cafezinho

Estes dias comi muita poeira e saculejei muito pelas estradas.  A temperatura girou por volta dos 38 graus e meu corpo gordo triplicou o peso  e ficou dolorido.

Muito que andar e aprender neste mundão  empoeirado de meu Deus...  Vi falta de água de beber e produzir,  Vi plantas secas e retorcidos,  animais magros, cisternas vazias. 

Não vi plantações  perdidas porque nem se planta quando não  chove a tanto tempo,  mas vi muita fé  e esperança  em dias melhores.  Casas de chão  batido,  pratos vazios, mas que prazerosamente oferecem seu último  cafezinho.

Vi mãos calejadas unidas em preces esperançosas de um amanhã  melhor.  Vi mãos  que se somam na ajuda para cavar cacimbas e aguadas para seus poucos e resistentes bodes e cabras.

Vi áreas coletivas de criação - Fundos de pasto - seculares,  extensos,  exauridos e que não mais suportam os animais.  Vi soluções simples e produtores criativos que convivem  com a seca.

Vi mulheres guerreiras que caminham,  labutam,  alimentam e tem esperança,  mas também vi muitos jovens cooptados pela cidade,  pelo jogo e pela bebida.

Vi casas simples já interligadas por celulares e escolas com acesso ao mundo pela net mesmo com seus bancos duros e quebrados e outras em que a luz é o luxo máximo .  Vi a fraternidade nos olhares e em todos os lugares.

Vi que há  muito o que fazer por aí!

Tenho que me aprumar,   me preparar  para rodar 408 comunidades de 30 municípios  e atender 70.000  pessoas  da melhor forma.

Muitos cafezinhos me esperam!

1 de out. de 2015

café mal passado.


Tenho andado num ritmo muito lento de postagens neste blog, nos passeios e comentários em blogs de amigos.  Cheguei até a ficar uma tanto preocupada.  De onde vem essa malemolência, esse banzo de escrever, sorrir ou chorar com os amigos e partilhar com todos  o meu cafezinho?

Passei um café, cutuquei as lembranças e fui ao ponto – inibição! Nunca pensei que seria abatida por este sentimento. Sei até quando tudo  começou ... Em julho fiz um curso de redação de relatórios técnicos e uma revisão de gramática. No curso tomei consciência das minhas limitações e, desde então, tornei crítica ferrenha da qualidade da minha escrita.

Perdi a chave da candura, do riso frouxo, dos trocadilhos, das lágrimas e palavras soltas. A licença poética a qual me permitia foi extirpada pelo professor.  Passei a achar tudo pobre, tudo errado ou cheio de falhas.

...hoje acordei para isto, um bom gole de café pelando me queimou a língua e juro vai soltar a escrita com todos bons e velhos erros, letras trocadas  e frases trucadas. Voltarei a ser feliz ao lado dos que tanto gosto. Vou escrever, falar, chorar, amar e partilhar os meus dias com a alegria de antes e que todos se disponha compreender.

Beijos revigorados.