31 de dez. de 2017

De passagem na passagem

Como em todo 31/12 meu dia é dedicado a dessacelerar. Uma espécie de jejum de corpo e alma. O jejum de corpo antes uma exceçāo, virou quase uma rotina com as "zinquiziras" do estomago e no de alma, tento me abster de muita poluiçāo mental, o que vem sendo muito dificil nos últimos  tempos. Tento porque temos que continuar tentando.

A falta da disciplina da prática  da Yoga vem mostrando seus sinais e o frequente estresse acumulado  leva a desatenção. Como consequência,  perco coisas, esqueço outras e fico presa a pensamentos recorrentes. Para corrigir tenho que voltar a respirar com atençāo plena, fazer as minhas práticas  e procurar socorro físico  com meu bom doutor.

Diagnóstico  feito, a responsabilidade e compromisso é  cuidar-me.

Na vida prática  o sonho de Portugal nunca esteve tão  perto. Os documentos prontos e o dinheiro na conta, mas fui surpreendida pelo prazo - muito mais rápido  que pensei. A vida ainda demanda uns 2 anos de trabalho e não  2 meses como manda o consulado. Se der entrada  terei que ir 2 meses após  o visto.
Prazo curto,  sonho adiado. Trabalharei focada no aluguel de lá, organizando despesas e me livrando de dividas. Aliás, um freio de arrumação  marca o início  de 2018 e terei que me costumar a viver da aposentadoria. Esta é  a realidade.

Das meninas tivemos alegrias, sustos de saúde  e vitorias nos estudos e profissionais. Tivemos nosso almoço de Natal e pela primeira vez em 7 anos vão  passar a virada de ano aqui. Menos despesas para enfrentar e se preparar para uns 30 dias no Canadá no meio do ano. Deveria ter dito os meninos, pois o genro está  junto e colado.

Continuamos a luta do meu irmão  para recuperar o filho. Peço a Deus que o fortaleça  e faça o melhor para Joāo, que com sua alegria reaproximou toda nossa familia.

Meu cantinho, como todo ano, recebeu um cadinho e precisa um tantāo. A meta é  cuidar da cozinha no proximo trimestre, lá pra março darei conta disto.

Amigos, mantive os que tenho e alguns partiram ao longo do ano. Continuam em minha mente e coraçāo. Para eles somo preces e saudades. Aos novos que a vida reuniu, sou grata e espero ser mais atenciosa.

Hoje farei meu ritual da virada de ano e passarei vibrando o Om Sagrado. Começa as 23 e 30h e paramos a 0 e 15h. Vibramos por todos nós  humanidade e pela paz. Dia 1/1 é o dia da Fraternidade universal. Também  é  o aniversário  de Nouredini, que nas primeiras badaladas de 2011 recebeu seu nome do seu Mestre e se comprometeu com.a FBU . Meu esteio e amparo. Não importa onde esteja, tenho meus compromissos e me esforço para cumprir os ensinamentos.

Meu Mestre segue comigo em muitas vidas e com ele continuarei. A Deus, eu agradeço todas oportunidades de 2017, mesmo aquelas que se apresentaram como imensas dificuldades porque, certamente, tiveram um propósito.

Que a luz e a paz se façam no mundo, vibremos.

Shanti Om Namah Om


26 de dez. de 2017

Surpresas e sorrisos

Ontem refizemos o bacalhou de 2 anos atrás. Sem o improvisso não teve o mesmo gosto. Cada coisa seu modo, cada dia seu sabor e desta vez, o risoto de tempero mouro e as sobras do  peru feito no fogo lento e curtido no pisco, fumaça e nas frutas vermelhas com paprica e pimenta rosa  brilharam  acima do bacalhau.

Lição aprendida: -  não se tenta copiar bons momentos, melhor fazer outros.

...e para lelembrar la vai a copia do post original

"Felicidade é a opção!
Aprendi a ver o mundo através  da fumaça  do meu café e diante dela já se passou todo tipo de fato,  relato e imagem.
Já  vi ou revi cenas de todo tipo... alegres,  tristes,  amenas,  mas nunca indiferentes.  Ser indiferente é  o extremo.  Quando estamos  assim, falta-nos amor e fraternidade. 

É  fato que é preciso ver através  da fumaça,  ter empatia  mas não  é  necessário  sofrer na intensidade do outro ou renovar nosso sofrimento a cada vez que relembramos. É  preciso tomar distância  e assisti a cada coisa com o sentimento e o equilíbrio do momento.
Assim, quando revemos um momento sem a dor,  a raiva ou mesmo o êxtase da alegria excessiva, podemos percebe-lo por inteiro e de todos eles tirar um aprendizado. 

Hoje na fumaça  do meu café repassa as vozes e risos de um dia que começou  com um almoço  de última hora feito de um bacalhau esquecido na minha casa, temperos mouros de paixão  antiga,  um macarrão  de Lemon pepper e  garrafas de Chandon trazidas por Agnes e Beto e uma bandeja de petiscos garimpados na geladeira e armários por Cissa e, que rendeu uma tábua  e tanto.

Assim e sem programação, como uma colcha de retalhos que se casam bem, tivemos o melhor almoço  de Natal de nossas vidas com direito a partilha de herança  de pratos da minha coleção,  sorrisos,  uma boa brisa que entrava  pela porta da varanda,  bagunça,  sorrisos e final feliz porque ser feliz é  escolha!"



25 de dez. de 2017

...e o espírito natalino o acolheu

Todos nos estavamos preocupados como seria o Natal.do nosso irmāo sem Joāo...mas o espirito natalino dos seus vizinhos o acolheu e não  fosse a falta de joão, nosso menino feliz, todo o entorno parecia normal. A árvore piscava, os cachorros soltos, e até  vez por outra um sorriso se fez em Wal. 

Um Natal  como se houvesse névoa e estivesse suspenso num tempo sem tempo, aconteceu. Grata sou a estes vizinhos que contribuiram com seu amor.

Segue texto de Walney:
Ceia ou não, penso que seja essa uma das raras noites de Natal em que não cozinhei. A ausência de João ditou a falta demanda,  é certo, mas não deixaria desgosto. Explico: já gostava de cozinhar quando me dei conta do fascínio de  manipular, ajuntar, dar forma e sabor a algo de q se faz na matéria do corpo de quem come - porque de tudo que se come, algo se torna um fragmento da pessoa que come, quiçá d'alguma parte que a acompanha por toda a jornada do corpo. 
Acho q foi lendo "como água para chocolate" q assim percebi (ou vendo porque filme e livro são, como poucas vezes, semelhantemente magníficos). Desde esse arremedo de epifania, preparar e servir alimentos, em especial aas pessoas amadas, se tornou ritual de entrega transcendente, algo quase secretamente sagrado para mim - Mas não é noite sem fartura de alegria, ja disse, posto que também me foi dado pelo Menino Feliz, a família estendida que hoje me acolhe. A razão de não ir à beira do fogo é que simplesmente, nesse acolhimento (ainda) não me coube ser parte da cozinha. Também, ja antecipei que esse não é relato de queixa ou falta, mas faltava explicar q O MILAGRE FOI MUITISSIMO MAIOR, E TAMBÉM O FOI PELO MAGNO TOQUE DE JOÃO. 

Sendo noite de tradição, não deixaria de lado o qUE aprendi em menino, não sabendo chegar "de mão pura" numa mesa a qUE nos convidam. Em singelo e simbólico ato reuni modestos frios em um suporte de louça qUE há muito me acompanhava e escolhi fazer de outros hoje. O MILAGRE MAIOR? CEBOLINHA E TOMATE VIERAM A EXISTIR PORQUE A TERRA FOI ARADA E SEMEADA A QUATRO MÃOS, assim, #joaoepapai, #papaiejoao #semprejuntos, agora e para sempre são muito mais dois corpos irmanados em amor. DE FATO E EXATAMENTE, TAMBÉM EM CARNES E OSSOS, #somosmuitos e #naosomossos.

Isso é amor, Shanti


22 de dez. de 2017

...E um dia sera Natal feliz de novo

Tomo emprestado este texto de meu irmāo Walney, enquanto espera confiante, mas não  sem dor, a volta do seu pequeno Joāo Manoel  - nosso menino feliz. Vibramos que seja o melbor para o pequeno e a Paz do Cristo acalme os corações  de todos.

"Colhemos juntos esses pinhões, ou, como lindamente disse João, "a árvore maior de todas deu de presente para nós". Foi num outubro ainda, então foram muitos os dias em que ele perguntou se o natal já estava chegando. Não era a ansiedade de criança a espera de presente, não era o desejo adulto de folga e festa, nem mesmo o desejo humano de estar entre os seus. Era simplesmente o desejo de adornar a nossa pequena árvore com o presente dado pela natureza. Havíamos que pinta-la juntos justamente no fim de semana em que ele foi levado - mais uma alegria roubada sem dó do próprio filho (que importa os outros, a quem não sabe ser feliz consigo mesmo afinal!!!???). 
A distância veio e o frasco de tinta, triste e só, aguardou em esperança até o escorresse cada grão da ampulheta. Os dedinhos não vieram abraçar o frasco de tinta purpurina "cor de ouro". Parecia vã, então, como vazio parece cada instante apartado do menino - eu ou frasco de tinta: iguais. Iguais, então, nós tomamos um ao outro e dublados o gesto. Advinha do o futuro recolhemos a alegria passada e vencemos o presente na ação feita para ele, por ele, com ele. 
Os pinhões, as tintas, as luzes e os laços de fita foram conjugado no verbo esperança, ao qual juntamos o doce, perpetuando uma tradição que inventamos ainda na outra "novidade":  árvore natal, em NOSSA CASA, se enfeita com doces, porque no montar são sementes, no desfrutar são beleza própria e o desfazer são alegria de doce fruto prometido, por nós e para nós. 
Ano passado foram balas, esse ano são chocolates João - E VAMOS COME-LOS JUNTOS!!!! Isso eu posso prometer!!!! E João sabe que pode confiar porque, como semeei em teus ouvidos e colhi na tua doce voz, cito-te: "Meu Papai sempre cumpre o que promete pra João!!!!" #joaoepapai #papaiejoao #semprejuntos"

Boas Festas e paz a todos.

P.S A foto da árvore  com os pinhões  colhindos alegremente por pai filho não  saiu na publicaçāo. Um erro persite no aplicativo e não  consigo incluir fotos a partir de smarthphone.
Walney, mesmo com dor, cumpriu a promessa e montou a árvore  de Joāo, e a luz do pisca pisca colore suas lágrimas  diárias.


19 de dez. de 2017

Prestando contas.

Este foi um ano atípico e as minhas paradas aqui tiveram intervalos mais que longos. Talvez, a preguiça, mãe de todos os vícios ou mesmo, a falta de expectativas, neste ultimo trimestre, tenham sido aliadas. Fato é que tardei em aparecer.

Aproveito para dá noticias de um ano que foi " marron", marrom meno, mais ou menos. Perdemos Zito ao abrir do ano - leitor frequente, amigo sincero. Cissa mudou-se de cidade para tocar a vida; Agnes e Beto vão bem, apesar de percalços na saúde.

Seu Augusto a quem prezo, amo e odeio, azedo e adoço, está de licença desde de maio e me sinto meio sem tutor. Zé, amigo e ex-companheiro, partiu no início do segundo semestre depois de muito sofrimento.

Consegui a tão sonhada aposentadoria, mas os valores exigem que ainda trabalhe por muito tempo.

Na casa, como de costume, coloquei mais um pouquinho aqui e ali, ainda sobrando muito a fazer. Da casa, cada conquista, uma alegria.

Da família fraterna uma distância que só aumenta e contradiz os ensinamentos da própria Fraternidade. Parece que reduzem, a cada dia, a FBU ao espaço do Ashram ou Núcleo como continuo a considerar.

Dos irmãos de sangue, as dores, as perdas e as obrigações trouxeram a aproximação e, neste momento estamos acompanhando nosso irmão na luta para recuperar o filho.

A minha saúde, assim assim. De gorda virei magra e de magra fui a magrela e luto para recuperar algum peso. Coisa que nunca imaginei está a acontecer!

As filhas seguem suas carreiras e Agnes e Beto estão no doutorado, enquanto Cissa se decide se ingressará este ano. Meu pai, em especial, veria nisto motivo de muito orgulho e eu também.

Continuo o sonho de ir para Portugal, que agora se materializa em documentos para um visto de residência. 2018, o Além mar me conquista ou eu o conquisto de vez. Lá continuo a ter Dilita como referência de amizade.

Do meu velho e querido Dr. Álvaro estou faltosa e não porque dele não precise. Negligência. Meu caro doutor, se passar por aqui, saiba que mantenho toda medicação rigorosamente em dia.

Tenho vizinhos amigos e vizinhos solidários ainda que não nos frequentemos. É um bom lugar para morar.

Acho que prestei contas de tudo. O blogger continua sem permitir adicionar foto. Estou acompanhando Cissa a Alagoinhas. Domingo ela teve um problema na cervical e esta cheia de restrições. Veio pegar roupa em casa e entregar atestados.

Espero antes de findar o ano passar aqui e deixar notícias mais animadas.

Beijo a todos com carinho e respeito.


17 de dez. de 2017

Saudade e verdade

Achei este texto que julgava ter sido publicado em outubro. Como não há acasos e 15/12 foi aniversário do Mestre, me vi diante da mesma reflexão e conclusão.

Ontem foi dia do Mahatma. Lembrei, apesar de não ter festejado. Na casa da Fraternidade que frequentava é dia de culto e homenagem. Gandhi foi o Mestre do meu Mestre e concedeu-lhe nome e iniciação.

As datas ligadas a FBU me trazem saudade e com ela um sentimento humano de apego. Já se passaou mais de um ano que deixei Mahananda, mas ainda sinto falta dos irmãos, rituais e estudos. Sinto um falta imensa do meu Bapu, meu orientador e suas sábias palavras.
Guardo de cor cada uma das suas palavras e tento lembrar as suas orientações. A cada dia elas são úteis e atuais. Reviso os ensinamentos e estou totalmente entregue aos Mestres.
A saudade, por vezes, chega a ser dolorosa e a cada irmão que se afasta, um nó vem a garganta e sou impelida a rever a minha decisão. Afinal, o Mahatma dizia que não importa ser coerente com o discurso anterior, mas com a verdade e diante desta reflexão, apesar de dores e perdas ainda acredito, que tomei a decisão correta.

Creio nos encontros e reencontros que as sucessivas vidas proporcionam, muitos de nós nos reencontraremos e com novas oportunidades.
Continuo a ter uma estreita relação com o meu Mestre e  com ela pondero meus passos e atitudes. Ela sempre será o meu Mestre em todas as vidas. O que ela nos deixou é ensinamento vivo pars ser usado diáriamente.
Hoje digo a amada Mãe Mestre S. Shurimahsnanda, sem meias verdades, que aprendi pouco. Que tenho apego e não sei administrar bem a saudade, mas por outro lado o que ganhei em sanidade venho mantendo e minha fé é inabalável.
Obrigada Mãe e obrigada Nikaya.
Shanti e paz a todos.

29 de set. de 2017

O capacete branco

Hoje tem festa aqui e no andar de cima. Laíse Bezerra receberá seu capacete branco e, certamente, terá uma carreira tão bela e feliz como ela e com tanta dedicação, quanto a sua mãe Angela Andrade.

Lá de cima seu pai festeja e agradece a sua mãe por ter seguindo em frente com tanta dedicação e bravura na criação das duas filhas.

Nós da família somos só orgulho, gratidão e torcida. Sabemos que uma carreira de sucesso está começando e muitos outros títulos virão.

Que a vida lhe seja justa em oportunidades!

Como ensinou meu Mestre,  "a vida é feita de pedaços. Momentos alegres e tristes, unidos. Aproveito e envio beijos e carinhos para nossa Lai - Laise e toda nossa saudade e amor àquela que foi Samantha nesta vida e partiu num 29 de setembro.

Como Deus é misericordioso, 29 de setembro passa a ser também um dia de lembrança feliz. Obrigada Paizinho, Obrigada Mestre.

Sempre aprendendo...





23 de set. de 2017

Pisando em velhas pegadas

Em 1910 meu bisavós José e Idalina Victor de Deus abandonaram a cidade de Ribeira do Pombal com seus muitos filhos fugindo  da pior seca do século.

Tinham dinheiro, emprego e bens, mas de nada adiantava porque não  havia o que comprar ou como produzir para sustentar a sua família.  Venderam o que foi possível,  puseram os filhos em caçuás nos burros e levaram o que tinham em provisões  rumo a Alagoinhas  e nunca mais voltaram para rever o que deixaram.

Hoje voltando de um trabalho no campo e embalada pelas lembranças  das histórias e estórias  da minha vó  Celestina  - Tinda, fiz este mesmo caminho passando pelas mesmas cidades.
A paisagem que passava lá  fora, os facheiros, a barriguda começando a florir,  o sol forte do primeiro dia de primavera,  tudo se misturou na minha mente e coração.
 
Senti da saudade de minha vó,   das suas estórias,  das cantigas de ninar que aprendi e cantei para as minhas filhas, sem nem imaginar que andaria pelas mesmas paradas. 
Fico feliz em ter um patrimônio de memórias que ainda me fazem rir ou chorar a depender da hora ou lugar. 

Neima Oliveira, Neiva Costta, Walney Oliveira e os bisnetos João  Manuel.  Lena Vitória,  Joana Oliveira, Cissa Bezerra e Agnes Bezerra gostaria que estivessem comigo,  lembrei de todos e de minha mãe e tia Vevé.

Este texto foi escrito e publicado no Facebook na primavera de 2015. Agora, Cissa mudou-se para Alagoinhas a serviço e ajuda a girar a roda das nossas lembranças familiares pisando em velhas pegadas.

Shanti.

19 de set. de 2017

Laços de prata dourada

Felizes os que conseguem manter com o tempo os laços de afeto, independente dos percalços da vida. Só as amizades sólidas, verdadeiras e ensejadas em fatos felizes, aguentam as dificuldades e perduram. Assim me sinto com relação a Antonio Carlos  - Tom, com quem me casei em 1975 e 42 anos se já passaram.

A prata chegou aos nossos cabelos enquanto seguiamos diferentes caminhos na vida, mas aqui e ali, e de forma frequente, nos deparamos para tratar dos assuntos das nossas filhas, nos ajudar em algo ou comemorar em família.

Amanhã, Tom faz 61 anos e está bem, saudável e feliz ao lado de uma companheira. Tem a vida que deseja, sem grandes posses, mas sem perdas, filhos criados, família e amigos. Ele merece cada coisa que tem!

Em 20 de setembro também seria nossa boda de prata dourada e sinto que  temos muito a comemorar. Não o casamento, desfeito a 34 anos  e sim  uma longa e duradoura amizade, confiança e respeito.

Sou grata ao Pai e desejo que ele tenha um novo ciclo de cheio de paz, harmonia, alegrias e oportunidades e que a vida lhe seja bela com o sorriso das nossas filhas.

Abraços Tom, o Pai seja contigo.





Eu e Tom assistindo a defesa da dissertação de Cissa





13 de set. de 2017

Quente e frio

Quando eu era criança as garrafas térmicas eram chamas de quente e frio. Não sei se a vida era mais simples e elaboravamos menos a fala e intelectualizavamos menos as coisas. O que nos vinha de fora trazia seu nome e assim permanecia como o "rouge" e o "soutien", que minha vó ate morrer chamou de "califon", que talvez tenha sido uma das marcas que conheceu.

Esse começo cumprido de prosa, feito num amanhecer, quando ouço ao longe os pássaros anunciando os ultimos dias de inverno, foi por contar do meu desejo de morar num lugar quente e outro frio. Queria ter uma casa onde pudesse viver um pouco do frio, fazer uma fogueira e ter meu fogão de lenha.

O sonho mesmo era num daqueles lugares de vilarejo europeu - Portugal ou Espanha, onde fizesse meu pão e plantasse meus tomates. Entretanto, minha filha Cissa com toda sua racionalidade e muitas viagens me dissse que isto é apenas um sonho pitoresco.
Estou a um passo do visto definitivo de Portugal e poderei me fartar em viagens que o bolso permitir, mas não sou de viagens e mais fácil seria se fosse de vez.

Ontem comecei um novo sonho...mais fácil e próximo - uma casa aqui e outra em Piatã.. Piatã é a cidade mais alta da Bahia e com baixas temperaturas em boa parte do ano. Lá posso ter frio, fogão e mezzanio numa casinha pequena e em dois anos estarå tudo pronto. O tempo que me resta de trabalho.

Sonho sonhado, vou começar a construi-lo em formas na mente. Vou dando concretude pondo tudo num caderno de sonhos. Agora é procurar fotos, plantas e  dando vida e cores.

Um novo brinquedo e motivo para seguir.

Bom dia, Shanti

1 de set. de 2017

Sororidade, carinho entre mulheres militares e civis.

Esta semana tive a oportunidade de testemunhar o carinho, atenção e fraternidade num ambiente de trabalho, onde a característica central seria a tensão. Acompanhei uma amiga ao  trabalho logo após receber a triste notícia da perda do pai. Uma Casa Militar. Ela é civil, mas trabalha cercada por militares, homens e mulheres.

Na chegada as colegas a cercaram de cuidados e a tudo se dispuseram  para ajuda-la e confortá-la. Um ambiente de carinho e fraternidade a acolheu. Salvo as muitas insignias que adornavam  o ombro da sua chefe Capitão e das colegas e a discreta hierarquia demonstrada na saudação com continências, que até certo ponto me pareceram meigas, todas eram mulheres carinhosas, solidárias e companheiras.

Por trás dos cabelos rigorosamente presos e da maquiagem leve e discreta, das saias justas e compridas,  dos saltos largos e confortáveis residem mulheres profissionais, companheiras, filhas, colegas e amigas.

Há sororidade, há fraternidade!
Sim. sororidade, irmã da fraternidade, que defini-se pela  união e aliança entre mulheres, baseada na empatia  e companheirismo e objetivos comuns.

Eda, fico feliz  por você estar neste ambiente. Fico feliz por mim, pois confesso que quebrei um certo preconceito arraigado desde os anos 70 e originado na Faculdade de Ciências  Humanas. Feliz  por ter tido a oportunidade de aprender algo novo e, sobretudo, poder reconhecer e corrigir uma intolerância.

A você e toda sua família, desejo que a compreensão os alcance e amenize a dor. Acredito  que seu pai terá novas oportunidades porque infinita é a Misericórdia do Pai. 

Abraço a todas na figura da Capitão.

Paz de Cristo a todos!









31 de ago. de 2017

Triste brasileiros.

Neste triste aniversário de Temer na Presidência, só a letra de Caetano me contempla porque na Bahia e no Brasil o ar é de tristeza.

Triste Bahia
Caetano Veloso
  

Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…
Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante

Triste, oh, quão dessemelhante, triste
Pastinha já foi à África
Pastinha já foi à África
Pra mostrar capoeira do Brasil
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra

Minha mãe, eu vou pra lua
Eu mais a minha mulher
Vamos fazer um ranchinho
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser

Triste, oh, quão dessemelhante
ê, ô, galo canta
O galo cantou, camará
ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
Bandeira branca enfiada em pau forte…

Afoxé leî, leî, leô…
Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte…
O vapor da cachoeira não navega mais no mar…
Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Maria pé no mato é hora…
Arriba a saia e vamo-nos embora…
Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora…

Oh, virgem mãe puríssima…
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Trago no peito a estrela do norte
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Bandeira…



29 de ago. de 2017

Desistir, jamais!

Sou de uma geração que jamais perderá a esperança. Já vimos de tudo, já sofremos de tudo, mas não desistiremos facilmente!
A luta continua

27 de ago. de 2017

Antes que agosto acabe

A todos os pais, mães, amigos e padrinhos, que por escolha ou circunstâncias assumem este papel pai na vida de alguém, os meus votos de força coragem e determinação.

Desejo que não lhes falte ânimo ou lhes sobre culpa porque nem sempre acertamos, mas tudo fazemos pelo melhor para eles.

Toda minha gratidão ao meu pai Sr.Vavá, que ao lado da nossa mãe, nos deu o melhor e a Antonio Carlos Bezerra - pai das minhas filhas, por quem tenho respeito e carinho.

A todos desejo paz e harmonia e na figura do meu irmão Walney Oliveira, abraço a todos.

9 de ago. de 2017

Eu e o belo Zé

Hoje na chegada no trabalho, Zé Carlos Santana estacionou ao meu lado. Minha primeira saudação foi: - olá colega, sempre belo!

Conheci Zé em 1978 no meu primeiro estágio. Os anos passaram e só lhe trouxe charme e cabelos grisalhos. Comunista, charmoso e fotografo premiado, Zé é um homem sensível, marido e pai que não se importa em demonstrar sua essência feminina.

Caminhamos rumo as nossas salas comentando sobre nossa geração, oportunidades e perdas. Nos lembramos de quando lutavamos por um Brasil melhor, da educação popular embutida na extensão rural e na panfletagem que bancavamos, literlamente. Lembramos da alegria na vitória de ver nossos pares eleitos a cargos do executivo e legislativo. Nosso primeiro presidente.

A situação atual do Brasil, da Bahia e da nossa empresa pública, hoje lembra a velha máquina que encontramos na época da ditadura. Melhorou em muito o acesso do povo aos bens e serviços, mas continuamos a ter cacíques. Nos decepcionamos com o movimento popular ter seguido num crescente e os  representantes da sociedade civil passarem a disputar entre si o poder.

Pela primeira vez ví a beleza de Zé esmaicer, seu olhos marearem e o tempo mostrar seus sinais.

Enfim, chegamos as nossas entradas e nos dispedimos nos prometendo resistir enquanto os olhos baterem.

Prometo a você e prometo a mim. Prometo, promessa é dívida ativa. Votos que tenhamos garra e harmonia para seguir.

Abraços Zé Carlos Santana,

Shanti,

Nouredini.



20 de jul. de 2017

A reforma

Como dizem os amigos portugueses: - estou reformada. Quisera eu estar reformada em toda plenitude da palavra...alma lavada, dever cumprido e seguindo rumo a desfrutar o que tenho de direito, mas por cá a bendita reforma é de fato uma aposentadoria.

Nem posso pensar em parar de trabalhar, pois o que receberei cai a metade do meu ganho e, se quiserem que eu continue ( porque depende da empresa), pagarei ainda o Instituto, mesmo sem poder usufruir deste para um futuro aumento da aposentadoria. Não há ajustes ou desaposentação.

Mesmo assim, ante a bagaceira que vive o País e o risco de perder ainda mais, juntei os documentos e parti para aposentadoria. Comecei cedo e já contei o tempo obrigatório. Ontem 19 de julho, 32 anos de trabalho cumpridos e apenas 30 comprovados fui oficialmente aposentada.

Pela primeira vez na vida tenho ceretza de um salário. Assim como sei também que ele decrescerá a cada ano, mas para quem trabalhou em tantas empresas e teve que se adaptar ao setor público e privado. Virar generalista por necessidade e ir da pesquisa ao cultivo de peixes, ainda penso que sai no lucro. Pago da roupa íntima ao pão com meus ganhos.

Estou decidindo se viverei com o pouco que receberei ou se continuarei a trabalhar, se me permitirem. Tenho um mês para decidir  e darei notícias.

No momento, sou grata ao Pai por ter caminhado até aqui e por ter podido comprovar o tempo necessário.

Shanti!

19 de jul. de 2017

Uma longa gestação

Algumas pessoas levam uma vida gestando uma idéia, um propósito ou um desejo e, com o tempo,  o desejo vai perdendo as cores, desbotando ou se desfazendo com papel crepom na água. Outros se mantém firme e, a cada dia, somam uma pedrinha, uma continha a rosário dos desejos.

Assim fez meu amigo Samuel que sempre quis ser pai. A vida lhe trouxe encargos familiares, fraternos, religiosos, políticos e profissionais. Somou seminário, graduação, mestrado, nova graduação, muito trabalho de base comunitária, mas nunca deixou de acalentar o sonho de ser Pai.

Já maduro e posto na vida decidiu-se pela adoção e poi-se a andar e buscar. Faz um ano que caminha e junta argumentos e documentos. Exigências não fez, só um filho para amar e que viesse grande -aliás, os mais difíceis de achar família.

Semana passada venceu uma importante etapa, entrou no cadastro nacional e no dia seguinte lhe enviaram uma proposta: um filho pronto para amar. Paulo tem 17 anos, estuda, faz esportes, toca sax e é curioso com motores, tímido como seu futuro pai e deseja estudar.

Alguém ainda duvida da Misericórdia ou da Justiça Divina? 

Eu, as mihas filhas e alguns amigos que já arrebanhei, já estão na lista dos que vão dá reforço escolar, mostrar a cidade, ajudar nas primeiras compras de enxoval e mostrar a Paulo que ele tem um Pai querido e amado por muitos.

Meu Paizinho do Céu, que ambos tenha todas as oportunidades e possam juntos caminhar e se fortalecer.

Sou grata por isto.

Shanti




15 de jul. de 2017

Girassóis de Vicent fora do museu.

"Novidades de uma nova vida numa escola rural: trocar de prédio de aulas e passar por uma plantação de girassóis!!!
A foto não consegue revelar a alegria da surpresa na hora do encontro!"
Esse depoimento é da minha filha Cissa. Nascida e crescida essencialmente urbana, ela vem se descobrindo encantada com o rural e sua simplicidade instantânea.
Ela conheceu os girassóis de Vicent no museu em N. York. Eu de minha parte, aprendi cedo a amar o rural em sua simplicidade e em toda sua complexidade.
Sempre brinquei com elas  de um pé de quê?!  Lembro nos anos 2001 de a ter pirraçado, já adulta, ao lhe responder que aquela palmeira em sua frente era um pé de vassoura. Uma piaçaveira em plena produção.
Agora, ela sozinha faz descobertas que a encanta. Apesar de  inicio ter sofrido com a mudança, no meu coração, tinha a certeza que este encantamento chegaria.
Também sei que virão os dias de desencanto com a complexidade das relações de uso e posse da terra, mas fará muito pelos seus alunos como professora e cidadã.
Aproveito e relato aqui um fato ocorrido ontem na zona rual do municipio de Antonio Gonçalves porque nem sempre há girassóis no caminho.
"Foi assassinado ontem o jovem lider rual Junior do MPA. Ele estava trabalhando no cabo enxada junto com familiares quando foi atingido por 5 tiros.
NOTA DE PESAR do Movimento CETA
É com grande dor e indignação que recebemos a notícia que mais uma vez um trabalhador rural pagou com a própria vida, o preço por lutar pelo direito de ter um pedaço de chão, em um país que é do tamanho de um continente.
À família do nosso companheiro Júnior e ao MPA, toda nossa solidariedade neste momento. E todo nosso apoio para lutarmos pela punição da ganância e avareza daqueles que ceifaram a vida de mais este camponês.
À você Júnior, a nossa eterna gratidão pela tua valiosa contribuição na luta por uma sociedade justa, igualitária e sadia.
Vai em paz companheiro! As sementes criolas que você plantou não foi em vão, faremos todas germinarem!
Júnior do MPA VIVE!"

Pois Cissa, que os belos girassóis te alegrem e te confortem na escolha de ensinar na zona rural. Há muito o que fazer e, em você, deposito minhas esperanças.

#amorpelorural
#semiáridoumapaixão
Votos de muitas descobertas,
Bjs de sua mãe.

2 de jul. de 2017

Pequenos ramos amorosos

Nasce o sol a 2 julho. Brilha mais que no primeiro.
Minha vó Celestina repetiu estes versos para minha mãe em todos seus aniversários. Este ano descobri que também é aniversário de sua cidade natal.

Minha Mãe - d. Neyde, obrigada por tudo. Espero que saiba entender nossas dificuldaddes. Quisera nos soubessemos, como hoje, sobre os descaminhos da mente, sobre a depressão e a demência. Certamente, a senhora teria vivido melhor.

Sou especialmente grata a Neima Oliveira por tudo que fez pela senhora e a Neiva Costta, que numa fase dificil de vida, mesmo assim, deu seu máximo.

Walney Oliveira será sempre o caçula e ensina ao pequeno João as suas estórias.
Todas suas netas lhe orgulhariam Agnes Bezerra Cissa Bezerra Joana Oliveira e LenaVitória e guardam com carinho suas lembranças de um  tempo bom e uma vó carinhosa.

Mantemos o hábito que com  a senhora aprendemos: - fazer pequenos jarrinhos com flores catadas no jardim ou quintal  de casa. Na casa de Neima e minha pequenos arranjos adornam sua foto ao lado do nosso pai. Assim, aprendemosa valorizar o simples e o que temos a mão.

Que o Pai seja lhe generoso. Sempre o sol de 2 de julho brilhará para a senhora.

Com amor,

Heidinha - Nouredini

30 de jun. de 2017

Memória, um patrimonio.

"Três segundos. Esse é o tempo que a informação leva para ser captada pelos sentidos e chegar até o cérebro" 

Num instante, o presente se torna passado - memória. 

Um homem é feliz com suas memórias recentes ou distantes e as fotos eternizam o presente com o olhar e o sentimento daquele exato momento, entretanto cabe sempre lembrar, que o melhor porta-retratos é a memória.
Votos de paz a todos

28 de jun. de 2017

Para sempre na S. José

Neste final de semana, as cinzas de Zé foram incorporadas ao solo das 4 fazendas reunidas S. José. Lá irão fertilizar e ajudar a crescer um cacau de qualidade, produzido de forma justa e ambientalmente correta por seus parceiros. Uma homenagem, bela e oportuna, prestada por Lucia Helena e o filho Daniel Moreira.

Zé acreditava que terminavamos nestas cinzas mas, mesmo nesta perspectiva, ele renascerá em flores e frutos de cacau, bananas, jacas, côcos e cajás. Também nas muitas flores de Ipês rosa, branco, amarelo e roxo, que tanto admirava.

Continuará misturado e vivo nas fazendas que serão das suas netas. Presente no bico dos pássaros que transportam pequenos galhos aos ninhos, na relva do pasto do gado, nos frutos dourados do cacau maduro, nas bananeiras avó, filha e neta que seguirão a nascer.

Sempre será possível vislumbrar sua silueta por entre a neblina do amanhecer indo rumo ao curral carregar o leite ou ouvir ao longe o tilintar da velha máquina de escrever fazendo a contabilidade, as 4h da manhã.

O cheiro misturado da chuva, barro, torra do cacau e lavagem do curral das suas botas na entrada da porta serão sempre inconfundíveis e as pitangas vermelhas brotarão doce lhe anunciando a cada ano.

Que seja sempre lá o seu canto, recanto e descanso.

R.I.P  Carlos, nosso Zé




27 de jun. de 2017

Quando bate o desânimo

Sinto falta de um tempo onde um banho frio  e um café forte me animavam e estava pronta pra luta. Hoje, nem uma baita injeção de vitamina B pela manhã me trouxe pique ou ânimo. Chamo a este tempo de desencanto.

Sinto uma tamanha tristeza com meu Brasil, com falência das instituições de todos os Poderes, a desfarsatez virou normal ou pior normose. O Supremo é uma instituição falída e manipulável.

No meu cadinho, o trabalho não tem me animado. O povo continua na pobreza e nós afundados em burocracia para atende-los. Nunca foi tão urgente me aposentar. Quisera poder ser amanhã. Menos dinheiro, muito menos, mas menos desgosto.

Estou preste a saltar do trem ou abandonar o barco. Covardia? sim, mas sobretudo cansaço. Vivi dois impeachement de presidente , um justo e um injusto e agora, o primeiro presidente denunciado por roubo, corrupção e safadeza em pleno mandato.

Vejo um senando arquivar um processo contra um Senador, que além de flagrado recebendo malas de dinheiro, tem inqueritos relativos a drogas - um helicoptero cheio de coca em seu quintal.

Um médico que estuprou quase 30 pacientes, foragido, pego em outro país após longa cassada, condenado a 181 anos de prisão, ganhar o direito a prisão domicilar porque está com uma leve bronquite.

Acho que que hoje fui vencida pelo cansaço e pelo desânimo, que um dia nos pega pelo pé. Tamara Deus seja passageiro e tudo volte ao normal.

Que o Pai me valha,

Nouredini




11 de jun. de 2017

Carlos, nosso Zé

Hoje deitaremos a terra as cinzas daquele que foi e será lembrado como um homem de bem.
Zé se foi e deixa conosco um legado de honestidade, fraternidade e rigor. 

Carlos Henrique Souza Moreira era um cirurgão cardio-toráxico, que optou em exercer a medicina pública. Médico e professor universitário, sempre atendeu a todos com igualdade nos postos da previdencia social e no hospital universitário. Dedicou a vida a medicina e a politica médica  nos conselhos federal e estadual de medicina. 

Casou-se com Lucia Helena com quem teve 2 filhos e 3 netas, separou-se, mas foi ao lado dela que teve seu último momento. Enfrentou com determinação a perda da fala e outras consequências de muitos tumores, em quase 2 décadas de luta.

Lucinha recebeu Carlos e assumiu a sua luta desde a primeira internação e deixou para trás as magoas. Casaram-se de novo.

Eu o conheci na Fazenda São José para fazer um projeto de pisicultura e Carlos passou a fazer parte da minha vida e das minhas filhas. Já dista muito o tempo em que nos envolvemos e, quando adoeceu, já separados, me juntei a Lucinha em cuidados.

Nos tornamos amigos e cumplices. Aliás, aproveitamos o que de melhor tinhamos - a amizade. Eu e as filhas chamavamos Carlos de Zé. Ele esteve presente de doenças a festejos. Todas formaturas e casamento. Ele e Lucinha.

Zé era comunista de carteirinha e acretitava no tratamento correto e justo para com  as pessoas. Hoje, nenhum empregado da fazenda tem salários ou obrigações atrasadas. Era rigoroso e por vezes, rispido, mas amava a natureza e as flores. Na fazenda tem 3 pés de acácias amarelas, as quais deu os nossos nomes Heide, Agnes e Cissa. Era capaz de ser terno e doce em gestos.

Era ateu, mas suas atitudes eram mais crísticas do que muitos que professam religiões. Tinha defeitos, mas as virtudes os suplantavam.

Para ele acabou aqui, mas para mim nos veremos a frente 

RIP Zé, receba nosso amor.

3 de jun. de 2017

58 e tudo calmo.

Hoje é meu niver. Nos meus 58 anos me sinto feliz e dentre outras pequenas/grandes coisas porque os pés de jasmim que nossos pais admiravam quando andavamos  para a igreja e, que plantei para eles, floriram. Um presente inestimavel que vem da minha  infância. As rosas-menina que pelejam com o terreno, me deram duas belas rosas e ainda respingadas de chuva.
 
Tenho irmãos (de sangue e de vida) vivos e tios generosos com minhas filhas. Tenho filhas e genro das quais me orgulho em ver respeitadas e amadas em seus círculos de amigos e colegas. Profissionalmente, já passaram do ponto que cheguei.

Tive, tenho e terei a FBU comigo e nascida Heide num 3 de junho, revivi Nouredini.

Fiz bons amigos de perto e ao longe e em especial, um com tive filhas e, apesar dos 34 de separados, já mandou uma mensagem hoje.

Cheguei aos 58. Não me arrependo de nada, mas já não tenho grandes arroubos. É tempo de colher e agradecer.

Hoje, algumas flores abertas na cerca foram meu presente e me deixaram muito feliz. Acho que estou chegando onde quis e tenho flores na cerca que denunciam.

Obrigada a todos que com carinho ou desafetos me ajudaram a chegar até aqui.

1 de jun. de 2017

Na virada dos 58!

"Anõs

El tiempo pasa
Nos vamos poniendo viejos
El amor no nos reflejo como ayer
En cada conversacion
Cada beso, cada abrazo
Se impone siempre um pedazo de razón

Passam os anos
E como muda o que eu sinto
O que ontem era amor
Vai se tornando outro sentimento
Porque anos atrás
Tomar tua mão, roubar-te um beijo
Sem forçar o momento
Fazia parte de uma verdade ...

El tiempo pasa ...

Vamos viviendo
Viendo las horas que van passando
Las viejas discussiones
Se van perdiendo entre las razones ...
A todo dices que si
A nada digo que no
Para poder construir
Essa tremenda harmonia
Que pone viejo los corazones

El tiempo pasa ...

Vamos vivendo
Vendo as horas que vão passando
As velhas discussões
Vão se perdendo entre as razões
A tudo dizes que sim
A nada digo que não
Para poder construir ...
Esa tremenda harmonia
Que pone viejo los corazones

O tempo passa ...El tiempo pasa
Nos vamos poniendo viejos
El amor no nos reflejo como ayer
En cada conversacion
Cada beso, cada abrazo
Se impone siempre um pedazo de razón

Passam os anos
E como muda o que eu sinto
O que ontem era amor
Vai se tornando outro sentimento
Porque anos atrás
Tomar tua mão, roubar-te um beijo
Sem forçar o momento
Fazia parte de uma verdade ...

El tiempo pasa ...

Vamos viviendo
Viendo las horas que van passando
Las viejas discussiones
Se van perdiendo entre las razones ...
A todo dices que si
A nada digo que no
Para poder construir
Essa tremenda harmonia
Que pone viejo los corazones

El tiempo pasa ...

Vamos vivendo
Vendo as horas que vão passando
As velhas discussões
Vão se perdendo entre as razões
A tudo dizes que sim
A nada digo que não
Para poder construir ...
Esa tremenda harmonia
Que pone viejo los corazones"

O tempo passa ...

...e como vem passando depressa. Cá estou beirando os 58 anos. Sem arrependimentos, com perdas e ganhos como é feita a vida de verdade.

Sou grata ao Pai pela minha familia, amigos  e amados, pois com eles teci os fios dos meus dias,  emendei caminhos, fiz nós ou até desfiz laços. Entretanto, nada é perdido e tudo soma em experiências e conhecimento - tantos aprendizados!

Cá estou a viver os 2 últimos dias dos meus 57 anos e pronta para o que der e vier.

Shanti

Em tempo, hoje seria aniversário do meu querido amigo Zito Azevedo e para ele vai o café, o bolinho e todas as minhas preces.

Saudades amigo.


25 de mai. de 2017

Ana Amada, um minuto da sua atenção

Querida,

Lhe tenho um profundo carinho e apreço. Você é uma irmã querida, uma menina que tive no colo por alguns momentos e partilhei um pouco do que no Mahananda recebi.

Sou antes de tudo grata aquela casa, onde encontrei sanidade, conhecimento e força. Através de Nikaya, suas orientações e práticas, conheci a verdade do Mestre muito antes de físicamente a conhecer. Ele é um marco e um exemplo dos ensinamentos da FBU.

Deixei o Mahananda, o que não significa que deixei a Fraternidade. Continuo praticando os ensinamentos até onde os recebi e não tenho buscado em outros lugares porque sei que os ensinamentos dos Mestres são verdadeiros e se voltar a estuda-los até o fim desta vida, ainda terei muito o que aprender.

Como humana e falha, sofro da distancia e da saudade. Me entristeço com irmãos que evitam a fala, o olhar e as mensagens. Ainda que entenda, acho contraditório aos ensinamentos da FBU.

Estou triste que eu tenha sido desagradável, justo com você,  na resposta áspera e lhe peço perdão. Estou publicamente revendo minha posição e pedidndo aos Mestres que me orientem e amparem para que o meu ego não seja maior que a minha verdade.

Continuo a mesma irmã querida e disponível e lhe incentivo a continuar na busca da Ciência Divina no único lugar que conheço e recomendo - o Mahananda. As minhas escolhas são minhas, assim como as consequências.

Lhe abraço com carinho e respeito, Shanti



20 de mai. de 2017

O olhar de Adilson, um presente!

 Café, bolinho, beijos e toda minha gratidão ao artista  Adilson Fagundes  que realizou o meu sonho de ter a foto das gordinhas de Ondina.
Este olhar impar de imensa generosidade consegue tornar ainda mais belo tudo onde pousa.
Sempre acreditei que fotgrafia é sobretudo, olhar e no mais, técnica. Contudo, sei que técnica não é fácil e exige conhecimento e dedicação.
O olhar é nato, brota da alma e eterniza tudo em belo : - do simples ao complexo, do cotidiano dificil do rosto suado do trabalhador ao sorriso da criança, que inocente brica na lama suja. Ainda que, por vezes, expresse a dura realidade,  é belo por ser verdade, por ser real e ser instantaneo. 
Com as fotos de Adilson, os matizes religiosos se misturam na beleza da expressão da fé. As arcadas desmoronando do velho centro histórico deixam escapar vida pelas entranhas.
O olhar do fotógrafo transborda a sua alma, que transcende e imortaliza o momento.
Este é o olhar deste amigo. Alma simples e generosa, que realizou este meu desejo.
Quiserá poder ver a sua arte no lugar merecido das galerias e num livro, que saltitante de alegria entraria (ou entrarei) na fila dos autógrafos.
Obrigada amigo, muito obrigada.
#citeofotografo Adilson Fagundes.

18 de mai. de 2017

Meu irmão!

Reproduzo em lágrimas de alegria este texto de meu irmão na certeza de que grande é o Pai e a sua misericórdia!
Parabéns walney Oliveira, louvado seja o seu renascimento.

"Hoje completo 47 anos de nascimento. A vida me deu e me tirou, como ocorre c todos. A quem não sabe, ou não sabe exatamente, nesse mês também completam-se 5 anos em que tive a triste e pesada noticia de que não podeira mais exercer a profissão q escolhi. Foram anos muito dificies nos quais sofri e fiz sofrer muito as pessoas mais próximas, em grande parte pela incapacidade de lidar c essa sentença que me retroalimentou os problemas de saude, na forme de agravo da tristeza e depressão. Quem esta mais próximo sabe que em muitos momentos perdi completamente a vontade de viver e agravei ainda mais a situação do núcleo familiar por escolher lutar uma luta impossivel, feita de negacao e ilusao de qua ainda poderia voltar a docencia e a pesquisa. No percurso me isolei, ate de mim mesmo, mas a minha família, de sangue e de vida, se negou a me deixar cair, mesmo sendo muito machucada no percuso. Bateram e minha porta, mentiram para me fazer mover ate mesmo fazendo crer que precisavam desesperadamente de qualquer ajuda q eu ainda pudesse dar, bateram e incomodaram o quanto puderam, mesmo sabendo quantas feridas teriam como retribuição. Alguns sofreram tanto que tiveram que seguir me amando de mais longe, da forma que puderam. Ha 3 anos aconteceu João que nasceu com o incrivel dom de ser feliz com qualquer coisa e apesar de qualquer coisa e foi através dele que a força de todos os “parentes” (como dizem os familiares do Pará) repercutiu num caminho de salvação. Vivi por João, mesmo quando n queira viver e ate recuperar a vontade de viver para poder simplesmente ter mais tempo de dividir o mundo c ele, até que achei vontade de viver para reencotrar e encontrar pessoas, ate q achei caminhos para fazer alguma minima diferença novamente. Também foram anos duros e de decepcoes. Quando achavamos que os tropecos do governo popular que conduzimos ao poder já era grande demais para suportar, fomos, fui, me afastando e caindo em apatia. E quando me comiserava na desilusao politica, sem ver novos caminhos e achando insuportavel seguir nos antigos fomos atropelados pelo golpe que parecia impossivel, depois improvavel, depois reversivel… mas que veio e parecia ter vindo para ficar. E por acharmos novamente que não podia ser pior fomos vendo “tudo se fazer em não” e mais e mais derrotas fui assistindo. Então fui capaz de dizer não, mas sem eco, sem forca e sem fé para fazer grande diferença… mas, como sempre, a vida se mostrou diferente de tudo que eu podia crer… e foram levantano-se pessoas de onde parecia q nunca viriam… e de, repente, o eco de minha voz parecia nivamente ser de nossa voz ateh que fui percebendo, como fosse mae de Henfil frente ao “primo figueiredo”, que não era meu eco… q eu era o eco… q minha voz sai da boca de outros e que se repetiam sons de um passado que plantei junto com tantos outros… e tudo se misturou novamente… fui vendo em mim necessidade, não vontade como me ensinou carlos petrovich, de fazer… de fazer faxina na cassa, de fazer comida todos os dias, de encontrar formas de entretaer e estimular meu tao perspicaz joao… e fui vendo as pessoas ainda ali tão perto, mesmo que tao longe… minha filha Lena Vitória já na segunda metade da casa dos 20, profissional formada e em formação, trabalhadora, lutadora e inexplicavelmente ainda tendo orgulho de mim – eu que já não era nem sombra de mim mesmo… e pesnei q tinha plantado algo… talvez algo q não pudesse plantar de forma semelhante c joao – jamais haveria como ve-lo ter orgulho de um pai aposentado e doente… ateh que na saida da creche havia uma massinha sendo levada para casa. Era semana do “vermelho” e levavam a procao de material não por agrado ou concessao. Levavam para continuar em casa a aprednizagem em torno da cor. Ha quem não saibae também quem ainda lamente, mas joao estah em creche pública, no municipio de Cruz das Almas – e entendo quem ainda se desconsola, pois eu mesmo fique profundamente triste por não poder mais mante-lo na creche particular… a aposentadoria parcial trouxe grande corte de salario, o acumulo de dividas e, com a instalaçao da crise e por nossas mas escolhas, nosso pequeno negocio quebrou retroaliemntando dores e dividas. Mas já no primeiro ano veio a grande surpresa em dscobrir que as creches publicas da cidade são sim melhores que a maioria, senao de todas as congeres da rede privada que aqui existem. Joao inciou na creche com 3 meses, na melhro escolinha que pudemos pagar e, ainda que não entre as tres ou quatro mais caras,era uma das tres ou quatro melhores. E havia vagas sobrando!!! e havia 6 refeições por dia!!! - e, assim sabemos, nos preocupamos em, ao menos, reforcar a alimentação domestica, porque era certo q merenda escolar é precaria. Sempre foi. Ate que descobrimos uma dieta semanal, balanceada e orientada por nutricionistas, preparadas por merendeiras de profissao e qualificas… só que nesse segundo ano de estdudo, primeiro de gestao do mesmo prefeito que, cinco ao longo de dois mandados, cinco anos antes (não elegeu sucessor) havia material ssuficiente para que levassem para continuar a aprendizagem em casa… e ha abundancia de material para cosnumo, ha material para fstinhas e ha brinquedos nvos num parque interno que seuqer existia… então me vi pensado “ainda vale a luta… ainda faz diferença… já valeu a participacao voluntaria (pessoal e “anonima”) na campanha”… e vi rebrotar esperanca e fiquei feliz… descansado e com fe num futuro longuinquo, quiça principiando pela recuperacao da presidencia da republia em 2018… mas veio abril, aniversario de joao, veio a reuniao de pais e voltou a massinha quando aprendi que eu era “o pai que sabia fazer tudo que joao quisesse”… porque, por não saber moldar, amasso de qualquer forma o pedaco de massinha e a imaginação de joao – e dos coleguinhas – ve o cavalo, o cachorro e ate “o-dragao-que-voa-de-verdade-e-conserta-na-mesma-hora-se quebrar-e-se-joao-quiser”… ouvi perguntarem “onde compra esse brinquedo 'pai', minha filha também quer um”...era massinha, massinha toscamente amassada eu que, jogada para o alto “voava de verdade”… a massinha toscamente amassada que me fez ver tao facil e simplesmente possível joao ter orgulho de mim… e então veio maio… maio de “nos de maio”. De quinho, de ricardinho e na minha cabeca tosca tambem de dadau que nem nesse mês nasceu. Amigos tao incrivelmente próximos ainda q se sigam anos sem reencontros ou ateh mesmo qualqeur noticia… maios de “nos de maio”, de tantas outras pessoas que deixaram e passaram a fazer parte do meu mundo… maio em que a injusta justica comecou a ser derrotada por seus próprios pares e na forma da lei que pafrecia, mais que nunca, letra morta, maio em que vi o vleho operario, agora grisalho, viuvo e vencedor de tantas lutas por sua própria saude renascer com folego de operario barbudo e despejar o seu poder de fala que ninguém esperava que tiversse, ou ainda pudesse ter… maio de meu pai que já não esta aqui ha mais de 20 anos, homem calado e trabalhador ate seu ultimo dia de suspiroque vi soar a seu lado e com a presenca tao generosa e injustamente esquecida por mim de Simone, mas de lena. Meu pai foi-se em outbro, vencido pelo cancer, mas não deixou de ser nascido em 1o de maio. Homem calado e cordato, que por tanto tempo imaginei ser aqui que tempos depois aprendi a chamar perjorativamnet de “homem cordial” - ainda crianca vi que não era. Daquela boca calada, de onde cada palavra dita cotidianamente parecia pesar, aranhar como se vomitasse uma “cabeca de frade” se tornava num dragao que cuspia fogo quano da luta pelos direitos de seus filhos. Vi meu pai na boca do velho operario… e já não era Lula quem falava...era eu, era meu pai, eram meus irmaos… então continuou maio, agora novamente mês do trabalhador, tambem mês de vitórias e de felicidade. Era mais que suficiente!!! mas veio mais!!! ganhei uma calopsita de um copleto estranho, simplesmente por ser capaz de amar uma ave deficiente e ver em sua falta de unhas uma oportunidade de mostrar a joao como é bom ser diferente, como é bom amar o diferente… vi uma ave que, sendo rejeitada pela mae tornou-se “mansa” porque alimentada em bico pelo criador, como fazem os adestradores, mas nunca tinha feito ele… era apenas luta por mante-la viva… e vi na ave que unhas e dedos incompletos a talha ideal para ummenino de tres anos que não saberia conviver com os pequenos arranhoes que uma calopsita “normal” faz sem mesmo saber que assim esta fazendo… e nesse ver encontrei a generosidade de receber… e maio pareceu maravilhoso como nunca!!!! então veio mais… veio o crescimento da família com “branca”, uma filhotona que resgatei jutno c joao na rua, incialmente co intencao de tratar e doar, mas a qual imediatamente joao tomou como sua… e branca é doce e esperta como nunca imaginei um cachorro poder ser; -24h depois de chegar mal se aguentando em pe e impregnada de parasitas já brinca esperta e agradecida… muito mais que isso… em 24h aprendeu a sentar, dar a patam subir, descer, andar junto… e maio se fez maio de milagres e maravlinhas… mas não bastou… veio o Isntituto Lula reaberto e veio a noticia de vermos, em plateia cativa, o amargor do noticiario da rede globo, falida e em vesperas de perder a concessao – sem embargos aa própria perda de controle acionario para uma multinacional, dar notica da derrocada do Golpista e, porque esse maio é maior do que pode ser, tambem a impreterivel implicacao do maldizente menino grande mimado e inconformado que não soube aceitar uma simples derrota num único pleito, escolhendo destruir a própria nação por naompoder governa-la… e não bastou… nas vesperas desse 18 de maio fui convidado a votar (e ser votado!!!) na eleição do primeiro conselho colegiado escolar de cruz das almas, na creche de meu joao… então me vi ouvindo pela primeira vez a inimaginavel e subversiva ideia de participacao colegiada na gestao escolar no ano de 1985, quando, igressando na escola tecnica federal da bahia fui aprendendo os caminhos de fzaer diferença no mundo… e vi, nesse maio lembrando justamente de onde conheci as mais profundas e longevas amizades – ou melhor onde teci grande parte da minha família – quando tudo era sonho e tudo parecia ao alcance da nossas maos, da nossa voz e da nossa luta… e me vi lembrando de 1989, ano de nascimento de lena vitória, ano de esperanca quando criamos que um operario poderia ser presidente do brasil… ano em que vi o inimaginale pedido de licensa de uma banda já tida como maldita por fazer show privado no mesmo dia do ultimo comicio de lula em salvador para quebrar a ordem e cantar, mesmo sem um isntrumento e com dois ou tres microfones divididos num palco estreito… vi os titans no farol da barra cantarem “marvim” tendo ao fundo – fundo mesmo, atras de um palco onde não caberiam – a batida do olodum fazendo fundo improvavel e de improviso… e vi nando reis gritar com uma voiz maior do que podria ter no improviso da letra “e se você acredita que um operariopode ser presidente do brasil erga as maos para o ceu e grite 'lula presidente'”. Assiti a isso com minha irma mais chegada Barbara Tercia, a quem nem sonhava em vir a conhecer tantos anos depois… fazia apenas tres dias que lena vitoria tinha cegado ao mundo e faltavam dois dias para a eleicao… 'SIM, ELA IRIA VIVEDR NUM MUNDO MELHOR!!!... mas tudo se fez não… lula não foi eleito naquela vez, nem o seria por tres outras vezes… quando o foi já não era mais o mesmo homem que respondeu a uma estupida provocacao do rival da vez fernado color de melo, depois conhecido como “Fernado I, antecessor de Fernado 2 e das merdas que viriam depois”… não era mais o lula que disse “meus filhis estudam em escola particular e eu uso hospital privado, poruqe sei a diferença entre um lula operario ter o dedo amputado no pronto socorro porque era mais facil do que botar no lugar e de um lula deputado pagando por sirio libantes; sei o que é ser semi-analfabeto e ter um uncio diploma de curso profissionalizante e das oportunidades que tem que pode estudar em boas escolas”… lula daspalavras que nunca esqueci e que me moveram a lutar e a snonhar não existe mais e não foi ele que governou o brasil por 8 anos… nossa luta não bastou para que a escola publica fosse melhorque a escola privada… então na faxina reenconrei o pedaco de massinha… vinda de uma escola publica… e que é melhor que as melhores creches privadas… … … … … … … … e portanto vim pedir socorro… porque não preciso desistir novamente de ver um fulho formado pela escola publica concorrer em pe de igualdade, quica com vantagem com egressos de escola particular… não a exceção da escola tecnica federal, mas a norma que hoje é realidade nas “creches de orlandinho” de cruz das almas… o pedido de socorro é porque não posso fazer só o que decidihoje fazer, nem seuqer c a capacidade que antes tive e que as seuqelas no corpo me tiraram… DECIDI QUE JOAO MANOEL MUATIANVUA MASCIERI OLIVEIRA, menino com “nome de rei” como ensinou pepetela VAI ESTUDAR EM ESCOLA PUBLICA E TABEM VAI ESTUDAR NAS MELHORES ESCOLAS DA REGIAO! Sim é possível e não esta tao longe – o primairo, oginasio e o segundo grau na rede publica ainda estao leguas de distancia de ser como essas creches, mas, com todas as deifciencias e ausencias sobram noticias de filhos de amigos que podem hoje escolher o curso que desejam cursar, ainda que precissem tentar mais de uma vez mesmo sendo egressos de escola publica!! são meninos filhos e netos de pessoa que sequer sonharam em cursar uma universida – alguns tendo o feito ou não – alias, muitos tendo feitos porque ainda que não seja “para todos” o “universidade para todos” trouxe a oportunidade para muitos… muitissimos mais… alias a “tal capacitacao docente do ensino fundamnetal” que não ia acontecer nucna aconteceu… e ingou… e deu frutos…!!! dai que maio foi mês de descobrir que tá facil, tá possível… porque sobraram candidatos na razao de 7, 10 para uma vaga de “conselheiro colegiado”… porque assim foi em todas as escolas e quem não viveu o sonho de assim ser e viveu o assim não ser não imagina o quanto o impossivel se fez cotidiano!!!
então estou aqui… podendo estar matando, podendo estar roubando, podendo estar pentelhando em onibus cheio para pedir socorro para fazer em tempo habil um primario, um ginasio e um secundario para joao que seja melhor do que qualquer escola privada da regiao. Ne maluqice não… se tem mais 7 ou 10 em cada escola disposto a ser mebro de conselho escolar, tem dois ou 3 em aca escola q tope vir junto… e já não estou só… e então decidi que vou promover a rganizacaose uma cooperatica de pais e alunos da rede publica do municipio que, independente dos desejos do poder municipal -mas sempre o contrangendo a assim fazer, construa essas escolar e melhor condicao de vida para as cirancas e famílias, incluindo saude, lazer e renda… que evidencie que é obrgacao de todos contirbuir,,, e que todos podem contribuir
tá pensado é é aa toda??? pra ter o sonho verdade ha que ter projeto, ha que ter metas “viaveis, realizaveis e verificavies”… e então comecando na madrugada de 18 de maio, estabelemos metas e prazos primeiros: 1, fundaremos a cooperativa no inimo tempo possive; 2. NO FIM DESSE ANO AS CRIANCAS DAS CRECHES PUBLICAS DE CURZ DAS ALMAS NAO FICARAO EM CASA DE PARENTES OU EM LOCAIS PRECARIOS E IMPROVISADOS ENQUANTO OS PASI CONTINUAM A TRABALHAR. HAVERA COLONIA DE FERIAS COM LAZER, CUIDADOS DE SAUDE, E CONTINUIDADE DA ALFABETIZACAO. HAVERÁ CAPACITACAO DOCENTE E QUALIFICACAO PROFISSIONAL DE PAIS E FAMILIARES. HAVERA ALIMENTACAO E FELICIDADE, HAVERAH A CONSTRUCAO DE UMA FAMILIA AMPLIADA. HAVERA CIDADANIA E DESCOBERTA DA PROPRIA CAPACIDADE DE FAZR.
- SIM MEUS AMIGOS, ESTOU MAIS VELHO, NAO SOU MAIS O MESMO – NEM MESMO CAPAZ DE SECREVAER O TAL PROJETO QUE ANTE FARIA EM MINUOTS… NE MESMO CAPAZ DE TORNAL MAIS COMPREENENDIVEL ESSA CONVOCATORIA...MAS ESTOU “VIVO MUITO VIVO”… E ESTOU DE VOLTA AA BOA LUTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"