31 de dez. de 2017

De passagem na passagem

Como em todo 31/12 meu dia é dedicado a dessacelerar. Uma espécie de jejum de corpo e alma. O jejum de corpo antes uma exceçāo, virou quase uma rotina com as "zinquiziras" do estomago e no de alma, tento me abster de muita poluiçāo mental, o que vem sendo muito dificil nos últimos  tempos. Tento porque temos que continuar tentando.

A falta da disciplina da prática  da Yoga vem mostrando seus sinais e o frequente estresse acumulado  leva a desatenção. Como consequência,  perco coisas, esqueço outras e fico presa a pensamentos recorrentes. Para corrigir tenho que voltar a respirar com atençāo plena, fazer as minhas práticas  e procurar socorro físico  com meu bom doutor.

Diagnóstico  feito, a responsabilidade e compromisso é  cuidar-me.

Na vida prática  o sonho de Portugal nunca esteve tão  perto. Os documentos prontos e o dinheiro na conta, mas fui surpreendida pelo prazo - muito mais rápido  que pensei. A vida ainda demanda uns 2 anos de trabalho e não  2 meses como manda o consulado. Se der entrada  terei que ir 2 meses após  o visto.
Prazo curto,  sonho adiado. Trabalharei focada no aluguel de lá, organizando despesas e me livrando de dividas. Aliás, um freio de arrumação  marca o início  de 2018 e terei que me costumar a viver da aposentadoria. Esta é  a realidade.

Das meninas tivemos alegrias, sustos de saúde  e vitorias nos estudos e profissionais. Tivemos nosso almoço de Natal e pela primeira vez em 7 anos vão  passar a virada de ano aqui. Menos despesas para enfrentar e se preparar para uns 30 dias no Canadá no meio do ano. Deveria ter dito os meninos, pois o genro está  junto e colado.

Continuamos a luta do meu irmão  para recuperar o filho. Peço a Deus que o fortaleça  e faça o melhor para Joāo, que com sua alegria reaproximou toda nossa familia.

Meu cantinho, como todo ano, recebeu um cadinho e precisa um tantāo. A meta é  cuidar da cozinha no proximo trimestre, lá pra março darei conta disto.

Amigos, mantive os que tenho e alguns partiram ao longo do ano. Continuam em minha mente e coraçāo. Para eles somo preces e saudades. Aos novos que a vida reuniu, sou grata e espero ser mais atenciosa.

Hoje farei meu ritual da virada de ano e passarei vibrando o Om Sagrado. Começa as 23 e 30h e paramos a 0 e 15h. Vibramos por todos nós  humanidade e pela paz. Dia 1/1 é o dia da Fraternidade universal. Também  é  o aniversário  de Nouredini, que nas primeiras badaladas de 2011 recebeu seu nome do seu Mestre e se comprometeu com.a FBU . Meu esteio e amparo. Não importa onde esteja, tenho meus compromissos e me esforço para cumprir os ensinamentos.

Meu Mestre segue comigo em muitas vidas e com ele continuarei. A Deus, eu agradeço todas oportunidades de 2017, mesmo aquelas que se apresentaram como imensas dificuldades porque, certamente, tiveram um propósito.

Que a luz e a paz se façam no mundo, vibremos.

Shanti Om Namah Om


26 de dez. de 2017

Surpresas e sorrisos

Ontem refizemos o bacalhou de 2 anos atrás. Sem o improvisso não teve o mesmo gosto. Cada coisa seu modo, cada dia seu sabor e desta vez, o risoto de tempero mouro e as sobras do  peru feito no fogo lento e curtido no pisco, fumaça e nas frutas vermelhas com paprica e pimenta rosa  brilharam  acima do bacalhau.

Lição aprendida: -  não se tenta copiar bons momentos, melhor fazer outros.

...e para lelembrar la vai a copia do post original

"Felicidade é a opção!
Aprendi a ver o mundo através  da fumaça  do meu café e diante dela já se passou todo tipo de fato,  relato e imagem.
Já  vi ou revi cenas de todo tipo... alegres,  tristes,  amenas,  mas nunca indiferentes.  Ser indiferente é  o extremo.  Quando estamos  assim, falta-nos amor e fraternidade. 

É  fato que é preciso ver através  da fumaça,  ter empatia  mas não  é  necessário  sofrer na intensidade do outro ou renovar nosso sofrimento a cada vez que relembramos. É  preciso tomar distância  e assisti a cada coisa com o sentimento e o equilíbrio do momento.
Assim, quando revemos um momento sem a dor,  a raiva ou mesmo o êxtase da alegria excessiva, podemos percebe-lo por inteiro e de todos eles tirar um aprendizado. 

Hoje na fumaça  do meu café repassa as vozes e risos de um dia que começou  com um almoço  de última hora feito de um bacalhau esquecido na minha casa, temperos mouros de paixão  antiga,  um macarrão  de Lemon pepper e  garrafas de Chandon trazidas por Agnes e Beto e uma bandeja de petiscos garimpados na geladeira e armários por Cissa e, que rendeu uma tábua  e tanto.

Assim e sem programação, como uma colcha de retalhos que se casam bem, tivemos o melhor almoço  de Natal de nossas vidas com direito a partilha de herança  de pratos da minha coleção,  sorrisos,  uma boa brisa que entrava  pela porta da varanda,  bagunça,  sorrisos e final feliz porque ser feliz é  escolha!"



25 de dez. de 2017

...e o espírito natalino o acolheu

Todos nos estavamos preocupados como seria o Natal.do nosso irmāo sem Joāo...mas o espirito natalino dos seus vizinhos o acolheu e não  fosse a falta de joão, nosso menino feliz, todo o entorno parecia normal. A árvore piscava, os cachorros soltos, e até  vez por outra um sorriso se fez em Wal. 

Um Natal  como se houvesse névoa e estivesse suspenso num tempo sem tempo, aconteceu. Grata sou a estes vizinhos que contribuiram com seu amor.

Segue texto de Walney:
Ceia ou não, penso que seja essa uma das raras noites de Natal em que não cozinhei. A ausência de João ditou a falta demanda,  é certo, mas não deixaria desgosto. Explico: já gostava de cozinhar quando me dei conta do fascínio de  manipular, ajuntar, dar forma e sabor a algo de q se faz na matéria do corpo de quem come - porque de tudo que se come, algo se torna um fragmento da pessoa que come, quiçá d'alguma parte que a acompanha por toda a jornada do corpo. 
Acho q foi lendo "como água para chocolate" q assim percebi (ou vendo porque filme e livro são, como poucas vezes, semelhantemente magníficos). Desde esse arremedo de epifania, preparar e servir alimentos, em especial aas pessoas amadas, se tornou ritual de entrega transcendente, algo quase secretamente sagrado para mim - Mas não é noite sem fartura de alegria, ja disse, posto que também me foi dado pelo Menino Feliz, a família estendida que hoje me acolhe. A razão de não ir à beira do fogo é que simplesmente, nesse acolhimento (ainda) não me coube ser parte da cozinha. Também, ja antecipei que esse não é relato de queixa ou falta, mas faltava explicar q O MILAGRE FOI MUITISSIMO MAIOR, E TAMBÉM O FOI PELO MAGNO TOQUE DE JOÃO. 

Sendo noite de tradição, não deixaria de lado o qUE aprendi em menino, não sabendo chegar "de mão pura" numa mesa a qUE nos convidam. Em singelo e simbólico ato reuni modestos frios em um suporte de louça qUE há muito me acompanhava e escolhi fazer de outros hoje. O MILAGRE MAIOR? CEBOLINHA E TOMATE VIERAM A EXISTIR PORQUE A TERRA FOI ARADA E SEMEADA A QUATRO MÃOS, assim, #joaoepapai, #papaiejoao #semprejuntos, agora e para sempre são muito mais dois corpos irmanados em amor. DE FATO E EXATAMENTE, TAMBÉM EM CARNES E OSSOS, #somosmuitos e #naosomossos.

Isso é amor, Shanti


22 de dez. de 2017

...E um dia sera Natal feliz de novo

Tomo emprestado este texto de meu irmāo Walney, enquanto espera confiante, mas não  sem dor, a volta do seu pequeno Joāo Manoel  - nosso menino feliz. Vibramos que seja o melbor para o pequeno e a Paz do Cristo acalme os corações  de todos.

"Colhemos juntos esses pinhões, ou, como lindamente disse João, "a árvore maior de todas deu de presente para nós". Foi num outubro ainda, então foram muitos os dias em que ele perguntou se o natal já estava chegando. Não era a ansiedade de criança a espera de presente, não era o desejo adulto de folga e festa, nem mesmo o desejo humano de estar entre os seus. Era simplesmente o desejo de adornar a nossa pequena árvore com o presente dado pela natureza. Havíamos que pinta-la juntos justamente no fim de semana em que ele foi levado - mais uma alegria roubada sem dó do próprio filho (que importa os outros, a quem não sabe ser feliz consigo mesmo afinal!!!???). 
A distância veio e o frasco de tinta, triste e só, aguardou em esperança até o escorresse cada grão da ampulheta. Os dedinhos não vieram abraçar o frasco de tinta purpurina "cor de ouro". Parecia vã, então, como vazio parece cada instante apartado do menino - eu ou frasco de tinta: iguais. Iguais, então, nós tomamos um ao outro e dublados o gesto. Advinha do o futuro recolhemos a alegria passada e vencemos o presente na ação feita para ele, por ele, com ele. 
Os pinhões, as tintas, as luzes e os laços de fita foram conjugado no verbo esperança, ao qual juntamos o doce, perpetuando uma tradição que inventamos ainda na outra "novidade":  árvore natal, em NOSSA CASA, se enfeita com doces, porque no montar são sementes, no desfrutar são beleza própria e o desfazer são alegria de doce fruto prometido, por nós e para nós. 
Ano passado foram balas, esse ano são chocolates João - E VAMOS COME-LOS JUNTOS!!!! Isso eu posso prometer!!!! E João sabe que pode confiar porque, como semeei em teus ouvidos e colhi na tua doce voz, cito-te: "Meu Papai sempre cumpre o que promete pra João!!!!" #joaoepapai #papaiejoao #semprejuntos"

Boas Festas e paz a todos.

P.S A foto da árvore  com os pinhões  colhindos alegremente por pai filho não  saiu na publicaçāo. Um erro persite no aplicativo e não  consigo incluir fotos a partir de smarthphone.
Walney, mesmo com dor, cumpriu a promessa e montou a árvore  de Joāo, e a luz do pisca pisca colore suas lágrimas  diárias.


19 de dez. de 2017

Prestando contas.

Este foi um ano atípico e as minhas paradas aqui tiveram intervalos mais que longos. Talvez, a preguiça, mãe de todos os vícios ou mesmo, a falta de expectativas, neste ultimo trimestre, tenham sido aliadas. Fato é que tardei em aparecer.

Aproveito para dá noticias de um ano que foi " marron", marrom meno, mais ou menos. Perdemos Zito ao abrir do ano - leitor frequente, amigo sincero. Cissa mudou-se de cidade para tocar a vida; Agnes e Beto vão bem, apesar de percalços na saúde.

Seu Augusto a quem prezo, amo e odeio, azedo e adoço, está de licença desde de maio e me sinto meio sem tutor. Zé, amigo e ex-companheiro, partiu no início do segundo semestre depois de muito sofrimento.

Consegui a tão sonhada aposentadoria, mas os valores exigem que ainda trabalhe por muito tempo.

Na casa, como de costume, coloquei mais um pouquinho aqui e ali, ainda sobrando muito a fazer. Da casa, cada conquista, uma alegria.

Da família fraterna uma distância que só aumenta e contradiz os ensinamentos da própria Fraternidade. Parece que reduzem, a cada dia, a FBU ao espaço do Ashram ou Núcleo como continuo a considerar.

Dos irmãos de sangue, as dores, as perdas e as obrigações trouxeram a aproximação e, neste momento estamos acompanhando nosso irmão na luta para recuperar o filho.

A minha saúde, assim assim. De gorda virei magra e de magra fui a magrela e luto para recuperar algum peso. Coisa que nunca imaginei está a acontecer!

As filhas seguem suas carreiras e Agnes e Beto estão no doutorado, enquanto Cissa se decide se ingressará este ano. Meu pai, em especial, veria nisto motivo de muito orgulho e eu também.

Continuo o sonho de ir para Portugal, que agora se materializa em documentos para um visto de residência. 2018, o Além mar me conquista ou eu o conquisto de vez. Lá continuo a ter Dilita como referência de amizade.

Do meu velho e querido Dr. Álvaro estou faltosa e não porque dele não precise. Negligência. Meu caro doutor, se passar por aqui, saiba que mantenho toda medicação rigorosamente em dia.

Tenho vizinhos amigos e vizinhos solidários ainda que não nos frequentemos. É um bom lugar para morar.

Acho que prestei contas de tudo. O blogger continua sem permitir adicionar foto. Estou acompanhando Cissa a Alagoinhas. Domingo ela teve um problema na cervical e esta cheia de restrições. Veio pegar roupa em casa e entregar atestados.

Espero antes de findar o ano passar aqui e deixar notícias mais animadas.

Beijo a todos com carinho e respeito.


17 de dez. de 2017

Saudade e verdade

Achei este texto que julgava ter sido publicado em outubro. Como não há acasos e 15/12 foi aniversário do Mestre, me vi diante da mesma reflexão e conclusão.

Ontem foi dia do Mahatma. Lembrei, apesar de não ter festejado. Na casa da Fraternidade que frequentava é dia de culto e homenagem. Gandhi foi o Mestre do meu Mestre e concedeu-lhe nome e iniciação.

As datas ligadas a FBU me trazem saudade e com ela um sentimento humano de apego. Já se passaou mais de um ano que deixei Mahananda, mas ainda sinto falta dos irmãos, rituais e estudos. Sinto um falta imensa do meu Bapu, meu orientador e suas sábias palavras.
Guardo de cor cada uma das suas palavras e tento lembrar as suas orientações. A cada dia elas são úteis e atuais. Reviso os ensinamentos e estou totalmente entregue aos Mestres.
A saudade, por vezes, chega a ser dolorosa e a cada irmão que se afasta, um nó vem a garganta e sou impelida a rever a minha decisão. Afinal, o Mahatma dizia que não importa ser coerente com o discurso anterior, mas com a verdade e diante desta reflexão, apesar de dores e perdas ainda acredito, que tomei a decisão correta.

Creio nos encontros e reencontros que as sucessivas vidas proporcionam, muitos de nós nos reencontraremos e com novas oportunidades.
Continuo a ter uma estreita relação com o meu Mestre e  com ela pondero meus passos e atitudes. Ela sempre será o meu Mestre em todas as vidas. O que ela nos deixou é ensinamento vivo pars ser usado diáriamente.
Hoje digo a amada Mãe Mestre S. Shurimahsnanda, sem meias verdades, que aprendi pouco. Que tenho apego e não sei administrar bem a saudade, mas por outro lado o que ganhei em sanidade venho mantendo e minha fé é inabalável.
Obrigada Mãe e obrigada Nikaya.
Shanti e paz a todos.