27 de abr. de 2015

Chaura, a moça dos bolinhos


Chaura é uma figura impar, séria sem ser sisuda e bastante amorosa.  Gosta de cafezinho, mas o forte dela são os bolinhos, sempre de dois tipos e com coberturas coloridas e variadas. Na verdade, ela cuida dos bolinhos quando chegam e nem sempre chegam inteiros. Alguns vêm bem avariadinhos e ela, amosamente, os cuida.

São bolinhos meninos e meninas, envoltos em cobertinhas e mimos, alguns de saúde duvidosa. Chaura é  neonatologista na UTI de uma maternidade bastante movimentada. Bonita, madura  e jovial e discreta,esconde em si um tesouro de dedicação. Seu nome civil e Tereza, mas na Fraternidade a conhecemos pelo seu verdadeiro nome – Chaura.'.

Médica, casada com  médico, mãe dedicada e irmã preciosa, sempre nos acolhe em abraços apertados e beijos estalados na face.  Esta irmã, que reencontrei na caminha espiritual é  uma alegria e um presente.

Sabe usar o relógio do tempo, sem tempo, a seu favor e divide-se entre o marido – mano Nerutchev , filhos, casa, chefia de UTI, plantões, Casa Fraterna e o Jardim. Alias, parece mesmo uma borboleta no seu zig zag entre as coisas e pessoas.

Esta mana e seus bolinhos vivos merecem um cafezinho e hoje quero  servir-los.
um café caloroso e pleno como o seu coração fraterno.


Beijos maninha  e obrigada por existir em nossas vidas!


22 de abr. de 2015

Sem açúcar e com afeto

Ontem eu vivi passado e presente reunidos e em camadas distinguíveis. Ao assistir o programa de Bela Cozinha, lá estava Sonia Hirsh, a macrobiótica, já não tão radical , que segui  a 35 anos atrás. Seus livros me acompanharam durante muito tempo - Sem açúcar e com afeto, Deixa sair, Didó o curandeiro, Prato feito e Bolo Bolo ente outros. Bolo bolo era o embrião do que hoje se chama “coletivo”.

Sonia  assim como eu envelheceu, amainou nos radicalismo mas continua coerente com princípios da boa alimentação. Continua combinando o yin e o yang no que come e o que faz, procurando harmonia e bem estar. Entre nós a bela Bela, trazendo um pouco do conhecimento básico macro para todos e alertando que uma dieta desta natureza por um tempo é possível e até necessário, mas todo rigor pende ao excesso.

De minha parte  gorda, pesada e hipertensa recebi pela cara um lufada de lembranças de um tempo onde busquei o equilíbrio e a saúde agradeceu. Se bem me lembro,  fiquei saudável mas não necessariamente feliz – o tal excesso.

Era um tempo de muita disciplina e uma vida quase ascética, um casamento admirável mas feito na base das trocas e necessidades, ainda que inconscientemente, um casamento necessário a ambos. Durou 5 anos e terminou como tudo que não é natural.

Deixei a macro, continuei vegetariana por bom tempo e depois “banda voou”. Deste tempo continuo sem o consumo da carne vermelha, nem daquilo que com ela é cozido, quase esqueci os chás e ando chafurdada no açúcar e produtos industrializados.

Todo excesso é desequilíbrio e ao ver a escritora e jornalista Sonia na TV, juro que tive vergonha do que tenho feito comigo. Como não há acasos, creio que este reencontro vai provocar mudanças. Não acredito que possa voltar ao cardápio certo ou a um prato que lembra um buquê – principal dica que ela dá em seus muitos livros, cores equilibradas, comida saúdável.

Também não me imagino sem o meu café , mas poso diminuir o excesso de doces, biscoitos, bolachas e remédios para dores e achaques e voltar ao velho chá, com primeira tentativa. Uma boa andada eventual  e sem muita disciplina.

Obrigada Bela pelo presente, até senti o gosto do feijão azuki com abóbora japonesa e me deu saudade de um prato gostoso e saudável, do missô e do gersal.

Uma coisa é certa, só não me peça para tomar café de cevada...hirch!






18 de abr. de 2015

Bolinho salpicado de estrelas.

Começo falando do meu esquecimento imperdoável do primeiro ano de meu sobrinho João Manuel e do quanto os meus  país não teriam se alegrado neste momento. Seu Vavá  e D.  Neyde amavam incondicionalmente as netas e, certamente,  amariam o netinho João Manuel. 

- João tem se mostrado uma figurinha rara no nosso album de já  maduros!

Ontem,  após  um dia de sufoco,  literalmente no apagar  das luzes,  vi as imagens do aniversario  de João  postadas no Face e misturada aos sorrisos do Pai,  Mãe  e coleguinhas. 

Também  foi muito feliz  a homenagem de Tia Neima que trouxe  para presentear o pequeno  uma foto do Pai  Walney com 1 ano de idade . A tia Neiva trouxe a foto da  traquinagem de João fugindo para ir a escola.

A festa foi o ponto alto: - feita para crianças,  respeitou e  previlegiou as comidinhas próprias aos pequenos  convidados e trazia suco;  frutas e bolo.  Era dele  a festa e como bem disse o pai no comentário,  João  sabia,  dentro do seu coraçãozinho e estava feliz com isto. Atet vovô  Gal notou e comentou. 

Sou uma mulher de última hora e que convivo  com bem com a pressão.  Me servindo do que estava na minha frente,  tentei desfarcar o meu desembaraço.Na minha dedicatória  envergonhada pelo atraso disse-lhes do meu amor,  alegria e do nossos pais em 4 singelos posts e dos meus votos hoje 

Bem que eu queria  neste fim de tarde  está  aí e tomar café  com uma sobra de bolinho!! 

Bjs e sejam felizes Walney e Carina,  João  e Lena!! 

14 de abr. de 2015

café escuro para clarear as idéias

As vezes me pergunto com que  sorte de gente nos metemos ao longo da vida? juramos amor, nos desvelamos, amamos e também somos amados por toda sorte porque  Gente que é “Gente” muda, melhora ou piora com o tempo, esquece o outro e, muitas vezes, até se esquece dele próprio.

Falo disto porque fico a lembrar de momentos alegre, tristes e tão intensos que vivi que ao revive-los sinto tanta emoção que até parece real. Ao mesmo tempo se trago o fato ou pessoa ao momento de hoje na minha vida, vendo com os meus  olhos de agora, essas pessoas e coisas não tem mais significado e assim, desbotam.

É fato, que a saudade e ausência de algumas pessoas dói mesmo no hoje e os sumiços inexplicáveis deixam nuvens de interrogações que nos espreitam a cada lembrança, som, cheiro ou sotaque. Tenho no meu caminho muitas destas interrogações, almas penadas, vagando num mundo paralelo, seja por culpa minha ou deles.

Este mundo paralelo e sombrio, vez por outra, permite um clarão de lembrança boa e a alma, enfim liberta, vai para o mundo do esquecimento para lá descansar em paz. Por vezes  coexiste no mundo do esquecimento colocado por um  e no mundo das almas penadas colocada pelo outro. Assim, uma mesma pessoa possui diferentes atributos em diferentes mentes e corações.

Creio que este mundo não tem café, o café esclarecedor,que aquece a alma e clareia mente. Do mesmo modo não deve ter flores, nem formigas. É um  mundo de esquisitices, chatices e nuvens pesadas.

Queira Deus esses mundos se encontrem no melhor deles e todos em boa mesa tomem café e descansem em paz.

R.I.P a muitos que amei e a mim mesma,

Beijos queixosos!