1 de jul. de 2014

Antes que derrubem a porta!


A batalha das pilhas e espirais continua a avançar os limites na minha casa. A cada dia os papeis, provas, trabalhos, anotações dos alunos de minha filha avançam casa afora e faz muito tempo que  já deixaram os limites do seu território.

Todo final do semestre é esta loucura e chego a sonhar com mostrinhos de cabelo de espiral. É fato, que  Cissa tenta ser uma professora a moda antiga dando variados tipos de questões, estilos de prova, primeira, segunda e milésima chamada e com isso, soma-se papéis aos quilos ou toneladas.

Há também a invasão sonora porque o interfone toca por segundo com as entregas de trabalhos dos retardatários que imploram uma chance. E não raro ela jura que não, mas acaba descendo para pegar mais um trabalho que aluno tentou melhorar.

Não são poucas turmas e várias as engenharias que ela ensina e lá se vão às pilhas a multiplicar-se. Pacientemente, ela revisa, anota, pondera, aconselha e  mesmo assim, aluno irresponsável não tem conserto.

Agnes que também é professora, mas não permite que lhe invadam o espaço pessoal e apesar de querida, atenciosa, colaborativa mantém os limites na área institucional e não partilha endereço pessoal, telefone, portaria e  etc. com a galera. Particularmente, acho que ela está certa em ser solidária, colaborativa, mas reservar sua vida privada.

No meu tempo de universidade havia uma distancia entre professores e alunos encurtada nos momentos de militância conjunta ou no breve cafezinho na cantina da FFCH - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas  da Universidade Federal. Professor não era cúmplice e no máximo chegávamos  a colegas e raros casos, amigos.

Se por um lado Cissa é assim com os alunos, por outro trata o professor orientador do seu mestrado com respeito hierárquico, chama-o de Professor e respeita as datas e  os horários de contato e os  limites de uma relação colaborativa, tecida com respeito e uma certa distância como aprendeu.

Acho ( eu e o meu achismo!) que ela deveria refrear um pouco sua condescendência, antes que o efeito se inverta e os deseduque.
Sinto-me no direito de opinar porque as barricadas já alcançaram a porta do meu quarto e há muito a sala é território deles. Tenho que traçar uma estratégia antes que alcancem a mesinha da cafeteira e da água com gás porque aí......a guerra tá perdida!  



imagens da web, colhidas sem autorização.

2 comentários:

  1. A Bastilha, com o todos os exemplos de tirania é um alvo a abater...Eu não sei como era, ou é, o relacionamento educando/educador nas Universidades, porque nunca por elas passei, mas posso assegurar, com a certeza de quem já não tem necessidade de mentir, que as minhas memórias estão intima e indelevelmente ligadas aos meus professores do ensino básico e do complementar...Sua Cissa professora, parece ser, felizmente, do tipo inolvidável!

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    1. concordo e acato que a Bastilha não foi um bom exemplo e traatarei de mudar. foi um destes casos impensados do emprego de velhas expressões!

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