6 de nov. de 2014

Café padronizado só ajustando a máquina.


Alguns Projetos como o nosso e em fase inicial aqui no Brasil tem nos visitado para observar um pouco da nossa experiência. Estes intercâmbios são interessantes e trazem bons resultados. Entretanto, apontam internamente algumas fragilidades. Se por um lado temos o que mostrar, por outro ao prepararmos estas vindas fica claro as dissidências, os afastamentos e a dificuldade ao nos reunirmos para planejar.

A nossa equipe não tem chefe imediato, responde diretamente ao Coordenador  do  Projeto e  produz conforme as habilidades, conhecimentos e experiências de cada membro. Somos um time que temos de tudo um pouco: - os com boa experiência em extensão e planejamento a nível macro, especialização em gestão da informação,  os de visão mais regionalizada e com forte experiência em instrumentos qualitativos de avaliação, os que por força de formação conhecem pesquisa, os conhecedores de sistemas informatizados e de georreferenciamento e bom domínio de ferramentas.

Nosso coordenador e bom líder sabe tirar de cada um, o que de melhor podemos lhe ofertar. Entretanto, com o aumento das demandas administrativas e técnicas para dar inicio a um novo projeto, temos carecido de uma liderança interna e as distorções e diferenças tem aparecido muito frontalmente. O ambiente antes saudável, onde o trabalho era o da  oportunidade e do competência individual, tornou-se território dos buchichos, conchavos e até uma certa falta de educação doméstica.  

Particularmente, sou afeta a aura e harmonia dos ambientes e estes momentos me fazem um profundo mal. Com isto não me isento de estar contribuindo para a desarmonia. É fato que a idade aproxima as pessoas e os jovens tendem a andar mais juntos e se articularem, mas isso é reservado aos espaços pessoais. No trabalho devemos respeitar a todos e partilhar as decisões.

A equipe mista, com jovens de trinta e poucos anos, quase cinquentões e eu já bem passada dos cinquenta  está rachada em partes desiguais. Quem ganha e quem perde não é só no campo pessoal, o fato é que a equipe não está produzindo com qualidade, acaba por negligenciar prazos ou qualidade e esconder trabalhos ou se assenhorar de resultados. Agora, as vésperas de uma visita, poucos sabem o que vai correr, não preparamos um material coletivo e vamos fazer feio na próxima semana.

Bem diz o ditado popular que em time que esta ganhando não se mexe, mas a última mexida desregulou a máquina e agora só cápsulas  e medidas certas de água dosadas pela Coordenação poderão produzir de novo um bom café.

Oxalá, o chefe tome as rédeas e o café volte a ser bom!


                                  Semiárido, uma paixão - Foto: Fotógrafos da natureza

2 comentários:

  1. Trabalhar em equipa é uma coisa linda mas não se consegue com um estalar de dedos, principalmente quando existe conflito de gerações...Aí, uma liderança clara, assumida e por todos aceite, é imprescindível. Eu sou francamente adepto das hierarquias naturais...ENTENDEM-SE E FAÇAM BONITO!
    Bjs
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    1. não diria que 6/7 anos são instalar de dedos, mas creia que um anel desajustado colado em mão errada desandou tudo. Um equipe com um membro a mais, por vezes, por deixar de ser uma equipe

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Obrigada pela visita. Deixe seu comentáro, enquanto passo nosso cafezinho.