28 de jan. de 2014

café em família, pois somos todos de Atlantida!

Meus queridos irmãos de Cabo Verde,
esta tarde, após receber um post do Valdemar por demais esclarecedor, descobri que há muito mais que amizade a nos unir.
Cabo Verde do meu gostar, por mim enamorada e pelos amigos tão enaltecida é prima/irmã de Atlantida. As ilhas de Cabo Verde são as Hesperides.
Ao indicar-me a leitura do Poema "Ao Brasil" do filho Caborverdiano Lopes, o amigo Valdemar deu-me mais que uma leitura, deu-me a oportunidade de uma imersão no mundo de Platão...a pista esclarecedroa de todo este meu profundo carinho pelas ilhas.
Já explico aos curiosos!
Nós fraternos da FBU, temos em Atlantida nossa origem. Dela derivam os conhecimentos da Ciência Divina, ou do Divino, que zelamos e praticamos. Nos principios deste povo estão cunhado os nossos. Acreditamos na existêcnia de Atlantida, assim como acreditamos no nosso reencontro.

Feliz não me contive  na minha ignorância e fui atrás de informações e os textos que encontrei referem-se as queridas Ilhas como Hesperinas. A Hespéria (do grego hésperos, "tarde", "estrela da tarde"), Jardim das Hespérides ou Ilhas Hespérides era onde se supunha que viviam as ninfas Hespérides. Hespéria era também o nome de uma delas (...)na direção de onde vieram a ser descobertas as ilhas de Cabo Verde.
Santa ignorância e falta de cultura esta minha! Envergonho-me junto a tão doutos amigos.
Um povo que vem de ninfas só pode viver a dançar, a saltitar e em plena alegria. Saõ  cheios de uma sensualidade que se acentua ao entardecer.
Já imagino o desfilar dengoso das mulheres e homens de lá no fim da tarde, tendo ao fundo o mar da Praia do Bote. Uma sensualidade impar, que mistura cheiro de maresia,  suor, charuto e café e só é interrompida pelas Ave Marias das 18 h, horario da mãe terra - Mataji, onde recolhidos em preces de variadas fé , voltam as origens e se redescobrem Deuses.
Este é o povo da ilha, este o povo daquí , este é o meu povo Atlante!

Quanto ao poema que encejou tão boa notícia, não consegui encontrar na integra. Rogo aos amigos, que me mandem uma cópia.
Obrigada Valdemar, que me brindou como muito pano para mangas e muitas boas conversas regadas a café da Ilha do Fogo. Obrigada a Djack, Zito, Lopes e quem mais chegar!

Shanti manos.


                                                               Ninfas a brincar - wikpédia


19 de jan. de 2014

Café da Ilha do Fogo, um amor correspondido!


Apendi a gostar de Cabo Verde pelo coração e olhos do meu amigo Zito e todos amigos dele , que como boa filha da Bahia,  brasileira  de coracão farto, incorporei ao meu patrimonio.

Ontem o Valdemar, um destes por mim tombado, me perguntou se ja conhecia VOCÊ: BRASIL do filho de Cabo Verde Jorge Barbosa.  Faco melhor, transcrevo a poesa e transfiro a pergunta:-como não conhecer quem nos conhece tanto?!

Chamo todos para um cafezinho recém passado, que mesmo não sendo da ilha do fogo , nos reuni de canecas na mão,  sol a pino e calor de verão a nos mostra; pela  poesia de Barbosa, o quanto somos paridos de uma mesma alma, nas alegrias e nas tristezas.

Caro Valdemar, a nossa identidade é tecida com o amor pelas raízes,  pela luta por justiça,  pela simplicidade dos sorrisos e do suor que escorre do nosso trabalho.

Dia destes, espero poder passear em Mindelo e saltitar nas ilhas, procando seus mariscos e peixes... Poder ir ao velho Eden Park,   e comemorar a sua preservação.

Quero ouvir a rádio no coreto, dancar, fotografar e abraça-los de perto porque eu gosto de Você , meu Antão, meu Cabo Verde, assim como gosto do meu Brasil.

Que o café bebido forte nos una ainda mais!

"VOCÊ: BRASIL
 Eu gosto de você, Brasil,porque você é parecido com a minha terra.
Eu bem sei que você é um mundãoe que a minha terra são dez ilhas perdidas no Atlântico,sem nenhuma importância no mapa.
Eu já ouvi falar de suas cidades: A maravilha do Rio de Janeiro,São Paulo dinâmico, Pernambuco, Bahia de Todos-os-Santos.
Ao passo que as daqui
Não passam de três pequenas cidades.Eu sei tudo isso perfeitamente bem,mas Você é parecido com a minha terra. 
E o seu povo que se parece com o meu,que todos eles vieram de escravos com o cruzamento depois de lusitanos e estrangeiros.
E o seu falar português que se parece com o nosso falar, ambos cheiros de um sotaque vagaroso,de sílabas pisadas na ponta da língua,de alongamentos timbrados nos lábiose de expressões terníssimas e desconcertantes.
É a alma da nossa gente humilde que reflete
A alma das sua gente simples, Ambas cristãs e supersticiosas,sortindo ainda saudades antigas dos sertões africanos,compreendendo uma poesia natural,que ninguém lhes disse,e sabendo uma filosofia sem erudição,que ninguém lhes ensinou. 
E gosto dos seus sambas, Brasil, das suas batucadas. dos seus cateretês, das suas todas de negros,caiu também no gosto da gente de cá,que os canta dança e sente,com o mesmo entusiasmoe com o mesmo desalinho também...
As nossas mornas, as nossas polcas, os nossos cantares,fazem lembrar as suas músicas,com igual simplicidade e igual emoção. 
Você, Brasil, é parecido com a minha terra,as secas do Ceará são as nossas estiagens,com a mesma intensidade de dramas e renúncias.Mas há no entanto uma diferença: é que os seus retirantes têm léguas sem conta para fugir dos flagelos,ao passo que aqui nem chega a haver os que fogem"porque seria para se afogarem no mar...
Nós também temos a nossa cachaça,O grog de cana que é bebida rija.Temos também os nossos tocadores de violão:E sem eles não havia bailes de jeito.Conhecem na perfeição todos os tons e causam sucesso nas serenatas,feitas de propósito para despertar as moças que ficam na cama a dormir nas noites de lua cheia.Temos também o nosso café da ilha do Fogo que é pena ser pouco,mas — você não fica zangado —é melhor do que o seu. 
Eu gosto, de Você, Brasil.
Você é parecido com a minha terra.
O que é é tudo e à grande
E tudo aqui é em ponto mais pequeno...Eu desejava ir-lhe fazer uma visitamas isso é coisa impossível.
Eu gostava de ver de perto as coisas espantosas que todos me contam de Você,de assistir aos sambas nos morros,de esta cidadezinha do interiorque Ribeiro Couto descobriu num dia de muita ternura,de me deixar arrastar na Praça Onzena terça-feira de Carnaval.
Eu gostava de ver de perto um lugar no Sertão,d de apertar a cintura de uma cabocla — Você deixa? —e rolar com ela um maxixe requebrado.
Eu gostava enfim de o conhecer de mais perto e você veria como é que eu sou bom camarada. 
Havia então de botar uma fala ao poeta Manuel Bandeirade fazer uma consulta ao Dr. Jorge de Limapara ver como é que a poesia receitava este meu fígado tropical bastante cansado.
Havia de falar como VocêCom um i no si— “si faz favor —de trocar sempre os pronomes para antes dos verbos— “mi dá um cigarro!”. Mas tudo isso são coisas impossíveis, — Você sabe?Impossíveis"

Nada é impossível aos corações que se encontram por puro respeito e  amor.

Beijos meus amigos, desejo vê-los em breve.

Estas duas últimas fotos, uma do documentario Quebradeiras e a outra do encontro de fé, entre filhas de santo-Oxalá e freiras na festa da lavagem do Bomfim, ficarei devendo os créditos  aos fotigrafos.Ambas demostram a diversidade do nosso povo.

18 de jan. de 2014

17 de jan. de 2014

Sorrindo para vida e tomando café gelado

O bom mesmo é fazer do limão...uma limonada. Otimismo? Não. Gratidão.

Por uma série de razões de saúde, chatas para contar e técnicas demais para explicar, comecei o ano com a notícia da perda de todos os meus dentes superiores. Naturalmente que "#@$&^/#$" ...rsrsrs, lamentei, mas, tive que me conformar.

O meu amigo Zito costuma dizer que meu olhar é triste e é compensado quando sorrio. A minha amiga Dilita diz que esqueço  o quanto ainda sou jovem - imagina, 54 anos! As minhas filhas dizem que tudo se resolve.

Como tudo é perfeito e na medida certa da necessidade, vejam vocês o quê Papai do Céu me deu um presente: -  Os dentes?!  Muito mais que isto...Amigos que trouxeram de volta o sorriso e cheio de dentes!!!

Depois de 8 horas e de  uma maratona de  cirurgia e ajustes daqui e de acolá, estou toda  sorrisos e com a boca escancarada e cheia de dentes.
Pois é comecei o ano a tomar uma ducha fria e  agora estou tomando café gelado, gostoso!

Obrigada a todos, especialmente a Raduan e Yama, pela competência e dedicação de um dia inteiro na sala de procedimentos e as suas assistentes Cris e Ivone. Sou fraternalmente grata as minhas filhas pelo incentivo e torcida; a companheira de seu Antônio ( que prefere o anonimato) pela confiança; d. Jacy firme na sala de espera a rezar, os manos e manas pelas vibrações e meus orientadores queridos da FBU.

Raduan e Yama vocês foram mais que profissionais, manos e amigos. Recebi muito mais que esperava!

Esvrevo-lhes a beber meu café gelado. Aliás, tomei café  gelado no  intervalo da cirurgia. Estou quase sem incômodos e pouco inchaço.  Um tanto com cara de jerimum ou abóbora,  mas deixo-lhes as fotos tiradas logo após a cirurgia- antes de inchar porque seu velha, mas não sou boba!!!

Estou feliz e contente com mais esta vitória e lhes repito algo antigo e conhecido e até desgastado...Se a vida lhe der um limão,  chame os amigos e faça uma limonada!!!

Obrigada Pai pelo quanto recebo.

Beijos

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De cima para baixo: antes e depois da cirurgia e as minhas flores de abóbora....kkk


12 de jan. de 2014

Café, fatos e estórias para dormir.

Há um tempo para todas as coisa debaixo do céu.
Bem, não me tomem por uma fanática pregadora por iniciar assim nossa conversa de hoje. É que tantas vezes ouvimos está afirmação, seja advinda da fé de alguém , do conformismo cheio de normose ou do nosso eu verdadeiro e, mesmo assim, nos deixamos levar pela dor intensa e a ilusão de que a perda e o sofrimento não passam, que hoje repeti para mim de forma consciente e reafirmo para vocês com quem partilho minhas estórias e história.

As dores de amor dos apaixonados, enamorados e amantes parece não ter fim. Julgamo-nas eternas e tão "eternas" quanto julgávamos o amor que acaba de passar e virar dor ou vazio. Se quer percebemos que atribuímos a relação que passou a mesma intensidade que estamos atribuindo a dor do momento. Se por um breve momento parássemos para refletir veríamos que é o mesmo peso e a mesma medida, logo veríamos que é passageira.

Somos assim, vamos variando o peso  e a medida em conformidade com a nossa conveniência e sempre ao nosso favor. O outro, a situação,  a vida, estes são os verdadeiros culpados!

Até quando eu  farei isto? Me responda que,  já reúno as condições  de mudança,  mas que tudo vem a seu tempo. Uma mistura desleal de verdades, não acham? Nem sempre duas verdades ditas juntas permanecem verdadeiras . Viuji!!!

Sim há um tempo para todas as coisas e isto no sentido de que  precisamos fazer tempo mergulhar , abraçar e vivênciar nossas dores com dedicação e disposição para vê-las por diferentes ângulos e com os olhos da verdade.

Há um tempo de compreender nossos vacilos e aceitar que esta era nossa medida certa daquele momento e sobre eles entender que nada podemos mudar do passado. Do passado ficam lições e experiências que quando reaparecem com outras roupas, rostos e vozes no cenário do presente  temos que fazer diferente, pois há um tempo para cada coisa.

Hoje percebo que fiz isto pouquíssimas vezes e quando a situação do passado se representava, scondia atrás das cortinas as verdades, minhas verdades, dando roupagem nova, pondo brilhos e jogando luzes ao que convinha e quando tudo começava a ruir,  mais ou menos no mesmo ponto de sempre emprestava a culpa ao outro.

Não há culpa como diz meu querido Orientador N. Há responsabilidade. É fato que por vezes,  são de ambos. Entretanto, só posso cuidar das minhas!

Hoje estou me dedicando a uma delas e revendo por outro ângulo uma longa história,  cheia de estórias,  castelos de contos e expectativas infantis que carrego fazem 30 longos anos. O que posso rever e deixar registrado faço-o agora:

-Me enamorei, me apaixonei,  tínhamos restrições  para conviver, fantasiei (arrisco dizer fantasiamos) tivemos uma breve convivência e décadas de fantasia.  Hoje nós reencontramos, começou com as ilusões de sempre ( de novo me arrisco a dizer, para ambos), cai na real e percebo que somos duas pessoas diferentes,  como esperarado e até certo ponto desconhecidas e estranhas. Temos hábitos e costumes que não reúnem, se formos rigorosos, as condições para uma amizade. Devemos manter uma certa e regulamentar distância para nós respeitarmos e de verdadeiro... há uma profunda gratidão.

Assim, décadas viram

 breves linhas escrita sem  dores e com pouquíssimas mágoas - porque ainda é tempo delas ! Assim, me despeço desta longa estória de amor.

Como diria minha Vó Tinda, entrou pela perna do pato e saiu pela perna do pinto e rei, meu senhor, que lhes conte cinco. Lá eles!!!!

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3 de jan. de 2014

Mimos das filhas parte 2- Conjugando amores!

Antes que fiquem curiosos, já lhes explico que a Série Mimos das Filhas começou no facebook e a  parte 1 foi a foto de saco cheio de chocolates.

Parte 2

Vicent, meu querido Van Gogh produziu poucas obras que não fossem dominadas pelo amarelo e suas variações com verdes e msrrons.
No ano que partiu  (1890) deixou o Ireses - Iris de rara beleza em seu azul infinito.
Amo Vicent e seu legado e muitos sabem que adoooro louça azul.
Conhecedoras de mim, as meninas juntaram num só presente duas grandes alegrias- uma reprodução de Vicent em cerâmica do Metropolitan Museum of Art -gift of Adele R. Leny. Criada  em 1958. Agora tenho autêntica louça azul with Vicent.
Como suporta bastante calor é ótima e indicada para aquele cafezão!
Obrigada filhas,  vocês me conhecem bem!

2 de jan. de 2014

Através da fumaça do café


Todo ano começa com um caminhão de promessas. Prometemos o mundo. Aliás, prometemo-nos tudo que não fomos capaz de cumprir em anos anteriores e mais um pouquinho. O que nos move a este comportamento repetitivo ano após ano? Que desejo é este de constatar, ao final, nossa incapacidade?!

Este ano não prometo nada. Não prometo a mim, nem a ninguém.

Viverei os dias como se apresentarem e farei aquilo que for por possível, sempre me esforçando para que o “possível” seja o meu melhor. Assim, sempre estarei realizada e feliz.

Considerando que o “possível” será sempre o meu maior esforço, a maior dedicação, o maior amor, maior empenho, mesmo que não seja o melhor resultado já alcançado, será sempre o melhor alcançável naquele momento.

A máxima será  “a  vida só acontece no presente” e como diz o samba “ de nada adianta premeditar o breque”.  Viverei cada momento de forma única, porque ele o é. Momento presente, momento maravilhoso!

Vocês devem estar achando muito búdico ou muito sonhador, talvez o seja. Isto não importa porque, neste exato momento, é o que intenciono fazer. Agora respiro uma das 25 mil vezes deste dia e nem sei de quantas tomei consciência. Não importa, esta vez é única e para ela dediquei meu tempo e minha atenção. Estive presente, atenta, inteira e grata.

Quanto tempo durará este estado? Será que vai até a próxima postagem? Não importa.

Neste momento somos nós, eu , vocês e a vontade de lhes falar por trás desta tela. Sejam vocês, dois, dez ou mil ou até mesmo só eu mesma a me escutar.

Um lótus para todos com  votos de paz e bem em 2014.







De cima para baixo, Eu,  Agnes, Cissa e a mesa de aniversário (rosinha) de Nouredini.'.