23 de set. de 2015

O gosto que veio antes de tomar o café.

Em 1910 meu bisavós José  e Idalina Victor de Deus abandonaram a cidade de Ribeira do Pombal com seus muitos filhos fugindo  da pior seca do século.
Tinham dinheiro, emprego e bens,  mas de nada adiantava porque não  havia o que comprar ou como produzir para sustentar a sua família.  Venderam o que foi possível,  puseram  os filhos em caçuás e caixas de madeira no lombo de burros e levaram  o que tinham em provisões  rumo a Alagoinhas  e, nunca mais voltaram para rever o que deixaram. 

Hoje  de volta de um trabalho no campo e embalada pelas lembranças  das histórias e estórias  da minga vó  Celestina  - Tinda fiz este mesmo caminho passando pelas mesmas cidades.
A paisagem que passava lá  fora, os facheiros,  a barriguda começando a florir,  o sol forte do primeiro dia de primavera,  tudo se misturou na minha mente e coração.
Senti da saudade de minha vó,   das suas estórias,  das cantigas de ninar que aprendi e cantei para as minhas filhas e sem nem imaginar que andaria pelas mesmas paradas.
 
Fico feliz em ter um patrimônio de memórias  que ainda me fazem rir ou chorar a depender da hora ou lugar.
Neima Oliveira, Neiva Costta, Walney Oliveira e os bisnetos João  Manuel,  Lena Vitória,  Joana Oliveira, Cissa Bezerra e Agnes Bezerra gostaria que estivessem comigo,  lembrei de todos e de minha mãe e tia Vevé.

Bjs meus queridos, que a primavera me traga com mais frequência à mesa do cafeebolinho. 

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