6 de mai. de 2016

Sem café.

Não é força de expressão, pegadinha ou mentira. Fato, estou sem tomar café  faz 4 dias.
Adoeci. Verdade, desde domingo uma infecção  respiratória  me levou para cama, da cama para o hospital e de lá para um repouso na casa da minha filha. Aliás,  eu que não apareço e tento não  ser uma sogra incômoda , já estou aqui faz 3 dias.
Pobre do genro e da filha, que me herdaram sem mala, cuia e só  uma sacola de remédios. Fui para o hospital e não consegui voltar para casa ainda. Cissa, está  as voltas com um concurso e sobrou para eles.
O fato de ter enjoado café, algo nunca antes o corrido,  me faz pensar - será  que morri? Estarei eu no céu,  no limbo ou simplesmente num mundo paralelo.
Se morri e  no céu em que me encontro e tive este merecimento, precisava abrir mão ao ponto do enjoo do meu único vício?  Assim creio não ser o céu, apesar de estar sendo tratada com toda regalia.
Também não  imagino um inferno sem um cafezinho quente, já que não  faltam fogo e caldeirões e o dono da casa é esperto. Já padeço de tosse cheia e acordo para tomar remédios intragáveis, se inferno fosse, Satanás estaria pegando pesado.
Neste mundo, além  de não  tomar café,  eu até  brinco com os dois cachorros do meu genro...eu nascida, crescida e morrida com pavor de cachorros.
Será  a febre? Não,  já  foi debelada por antibióticos. Esse deve ser o mundo dos moribundos, que ficam, a todo custo, tentado amenizar pecados e a  negociar com Deus.
Paizinho do Céu,  sei que fui uma menina má  e pagarei pelo que fiz, mas por enquanto, me deixa só  um vício  até  que eu me vá, traz meu paladar de volta  e faz com que o meu cafezinho seja meu companheiro até  o fim dos meus dias!
Esperando pela batida  da Ave Maria e implorando bênção!

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