22 de abr. de 2015

Sem açúcar e com afeto

Ontem eu vivi passado e presente reunidos e em camadas distinguíveis. Ao assistir o programa de Bela Cozinha, lá estava Sonia Hirsh, a macrobiótica, já não tão radical , que segui  a 35 anos atrás. Seus livros me acompanharam durante muito tempo - Sem açúcar e com afeto, Deixa sair, Didó o curandeiro, Prato feito e Bolo Bolo ente outros. Bolo bolo era o embrião do que hoje se chama “coletivo”.

Sonia  assim como eu envelheceu, amainou nos radicalismo mas continua coerente com princípios da boa alimentação. Continua combinando o yin e o yang no que come e o que faz, procurando harmonia e bem estar. Entre nós a bela Bela, trazendo um pouco do conhecimento básico macro para todos e alertando que uma dieta desta natureza por um tempo é possível e até necessário, mas todo rigor pende ao excesso.

De minha parte  gorda, pesada e hipertensa recebi pela cara um lufada de lembranças de um tempo onde busquei o equilíbrio e a saúde agradeceu. Se bem me lembro,  fiquei saudável mas não necessariamente feliz – o tal excesso.

Era um tempo de muita disciplina e uma vida quase ascética, um casamento admirável mas feito na base das trocas e necessidades, ainda que inconscientemente, um casamento necessário a ambos. Durou 5 anos e terminou como tudo que não é natural.

Deixei a macro, continuei vegetariana por bom tempo e depois “banda voou”. Deste tempo continuo sem o consumo da carne vermelha, nem daquilo que com ela é cozido, quase esqueci os chás e ando chafurdada no açúcar e produtos industrializados.

Todo excesso é desequilíbrio e ao ver a escritora e jornalista Sonia na TV, juro que tive vergonha do que tenho feito comigo. Como não há acasos, creio que este reencontro vai provocar mudanças. Não acredito que possa voltar ao cardápio certo ou a um prato que lembra um buquê – principal dica que ela dá em seus muitos livros, cores equilibradas, comida saúdável.

Também não me imagino sem o meu café , mas poso diminuir o excesso de doces, biscoitos, bolachas e remédios para dores e achaques e voltar ao velho chá, com primeira tentativa. Uma boa andada eventual  e sem muita disciplina.

Obrigada Bela pelo presente, até senti o gosto do feijão azuki com abóbora japonesa e me deu saudade de um prato gostoso e saudável, do missô e do gersal.

Uma coisa é certa, só não me peça para tomar café de cevada...hirch!






4 comentários:

  1. Pois é...Essa do felizardo faminto causa-me alguma perplexidade...Uma vez, um amigo meu me contou que não desejaria que, na sua lápide escrevessem AQUI JAZ O MORTO MAIS SAUDÁVEL DO CEMITÉRIO...Cruzes!
    Beijos, gordos mas felizes...
    Zito

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  2. Beijos doces de mel ,melado, rapadura, açúcar de coco , mascavo, demarara , cristal e se não dor possível de adoçante dietético.
    Obrigada pela visita!

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  3. Eu durei mais tempo fiz até 88 e bem radical até o crime que foi feito trocar gardenal por maracujá e um fratura no crânio e um tce. Um horror

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