31 de ago. de 2016

Nuvens cinzentas no horizonte- café no Senado


Hoje não há que dizer senão lamentar  o triste episódio da nossa história, quando ladrões, indiciados, incapazes e imorais julgaram o que convinha e não o pautado. Se me perguntam se estava feliz com o Governo, digo-lhes que não. Entretanto, vejo crescer e ganhar força as formas subterfugias de regime de exceção e perdas irreparáveis as minorias.

Vi uma mulher, uma militante e um ser humano cair de pé e sem se curvar. Não atribuo sua atitude a arrogância, mas firmeza adquirida na dor da tortura e na convicção da luta  na defesa de um Brasil melhor.

Não há muito que dizer,  o mundo inteiro já o fez em seus jornais, blogs e comentários. Resta-me a certeza e a esperança de quem nasceu  na liberdade, cresceu na ditadura, sorriu com a abertura política e ganhos sociais para todos, de que tudo passa e eles cairão novamente.


A história será o melhor dos juízes, esteja eu aqui ou não para assistir. D. Dilma, a senhora terá sempre o meu respeito e a sua história contarei enquanto puder e para você enviou flores.


6 comentários:

  1. Minha amiga, a História nem sempre é tão imparcial como a gente desejaria pois, afinal, ela é cozinhada pelos homens... Sobre Dilma eu também acho que foi pior a emenda do que o soneto e até dá vontade de dizer que, entre julgados e julgadores, venha o diabo e escolha! E, já agora, sería desejável que D.Dilma deixasse de se apelidar de PresidentA...Essa palavra não existe!
    Mas, o Brasil, uma vez mais, sobreviverá aos seus próprios erros, tal como a Fenix renasceu das próprias cinzas...Tenho fé!
    Bjs confiantes
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    1. Prezado, concordo e excetuo apenas a PresidentA. A denominação difere de outras palavras que não fazem assim seu feminino. Segundo linguistas só não era usada pelo fato de, a época,não admitir-se a possibilidade de uma mulher subir ao cargo. A palavra integra formalmente as gramáticas da língua.

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    2. Um fato inédito demarcou o resultado obtido por meio das últimas eleições no Brasil – o de uma mulher eleger-se como alguém que comandará a nação durante um determinado tempo. Tal ocorrência desencadeou, entre outros fatores, alguns aspectos relacionados à própria linguagem, tornando-se alvo de questionamentos por parte de algumas pessoas.

      Afinal, Dilma Rousseff ocupará o cargo de presidente ou presidenta do Brasil?






      Tais expressões estão condicionadas a um fato linguístico inerente à classe gramatical representada pelos substantivos, mais precisamente no que se refere a uma de suas flexões – o gênero. E ao se tratar deste assunto, percebe-se que há divergência de opiniões entre renomados gramáticos, tais como Celso Cunha, que ressalta que o feminino (relativo à presidenta) ainda se apresenta com curso restrito no idioma, em se tratando do Brasil; Evanildo Bechara e Luís Antônio Sacconi admitem como corretas as duas formas; João Ribeiro afirma que "o uso de formar femininos em “enta” dos nomes em “ente”, como presidenta, almiranta, infanta, tem-se pouco generalizado". Por último, citamos as palavras de Domingos Paschoal Cegalla, o qual revela que “presidenta” é a forma correta e dicionarizada, ao lado de presidente.


      Divergências deixadas à parte, o fato é que forma “a presidente”, está correta, justamente pelo fato de integrar ao caso relacionado aos substantivos denominados comuns de dois. Portanto, podemos perfeitamente dizer: a presidente.

      Assim, em meio a tantos posicionamentos, há que se dizer que há um especial, retratado pelo VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), revelando que o substantivo pode perfeitamente ter a sua forma flexionada, ou seja, é correto também dizermos presidenta.

      Desta forma, o que mais nos interessa é saber qual das formas estão corretas, não é verdade? Pois bem, as duas estão de acordo com o padrão formal da linguagem. Logo, empregar esta ou aquela é opção de cada usuário.

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  2. Me desculpe, amiga, mas deixar o assunto "à opção de cada usuário" é um tanto simplista...Até porque, muita gente, se não toda a gente, se negará, por exemplo, a dizer videnta, presenta, ausenta, dormenta, gerenta, tenenta, prementa, parenta, dementa, doenta e, por aí fora, em vez dos respectivos vocábulos terminados em "ente"...
    Braça amigo,
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    1. uso os doutos porque mal escrevo...rsrs, mas aí vai:om a vinda do Papa Francisco ao Brasil, uma polêmica voltou à tona: qual é a forma correta: “presidente” ou “presidenta”? Existem as duas formas. Sim! As duas formas são registradas pela Academia Brasileira de Letras (no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), pelo respeitadíssimo dicionário Houaiss, pelo Aurélio e tantos outros.

      Em um concurso público, por exemplo, o candidato pode fazer uso da forma “presidenta” e não perderá nota referente à língua-padrão. Por quê? Justamente porque a grafia é secular, tem o aval da Academia, dos dicionários e do uso popular.

      Apesar disso, muitos preferem o uso de “a presidente”, pelo fato de nomes de dois gêneros terminados em -ente não apresentarem flexão de gênero, finalizando-os em –a. Alguns exemplos: crente, gerente, docente, discente, servente. Para os que assim creem, o artigo definido é o bastante para a variação em gênero.

      É também interessante notar a existência de “presidenta”, desde 1899, pelo dicionário de Cândido de Figueiredo:

      "Presidenta, f. (neol.) mulher que preside; mulher de um presidente. (Fem. de presidente.)"

      Língua é uso, povo e reflete uma série de aspectos sociais. Há, no Brasil, por questões democráticas, uma tendência ao uso do feminino de diversos termos: a “chefa”, a “gerenta”, a “presidenta”.

      A chegada de uma mulher ao poder é símbolo da Democracia; talvez, por isso, o Planalto faça uso de “presidenta”, nos atos e comunicações oficiais. O uso (ratifico!) não corresponde a uma invenção de Dilma Rousseff.

      Por questões eufônicas, prefiro a forma “a presidente”, assim como alguns jornalistas, escritores e autoridades. É somente uma questão sonora e pessoal.

      E você? Que forma prefere? Presidente ou presidenta?
      Um abraço e até a próxima!

      Diogo Arrais

      Diogo Arrais
      @diogoarrais
      Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
      Autor Gramatical pela Editora Saraiva

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  3. Agradeço ao professor Arrais e outros doutos linguistas e como sou avesso a neologismos regionalistas e inimigo fidagal do último (des)acordo ortográfico, fico-me com A PRESIDENTE, como aprendi, vai para 75 anos...
    Um beijo (ou será bêjo?)
    Zito

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