12 de ago. de 2018

Passando um café pra meu pai

Revisito estas palavras de meu irmão, na certeza que nosso pai zela por nós.

"Na primeira vez que fui a Angola, quando olhei o sol vermelho de Luanda se pondo atrás do Atlântico, me vi do outro lado do oceano e pensei: eu, filho de meu pai, Waldemar Rolemberg Oliveira, aqui do outro lado do mar! Quem iria imaginar! E tudo que conseguia pensar era em como ele estaria feliz por mim. Dias depois, novamente na beira do mar, pedi um instante ao grupo que me conduzia e fui aos pés de um imbondeiro -arvore q simboliza a ancestralidade, árvore "ao contrário", que parece ter nascido de ponta cabeça e, justamente por isso, é tida como caminho de ligação entre céus e terra em tantas matrizes - foi onde toquei a terra vermelha pedindo a benção a nosso pai. Era novamente por do sol, lá chamado de "hora mágica", pois é no "lusco fusco" que as fronteiras entre mundo material e espiritual se diluem, e assim me senti, tocando nas portas do céu, de ponta cabeça, tocando a planta dos pés de nosso pai. Me senti imerso na grandeza de nosso pai, abraçado e abençoado pelo universo."

A todos os pais que com amor escolheram ou acataram a oportunidade de ser responsável por outro ser humano, que sorriem, choram, sofrem, se decepcionam e se alegram com estes filhos, desejo o melhor: coragem, persistência e oportunidades
Aos filhos que são pais de pais e irmãos, aos amigos presentes e compreensivos - pais de plantão, as mães que assumiram este papel, aos dindos que já descobriram o sentido de serem padrinhos-segundos pais. Enfim, a todos que tem no coração está surpreendente forma de amar, de desejo força, perseveranca e alegrias.
Que o Pai maior nas suas variadas formas de credo, os acolha sempre.
Com respeito,  abraço a todos em nome do meu pai, do meu irmão Walney, do pai das minhas filhas e do meu querido amigo Zito.
Heide - Nouredini

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