27 de jul. de 2013

Café para ressaca!

Quero o meu amigo de volta. Afirmo aos soluços. 

A melhor coisa que já experimentei em toda a minha vida foi o prazer de beija-lo, mas troco tudo por ter você de volta. Nunca mais serei sua mulher, se preciso for !

Quero poder te ligar quando quiser, rir ou chorar, o que ocorrer e na ordem que vier.Não me sentir incomodando ou invadindo.

 Quero ter seu coração de novo de portas abertas para mim.Nada é mais importante. 

Negarei qualquer outra forma de querer, sentir ou desejar. Só quero ter vc de volta porque é o amigo que tenho, amo e que me conhece e sei.

Saber é coisa de amigo!

Nem sempre é possível conciliar amor , amizade e convivência. Então, partindo do princípio que não se perde o que não se teve, rezo que amor-amigo seja suficiente para que eu o tenha, amigo querido, de volta a ao meu lado.


Que as muitas luas que passaram no céu dos nossos dias nestes 30 longos anos, ilumine o seu caminho de volta para mim e para a nossa respeitosa, verdadeira e sincera amizade. 

Beberei muitos cafés enquanto te espero e ai quem sabe poderei responder a quem lê: se é verdade ou resenha. Qual parte? a da promessa, a espera ou a amizade? Será tudo uma incrível mistura qual a foto a abaixo -céu aberto, raios, trovoadas e arco iris, tudo junto e ao mesmo tempo no tempo sem tempo do nosso delírio. 

Pessoa, empresta a lucidez porque até o clima/tempo pirou!

Haja cafe.


23 de jul. de 2013

Tecendo o amanhã!


Começo a fazer o  meu enxoval. Aliás, coisa que não fiz nem quando mocinha e casei pela primeira vez, nos  idos de 1975.

Será um enxoval diferente e fui inspirada  a faze-lo após ler uns versos de Fernando Pessoa, a quem chamaria no popular de Fernando, figura! A capacidade de Pessoa de por a nu as nossas necessidades de forma verdadeira, firme e  real,  mas nunca agressiva,  fazem  dele uma figurinha rara nos álbuns de literatura.

Ontem me deparei com os versos dele:

Enquanto  não atravessarmos

a dor da nossa própria solidão

continuaremos  a nos buscar em outras metades.

Para viver a dois, antes, é necessário ser um."

Ao ler, de imediato, precisei do café mais forte que pude preparar, era um soco na barriga, um sacolejo, um acorda para cuspir, uma pergunta – quando eu fui eu ? quando fui um? Quando fui inteira, sem ser partes somadas de metades?

Concluo que nunca dantes no quartel de Abrantes!

Assim, a  próxima relação exigira um longo preparo, um verdadeiro enxoval, que começa com uma colcha de retalhos de flashs de memória dos  momentos de conquista e  superação. Também terá muitos bordados com  flores reunidas dos boquets das vitórias pessoas, profissionais, da maternidade e até mesmo, as flores, que homenageiam  aos que passaram  em minha vida e contribuíram com a experiência tenha sido positiva ou não.

Será um enxoval  um feito de momentos de solidão necessária, de silêncio prazeroso, satisfação com as conquistas, certezas e segurança do que sou, tenho e alcancei. Não sei quanto tempo levarei para completar o meu baú de moça casadoira ou até mesmo se o terminarei em tempo, mas não importa.

Como disse a figura do Pessoa “ para viver a dois, antes , é necessário ser um”.

Mãos a obra!

 

 

 

22 de jul. de 2013

Vixe Maria, virou mania!

...só para registrar.
Meu amigo Zito me alertou que parasse antes de virar mania...Não deu em outra coisa, virou!

 


Pulseiras Vivara e Pandora e charms Vivara,Pandora, Troolbeads, Chamilia, Thedora e o que mais encontrar...

21 de jul. de 2013

O Efêmero pode ser eterno!

Ontem, dia do amigo, presentei as minhas filhas com um berloque para as suas pulseiras. Trata-se de um daqueles que deve ser separado e dividido com outra pessoa. A inscrição traduz a relação delas - amigas para sempre, escrito em ambas partes.

Bonito,  oportuno mas algo parecia não casar e me intrigou...era o pingente pendente com uma borboleta em cada! As borboletas são efêmeras por que escolhe-las como símbolo do eterno, do sempre?

Claro, que buscar no oráculo google seria rápido e fácil,  mas achei que também estava sendo presenteada com uma oportunidade de refletir e assim o fiz.

Percebi a minha necessidade de reter as coisas e me apropriar de tudo. O sentido de sempre pode  advir da alegria do momento, da lembrança feliz, do esforço em cada fase da vida, da transformação. São eles, os amigos, que estão sempre perto em todas as horas, em todas as fases, nas lágrimas,  suores, sorrisos, partidas e chegadas.

Nos velam nos momento casulo até virarmos borboletas e não sabemos quem assistirá ao último vôo espetacular de quem.  O que realmente importa é que cada momento vivido foi um "sempre" porque foi único e intenso, acompanhado pelos olhos vigilantes da borboleta amiga.

Sejam felizes e amigas, seja qual for o sempre permitido pelas suas vidas!

Com amor de mãe, 
Nouredini


20 de jul. de 2013

Festa de amigos...lá no céu!

Hoje tem um baita comemoração do Dia do amigo lá no céu. ..
Decoração de Freddy Suy no melhor estilo;
Choro do Bandolim de Yeddo Soledade Jr, acompanhado da flauta de Edu Xavier, nosso Dunga.
Coro de vozes  amantes de Samantha e Luca Bezerra.
Com Batuques e gargalhadas  minha comadre  Jandira  que se junta a  Goretti e tudo vira pura alegria.
Minha amiga Adriana Amorim desfila a elegancia e charme da sua negritude.
D. Célia serve a feijoada , seu Vava puxa a prece e do outro lado D  Neyde agradece.
Perai...Será que ninguém vai antes provar o abara que seu Zé acabou de comprar?!!
Na cozinha tia Germinia e Veve vão passar o café. D. Celestina que não gosta de bagunca,  de parte, nem assunta.

Saudade de todos que partiram deixando saudade e muitas, muitas lembranças felizes
Salve o dia dos amigos do andar de cima!!!

18 de jul. de 2013

Pesos desmedidos!



Um kg de chumbo pesa o mesmo que um kg de algodão. Fato, mas um fardo de algodão pesa bem diferente!  Costumo carregar comigo fardos de diferentes coisas e algumas delas, como a culpa, são extremamente pesadas. Pior que o peso,  é transportar coisas que não sabemos para que servem ou encomendas sem destinatários.

Por que fazemos isto? Porque faço isto?

Estou em meio a um destes carretos e paro na esquina da vida para um cafezinho, vejo as pessoas a que passam a maioria com pequenos pacotes, ou mãos abanando. Quanto menor o embrulho, mais tranquilo semblante.

Olho de soslaio para o meu embrulho já desgastado pelo trajeto, esfarrapado e desforme pelo peso. Seu conteúdo já começa a se mostrar, a saltar pelas roturas medos, culpas, desculpas esfarrapadas, pensamentos malcheirosos, pesares, lamentos e muitas lágrimas.

Tenho um pensamento furtivo e por um momento, penso em deixar o pacote  ali ao pé do balcão do café e sair correndo para longe, entretanto eles estão grudados a mim por um cordão umbilical, pois são filhos/frutos que gerei. Imagino formas de me desfazer deles e todas só trazem lembranças doloridas.

Tomo outro café, presto atenção a minha respiração e vem uma luz, preciso na verdade polariza-los com outros pensamentos e atitudes positivas. Mudar o padrão. Bastou este pensamento e a trouxa ao meu lado diminuiu. Percebi que funciona.

Saio do balcão, peço outro café, tiro os sapatos e calmamente começo a imaginar que é possível, depois...  Pensarei e direcionarei o como!

Beijos meus queridos, torçam por mim!

 

                                                                                               Foto do acervo do Gente de Valor


                                                                 Não sei se sou o cavalo ou cavaleiro!
                                                                  

15 de jul. de 2013

Louça Azul

Queridos,

transcrevo abaixo um e-mail que repassei a amigos e familiares sobre a minha estória de amor com as louças Azul e Branca, que depois de 25 anos consegui realizar.
 
Este e-mail já conta 4 anos e hoje  a emoção é a mesma quando vejo a minha louça no armário, ponho a mesa ou as utilizo. Pelo seu teor e forma, posso arriscar a dizer que foi o "ovo antes da galinha", sem dúvidas, a primeira postagem do café e bolinho, antes do blog existir!

Como estou meio down, lanço mão desta lembrança feliz para amenizar as coisas porque qualquer maneira de amor vale a pena e conforta!
Amor é amor!

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Queridos, shanti (votos de paz)
Há 25 anos passados, eu tinha uma amigo mineiro, charmoso e que transformou um pequeno quarto e sala no apartamento dos seus sonhos, buscando em cada coisa e  cada detalhe, com esmero realizar-se. Na época contava eu com 25 anos, jovem, 2 filhas, magra, trabalhando muito e chegada a uma farra! Passava parte do tempo com ele, já que éramos colegas de trabalho e perambulávamos pelos seus sonhos com o seu “AP”
Um dia fui  convidada a jantar, em alto estilo, para conhecer as louças que chegará dos cofins de Minas. Conheci então, algo que se tornou um objeto de desejo - a louça azul. Não uma louça qualquer, mas a mais bela louça azul e branca que já tinha visto. Ela era tudo que eu queria - pesada, feita a mão, genuinamente artesanal e azul e branca.

 
Desde então passei a ter a louça como um sonho e, quase 20 anos depois, fui subitamente acometida por sentimento de inveja ao visitar uma colega, que pensava ser carioca, mas era mineira: -  Ela tinha todo um serviço na louça azul e branca dos meus sonhos. Um ármário cheio!
 
A esta altura o sonho já virara mania e fiz um armário especial na minha casa de Cairú para acomodá-las, apesar de não ter idéia de como ou onde iriaa acha-las. Tive que contentar-me com uma imitação,  caraíssima, da Portobello.
 
 
A louça tornou-se objeto sonhado, o desejo não realizado.
 
Passei a alimentar a conta gotas o meu sonho sempre que almoçava com Zé (Moreira), vez por outra, no restaurante D´Liana, onde até os cinzeiros erão da minha louça.
 
 
O tempo passou e trouxe a possibilidade de realizar o sonho quando inaugurou a Tok e Stock em Salvador, e, na área de louças, em grande estilo, uma bancada cheinha da minha louça em exposição . Grande estilo mesmo, pois um prato custava mais de 30 contos (reais).
 
 
Acomodei meu sonho na prateleira do impossível, mas olhando na internet resolvi buscar “louça azul+Minas Gerais” e lá estava a fabrica da Monte Sião, a única que fabricava a tal louça. Tive um surto, simulei a compra, mas tinha quantidade mínima, problemas e riscos com frete. Era na verdade, compras para representante e não consumidores finais como eu e, ainda por cima, de algumas poucas peças.
 
 
Pensei em viajar para comprar e por fim desisti. Aprendi a ficar feliz em vê-las em cenas de novela, revistas, ter outras peças no mesmo tom. A minha acomodação não impediu a contaminação, por repetição, das minhas filhas.
 
 
Agora, nos meus 50 anos, elas buscavam criar um marco, algo significativo e associado ao meu meio século de vida. As duas, rodeadas por amiga e prima, rodaram lojas, futucaram sites, fizeram das tripas coração e mandaram buscar a louça lá, lá mesmo na fabrica, no inteiror de Minas.

 
Uma surpresa para o meu café da manhã do dia de aniversário - 3 de junho. Parecia tudo terminado, louça comprada, a duras penas e muita economia. O irmão postiço, juntou-se e ampliaram de café, jantar ao cafézinho.
 
...mas não seria tão simples assim: veio o meu aniversário, passou-se mais dias e elas murchas confessaram que havia comprado um presente que se extraviou. Isto mesmo, a minha louça se perdera!!!
 
Depois de longas ligações, reclamações , de pagar a faxineira para dar plantão por dias, segredo entre colegas e parentes, descobriu-se que depois de chegar pertinho, em Feira de Santana, a minha louça foi parar em Rondonia e se perdeu no caminho.
 
 
Eu só sabia do extravio e da tristeza, mas já nem ousava perguntar de que se tratava, cansei de fazer hipóteses na minha cabeça, pois havia um fato concreto: o presente sumiu e elas estavam muito tristes!
 
Ontem eu estava numa oficina de trabalho com minha filha Cecília - eventualmente trabalhamos juntas, quando ela saiu correndo, pois por fim , havia localizado! Fácil? não. A transportadora, não achava o meu endereço -coisa que nunca aconteceu em mais de 20 anos- e jurava voltar com encomenda (grsss). 
 
 
Cissa chegou em tempo , ufa! Mais uma vez fiquei dividida, tinha aula e vibração e muitos motivos para vibrar, que não vêm ao caso explicar, mas que elas entendiam e apoiavam. Engolí seco, curiosa até as pestanas e fui para aula, sem ainda saber do que se tratava.
 
 
Terminada a aula, me enfiei num taxi e cheguei em casa, coração aos pulos, tinha que procurar o pequeno pacote, segundo elas. Olhei no quarto delas e nada., mas havia uma pista: meu quarto estava fechado e isto não é um costume. Abri a porta e lá estava arrumada sobre a minha cama peças e peças da minha louça, 25 anos depois.

 
Comecei a olhar, choramingar,carregar as peças para mesa, dispor de diferentes formas , fotografar e descubro duas grandes coisas embutidas no presente: No site da marca um selo comemorativo de 1959 a 2009 - 50 anos da fabricação da primeira peça da minha louça, assim como eu cinquentona!! e de quebra ao contar as 42 peças, se incluo as tampas um bom e auspicioso desejo: - elas somam 51, um desejo e uma certeza de continuidade.
 
Agradeço a minhas filhas, pois foi uma grande demonstração de atenção, conhecimento e respeito com as minhas idiossincrasias, maluquices e desejos, a Eduardo que se incorporou com carinho de filho, a Tati e Noca pela cumplicidade das buscas por sites e lojas, aos amigos e irmãos que sabiam e torciam para que tudo deste certo.
 
 
Aos 50, sonho realizado, vou tomar café como desejo desde os 25 anos!!!
Beijos,












13 de jul. de 2013

Uma definição que não explica...e nem justifica!

As gramáticas ensinam que os substativos designam as coisas, os adjetivos as qualifica e os verbos exprimem ação!

                          INVASÃO, substativo

                                             INVASIVA, adjetivo
                                                                 INVADIR, verbo

Apesar de teoricamente tratar-se aqui do uso da gramática, em verdade, é uma equação matemática das mais difíceis de equilibrar no exercício diário dos que amam. Há simultaneamente questões químicas, matemáticas, filosóficas, éticas e cármicas.


Quando de algum modo há desequilíbrio, há supremacia de um ou outro elemento, não solução senão a dissolução. É como se as bases  já  não minimizassem a acidez e os comentários corrosivos, sobram variáveis e a equação já se mostra insolúvel.


Sempre fui muito burrinha para estes temas, mas a incompetência demonstrada na conjugação do amor, suplantou a tudo. Contrário a escola, aqui não há recuperação, segunda chamada ou algo que o valha. Fui reprovada!


Já estava na classe dos repetentes e agora só resta o jubilamento por decurso do prazo. Não há mais tempo para este aprendizado. Não como cursar novamente. Não se visita o mesmo rio por duas vezes, dizia o senhor Budha.


Tento salvar alguma coisa em meio a tanta perda de tempo e esforço e constato que não estou pronta para a convivência dos relacionamentos. Tento aproveitar algo para levar comigo. Nenhum esforço é perdido, assim descubro que este é o aprendizado. Esta é a lição!


Entre mortos e feridos contabilizo os dois, quem invadiu e quem se sentiu invadido. Não há menos dor em quem invade porque só demonstrou a sua insegurança e fragilidade e para quem foi invadido, fica a dor da decepção e da perda.


Nem todas as palavras do meu vocabulário, as de rico e os variadíssimos radicais e classes, se organizadas de forma coerente e correta, conseguiriam exprimir o que sinto neste momento, salvo se eu conseguisse inventar algo da amplitude e tão impar, quanto a palavra saudade, a palavra mais perfeita e completa que conheço.


Então meus queridos, vou encher a cara de café amargo, tão amargo quanto o que sinto agora.


Vejo vocês em dias melhores !!!


P.S Amigo Zito, fui aumentar a letra e acabei perdendo seu comentário. Se puder poste novamente. 


11 de jul. de 2013

Pensamentos com cheiro de café!


Todos nós podemos  imaginar! A imaginação precede o pensamento, assim aprendi. Se exercitarmos com frequência a imaginação, chegaremos a visualizar  e até mesmo a sentirmos os cheiros e movimentos. As cores ficarao vívidas e vibrantes e seremos invadidos pela emoção.

Quando olhamos para algo, fora ou dentro de nós,  focados em nossos corações, com sentimentos de amor, admiração, respeito ou saudade, este processo fica facilitado, entretanto é espantoso como alguns conseguem passar isto com tamanha nitidez, que passamos a ver juntos, enxergando por outras retinas.

Tenho um amigo, amante de belas coisas e lugares, sobretudo de Cabo Verde e ate ontem, jurava que ele lá residia, dado o cuidado diário  em reproduzir as belezas e as suas  preocupações com o que lá ocorre. Para minha surpresa, soube que já faz mais de década que de lá saiu e reside em Sintra, Portugal.

Com este amigo aprendi a gostar do Cabo Verde, seu povo e suas paisagens.  Esta semana lhe enviei um e-mail saudoso, onde dizia: (...) Quisera o oceano fosse um lençol para puxar Cabo Verde para perto de mim... Não deu em outra coisa, Zito postou o globo, oceano azul e nossas orlas, como se pudessem ser aproximadas, num simples puxar do lençol azul que nos separa!

Existem pessoas assim e quando duas se encontram, meia dúzia de palavras ditas, uma pista, uma imagem e toda cena se forma. Esta faculdade, por assim dizer, tem sua polaridade e pode a nos levar a bons e maus momentos. Podemos optar em usá-la para o que nos faz bem, flexibilizar nossas vidas e fortalecer nossa mente, trazendo um clima amistoso de terra fértil aos nossos pensamentos.

Esta terra adubada pela imaginação dá ambiência às boas sementes de pensamento e com estes pensamentos -  formas de energia, nos construímos ao longo da caminhada. Assim,  qualidade desta estrada, seu entorno e o prazer da caminhar depende apenas de nós.

Como não consigo imaginar a vida sem café, penso como o preparo, estabelecendo uma analogia pobre, mas que funciona. Sempre imagino primeiro o prazer do café, sinto seu gosto, vejo a sua fumaça embaçando o outro lado da sala, sinto o calor e o conforto na minha boca. Penso que quero um café, direciono e o faço. Simples assim, como diz Rahula instrutora da Fraternidade, parafraseando o mano André.

Aprendi com Rahula , que os exemplos bobos são ótimos para entendermos coisas complexas. Assim, meu café é o meu exemplo para algo que não tenho grandes elementos para explicar, mas que sinto e quando uso, dá certo. 

O bom, caro amigo – Zito de Mindelo Azevedo, é que juntos eu conheci o Cabo Verde mais que muitos lugares onde fui de “mala e cuia”. Vi pelos seus olhos, ditos cansados, mas ditosos do prazer de ter visto tão belas paisagens.

Melhor ainda é saber que não existe acaso, nem no ocaso das nossas vidas, meu e-mail do lençol, a aula de Rahula e o seu post foram sincrônicos, mostrando que pensamentos são de fato formas energéticas e viajam a distâncias inimagináveis!

Embarquemos nesta viagem, de tempo variável para cada passageiro e subitamente voltaremos a nos encontrar em portos e estações diferentes, ao longo das vidas.

Uma roda de café forte e aromático é a melhor pedida para o momento presente!

Beijos Zito, Beijos Rahula

Paz e lucidez para todos nós!

 

 


 
 
 
 Fotos web e blog mexido de idéias, obtidas sem autorização, mas que pode ser solicitada a retirada de imediato.

 

 

10 de jul. de 2013

Nem toda queda é tombo!


Meu menino vadio,

Sinto a sua falta como terra árida reclama a chuva.

Seu cheiro ainda está no meu quarto, mas seu lado da cama começa a esfriar.

Mergulho em mim mesma buscando o eco da sua voz e a minha boca procura a sua. Você se foi e nem sei se sonhei , alucinei ou, verdadeiramente, o tive em meus braços.

Retomamos nossa rotina, entretanto o compasso para mim é outro. Nada ficou no lugar, abalou geral. A vida ficou diferente, a alegria tem nome e endereço. Estou a serviço do gostar e do desejo de ser feliz.

Tento me reinventar nesta nova vida. Vou me despindo de velhas práticas, redimensionando as expectativas e buscando carregar menos amarras.

Comprei uma caixa de lápis e tento ir retocando, pondo um colorido diferente nas lembranças. Abrindo passagens e por vezes, colocando portas para aprender a bater, pedir licença e respeitar.

Procuro colocar sons no teu silêncio, trocar interrogações por asteriscos, na esperança que virem belas notas de rodapé.

Abro janelas na parede da sua distância e traço estradas que o aproxime de mim.

Pinto, bordo, canto e assobio para o tempo passar logo e eu poder revê-lo!

Desejo que, vez por outra, lembre de mim e também sinta saudade.

Hoje tomei um queda brava. Fiquei quieta no chão pensando o que fazer. Melhorei e consegui levantar. Ralei o braço, bati a cabeça e ainda não sei o que vai ser do ombro.

Ali caída, pensei como a vida é boba e breve. Como se desperdiça o tempo. Se ficasse ali e não tivesse depois, teria eu, acaso, sido feliz?

Pensei nas filhas e no quanto me honram e orgulham, pensei em você e me dei conta da possibilidade que tivemos. Naquele momento, estatelada no chão, descobri que sou feliz.

Juntei meus cacos, fui para cama e liguei para a filha, que me medicou com suas salompas e sedilax.

Ainda tentei te ligar, mas o skype tá péssimo e nem chamou o seu número da claro.

Então apaguei a luz e estou cuidando de me ninar com este e-mail, mas acabo de receber um supermegahiper esporro da filha para que eu aquiete o braço, que tá machucado.

Então, beijos nos cantinhos e nos biquinhos e não esqueça que o cotovelo e as dobrinhas são só minhas!!!

Beijos
Nouredini  - MachucaDinha

P.S depois do primeiro café, eu te ligo para dá noticias.

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Queridos,
já tomei café e já estou no trabalho desde cedo. Da queda ficaram as marcas roxas, o dolorido e o ombro empenando. Nada de grave, só  as dores que são menores que a alegria de viver.





 
Faça de cada coisa, de cada momento um oportunidade. Foto tirada do quintal de dona Marta, no semiárdio da Bahia, que aproveita cada gota de chuva e cada vasilha que encontra. D. Marta é feliz, a sua maneira!

9 de jul. de 2013

Café com conhaque.

Tem dias que nossa vida fica assim, meio coisa de folhetim! Aliás, vida de folhetim ou coisa de folhetim é para meia dúzia de mortais entender a expressão, mas tenho certeza que os poucos que me visitam vão entender plenamente porque tem uma alma boêmia, gosto nostálgico e até melodramático.

Este sentimento me invadiu a partir de algo concreto e nada relacionado ao afeto: - Falta uma hora para iniciar o expediente e cá já estamos em providências de um material urgente, uma nota técnica, uma exposição de motivos , uma justificativa de uma resposta difícil de encontrar. Chafurdados em papéis, tentamos compor uma lógica, um argumento plausível brigando contra a verdade de que,  não há lógica sem coerência e assim, andamos em círculos nada virtuosos.

Conheço este mesmo movimento de outras paradas, ele está dentro de mim. Odiável, mas verdadeira esta constatação de que tem faltado lógica e racionalidade a algumas atitudes pessoais, principalmente as afetivas. Coisas de gente viciada!

Meu Deus, como são dissimulados os vícios, disfarçados de ações normais, vestidos de bom comportamento e grandiosidade. O vício pelo outro é algo cruel, uma gaiola de flores perfumadas, mas carnívoras. Queremos retê-los, sugar a alma para  fundir com a nossa.


O vicio da baixa estima, de não ser merecedor. Este então, já rendeu muitas músicas nas paradas de sucesso. Conheço bem os vícios dos ciumentos, possessivos e inseguros. Tenho PHD em todos eles.

Faz muito pensei ter deixado para trás os  volumes ilustrados desta biblioteca e rasguei os títulos de doutorado, mas eles são impressos na alma, são cármicos, uma doença crônica e sujeita a recidivas. Eles acenam e voltam, ou se instalam sem nem sinalizar. São como nossos donos – o ego briga querendo  sobrepor ao Eu.

Para compor esta cena de quinta, ao fundo Nora Jhones canta:





What Am I To You?

What am I to you?
Tell me, darlin', true
To me you are the sea
Vast as you can be
And deepest shade of blue


When you're feelin' low
To whom else do you go?
I'd cry if you hurt
I'd give you my last shirt
Because I love you so


Now, if my sky should fall
Would you even call?
I've opened up my heart
I never want to part
I'm givin' you the ball
When I look in your eyes
I can feel the butterflies
I'll love you when you're blue
But tell me darlin' true
What am I to you?


If my sky should fall
Would you even call?
I've opened up my heart
I never wanna part
I'm givin' you the ball


When I look in your eyes
I can feel the butterflies
Could you find a love in me?
Would you carve me in a tree?
Don't fill my heart with lies
I will love you when you're blue
But tell me, darlin', true
What am I to you


Assim fica difícil, a vida imita arte – tudo bem, já sabia! Mas ocupar a minha cadeira no trabalho já é invasão, vou tomar providências!!! Um café batizado seria a solução, mas como já não bebo conhaque, aperto o botão de espresso forte e fumo, no imaginário, o meu charuto.
Tá de lascar a tampa, tá difícil aqui fora e dentro de mim!!!  


 

 

 
foto web

 

2 de jul. de 2013

Um café forte para mulheres fortes!

Hoje, 2 de julho - dia da comemoração da Independência da Bahia, faço uma homenagem especial a quatro mulheres: - a primeira delas e mais famosa, apesar de ter morrido no anonimato foi Maria Quitéria de Jesus, soldado que chegou a alferes condecorada  por D. Pedro  e heroína da Independência da Bahia, movimento que consolidou a independência do Brasil.
Maria lutou, venceu, voltou para casa, casou e ficou viúva com com uma filha. Padeceu da morosidade da justiça para receber a herança que tinha direito e morreu no anonimato.
A segunda, D. Neyde - minha mãe.  Nascida em 2 de julho de 1925 em família de posses e com os dotes de boa moça, sabia inglês,  tocava violino e bordava com esmero.  Acabou por sabotar tudo na tentativa  de ser feliz em uma vida simples ao lado do homem que amou. Teve filhos e netas e dela temos boas lembranças.
A terceira é a minha irmã Neima, que hoje cedo já foi acompanhar o cortejo ou melhor a parada do 2 de julho, como chamávamos quando crianças.  Ainda ontem, aqui em casa nos lembramos com saudade dos nossos tempos de crianças,  quando a dureza da vida só nos permitia comprar as bandeiras do Brasil e da Bahia após o desfile e, mesmo assim, voltavamos para casa orgulhosas e felizes. Eu por ser a mais nova tinha direito a um cataventos! Neima hoje  é professora com dedicação exclusiva da Universidade Estadual - Uefs
E por fim, deixo meu abraço para a mana fraterna Makeba, que segurou por nove meses sua barrigona de gêmeos e ontem recebemos com alegria Gael e Nalu. Cheios de saúde e de amor
Beijos para estas mulheres fortes e guerreiras, que diariamente vencem suas lutas.
Para todas elas ergo a minha xícara do mais puro e forte café! !!!