10 de jul. de 2016

Café no aeroporto, uma saudade!

Sempre gostei de aeroporto. Algo me fascina e há 30 anos quando mudei para perto dele, fiz do aeroporto um ponto para comprar jornal, livros, tomar um café e ir ao salão. 
Sempre aos sábados  a tarde ou domingos pela manhã  cá estava. Fazia meu passeio, comprava o jornal e retornava feliz. No aeroporto estar desacompanhada não era problema. Um lugar de trânsito.  Ninguém  estranhava que tomasse um drink sossegada e só. 
Na época que ainda bebia , aqui tomei muitos Dry Martines e Gins com tônica. Como não  era proibido fumar a época, aqui  fumei muitas cigarrilhas Lá creme e até  comprei joias, nos bons tempos.

O nome do nosso aeroporto internacional  mudou. Chamava-se 2 Julho, data da nossa Independência e mudou para o nome de um político  cujas iniciais formam ALÉM... e aí que se foi para o além mesmo e com direito a parada no purgatório. Hoje é  um arremedo do  que seria e nem sombra do que foi.
Hoje  só  mantém  a beleza do bambuzal da entrada,  um túnel  verde que abençoa  a sua chegada ou a sua partida.
As obras de ampliação  que seriam para copa, passaram para as olimpíadas e depois, acho que só  Deus sabe.  Há Tapumes, áreas  interditadas,  faltando ar em alguns lugares. Um triste quadro para um aeroporto com tráfego tão  pesado e intenso.

Hoje tomei um café  e assisti a tudo enquanto esperava meu embarque. O café tava bom porque a franquia é  forte em todo Brasil, mas em nada me lembrou os dias que passei a passear no meu querido aeroporto 2 de Julho.
Embarco com uma saudade no peito, uma saudade que só  vai piorar quando regressar em 4 dias.
Vou a Teresina  me consolar com uma cajuína cristalina.

P.S Fui e voltei e o sentimento permanece.




2 comentários:

Obrigada pela visita. Deixe seu comentáro, enquanto passo nosso cafezinho.