29 de out. de 2013

café e susto.


Ontem - feriado do servidor público - estava em casa curtindo uma enxaqueca, quando fui surpreendida por estampidos de tiros. Não sabia ao certo, mas parecia vir da lateral do meu quarto ou da varanda da sala. Pulei da cama e  já ordenando a Cissa, minha filha, que entrasse e fiz o mesmo com D. Jacy, nossa amiga diárista.

Acabara de grita-las, quando mais 3 tiros foram ouvidos. Incrível o despreparo da juventude para momentos de pânico. Também me surpreendi com o que fazem os curiosos. Enquanto as trazia aos berros para o corredor, local mais seguro da casa, D. Jacy queria ir olhar pela janela e Cissa repetia aturdida, que as crianças estavam gritando.Tive que traze-la a realidade impondo-lhes uma prece pela vítima ou vítimas.

Meu bairro é um pacato bairro de classe média, rua de algum movimento, cercada por restaurantes, escolas, academias e supermercados. Nosso prédio tem portaria e vigilancia de câmeras, o que nos deixa suspostamente seguros. Moro no primeiro andar e ainda insisto em manter as janelas e a varanda aberta, mesmo quando não estou em casa.

Depois dos estampidos, veio toda sorte de dúvidas e D. Jacy apressou-se em colocar o rádio na mais sangrenta das estações à espera da notícia. Eu voltei ao meu nada a fazer, com a minha enxaqueca, naturalmente numa versão muito piorada. Algum tempo depois ainda ouvia-se o barulho na rua, o vozerio e mais tarde as sirenes de policia.

Levantei puxei as cortinas numa tentativa de tornar meu cantinho um casulo e fomos cuidar de almoço e outras providências práticas, afinal era feriado só para mim e Cissa tinha que voltar ao trabalho.

D. Jacy, esgueirada olhava o movimento e trazia volta e meia as notícias. A tarde, uma ligação da portaria revelou não ter sido no nosso prédio o assalto. Sim, foi uma assalto as 10 e 30h numa rua tranquila, onde o motorista após entregar o carro resolveu reagir e disparou contra os assaltante e recebeu de volta 3 balaços, sendo que apenas um o atingiu e os demais foi parar num inocente salão, que graças ao fato de ser segunda-feira, estava quase vazio e as balas só fizeram estragos materiais no carro de uma cliente e no televisor na parede. Os assaltantes fugiram deixando para trás o carro e todo transtorno: - pessoas e transito caóticos, sirenes e um baleado.

Não bastasse o dia de susto, fui ao médico no final da tarde para ver um certa taquicardia, arritmia ou algo que o valha que tem me sobressaltado e lá sim recebi uma notícia fatídica, a pior susto do dia - terei que diminuir meu café à metade, no mínimo. O meu médico achou insano um média de 10 espressos duplos por dia e em poucas e educadas palavras, disse-me que o meu coração tá bem e o juízo é que vai mal em admitir tanta cafeína.

Voltei para casa num estado lastimável e o porteiro a me ver, julgou ter sido pelo susto da manhã - Não fique assim não, foi só um susto...o prédio é seguro e amanhã a senhora já esqueceu! Qual nada, quando acordei e corri para máquina de café, lembrei-me do médico e assustada, muito mais que na véspera e ante as balas, corri para cozinha para passar um café coado, já que expresso tá proibido ou melhor restrito.

Beijos queridos, espero acostumar-me porque de ristretto a restrito há um grande diferença!!!!


 

Já fui criança e de certa forma, ainda sou!
Obrigada a minha irmã neima, que loclaizou estas fotos na casa de minha mãe.

2 comentários:

  1. O susto foi isso mesmo: um susto!
    Eu aconselhava descafeinado, s tivesse coragem para tal!
    A moça tinha um olhar decidido...Mas isso foi antes de aprender a amar!
    Como está sua filha?
    Bjs
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  2. Ambas se recuperando bem: - uma de uma grave intolerância a lactose e a outra de uma séria anemia.
    Foi de fato um grande susto para mim e também para aminha pobre cafeteira (aguarde a próxima postagem).
    beijos agradecidos

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